A Sra. DuPont, com seu usual tom alegre, explicava sobre o bairro em que eles haviam se mudado recentemente. Deby ouviu atentamente quando a vizinha mencionou a existência de uma antiga Mansão dos Oxford, uma família poderosa que havia vivido ali há séculos.
"Parece que se chama Thomas. Para o inverno, seguramente estará aqui", a Sra. DuPont completou, deixando Deby ainda mais intrigada.
Gradualmente, o interesse de Deby foi despertado. Aquela história sobre a antiga mansão e a família que a habitava pareceu tirar sua mente, ainda que por alguns momentos, dos pesadelos e traumas que a assombravam.
Ela se aproximou da mãe e da vizinha, saudando-as com um pequeno sorriso. Talvez aquela conversa pudesse ser uma oportunidade de se distrair, de se envolver com algo novo e emocionante.
"Então, a Mansão dos Oxford? Isso parece muito interessante", Deby comentou, tentando parecer casual. "Vocês sabem mais alguma coisa sobre essa família? Ou sobre esse tal Thomas que virá no inverno?"
Sua mãe a olhou, surpresa, mas satisfeita em ver Deby demonstrando interesse em algo além de seus próprios problemas. A Sra. DuPont, por sua vez, ficou animada em poder compartilhar mais detalhes sobre a história local.
Gradualmente, Deby se envolveu na conversa, ouvindo atentamente cada palavra. Aquela distração parecia estar fazendo bem a ela, tirando-a, mesmo que temporariamente, daquele estado de constante alerta e medo.
Talvez, naquele novo bairro e com aquelas novas informações, Deby pudesse encontrar uma forma de se reconectar com o mundo ao seu redor, de se libertar dos fantasmas que a perseguiam. E quem sabe, essa história sobre a Mansão dos Oxford não poderia ser o início de uma nova jornada, cheia de descobertas e cura?
Deby ouviu atentamente as palavras da Sra. DuPont, notando a mudança em seu tom de voz ao mencionar as histórias sobre Thomas Oxford e o suposto pacto com o mal.
"Bem, eu sou uma mulher de muita fé", a vizinha continuou, "e não acredito em histórias estranhas. Mas muitos acreditavam que Thomas Oxford era o mesmo de muitos anos atrás."
Deby sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Aquela informação a deixou ainda mais intrigada e, ao mesmo tempo, um pouco apreensiva.
"Uma vez, faz uns 5 anos, um homem que vivia numa outra mansão perto do lago dizia que ele era imortal e que fizera um pacto com o mal", a Sra. DuPont completou, balançando a cabeça com um sorriso.
"Mas já sabem, falatórios ocasionais", ela concluiu, parecendo querer minimizar a importância daquelas histórias.
Deby olhou para sua mãe, buscando uma reação, mas a mulher parecia igualmente intrigada, porém, também um pouco cética em relação àquelas informações.
"Então, você acha que essa história pode ter algum fundo de verdade, Sra. DuPont?", Deby perguntou, tentando parecer casual, mas sentindo seu coração bater um pouco mais forte.
A vizinha deu de ombros, com um sorriso tranquilo.
"Ah, quem sabe? Eu, particularmente, não acredito muito nisso. Mas é divertido ouvir esse tipo de história, não é mesmo? Faz parte do folclore local."
Deby assentiu, tentando conter sua curiosidade. Aquelas informações haviam despertado algo em seu interior, algo que a fazia querer saber mais sobre essa misteriosa família Oxford e sobre a figura de Thomas.
Talvez, naquele bairro antigo e cheio de histórias, Deby pudesse encontrar uma distração, uma forma de desviar sua mente dos próprios traumas. E quem sabe, até mesmo descobrir algo que a ajudasse a lidar melhor com suas próprias angústias.
Ela se esforçou para manter a calma, mas, por dentro, sua mente já começava a trabalhar, imaginando as possibilidades que aquela nova informação poderia trazer.
Aqueles olhos voltaram a entrar na sua mente e de repente se lembrou do quadro que viu. Claro que deveria ser seu parente, por isso a semelhança física entre eles.
Ao ouvir as palavras da Sra. DuPont sobre as histórias envolvendo a família Oxford, Deby sentiu um arrepio percorrer sua espinha. De repente, a imagem daquele homem aterrorizante, com seu olhar frio e cruel, voltou a assombrá-la.
Ela tentou conter o pânico que começava a se instalar em seu peito, mas era inútil. Aquela memória parecia ter se gravado a ferro e fogo em sua mente, perseguindo-a mesmo nos momentos em que tentava se distrair.
Deby sentiu seu coração acelerar ainda mais. Será que aquele homem do quadro poderia ser algum parente desse tal Thomas Oxford? A semelhança física entre eles era realmente impressionante.
Ela se lembrou do rosto daquele homem, da sua expressão impassível, e não pôde evitar um novo arrepio. Será que aquele quadro representava alguma conexão entre o seu agressor e essa antiga família aristocrática?
Sua mente começou a trabalhar furiosamente, tentando encontrar alguma ligação, alguma explicação para tudo aquilo. Será que aquele sótão, aqueles objetos estranhos, tudo fazia parte de um mistério muito maior do que ela poderia imaginar?
Deby sabia que deveria ter contado tudo para sua família, que eles poderiam ter a ajudado a entender melhor o que havia acontecido. Mas agora, diante dessa nova informação, ela se sentiu ainda mais tentada a investigar por conta própria.
Talvez, se ela pudesse descobrir mais sobre essa família Oxford e sobre a figura de Thomas, ela pudesse finalmente encontrar algumas respostas. Quem sabe, até mesmo compreender melhor o que havia acontecido naquele sótão assustador.
Mas, ao mesmo tempo, Deby sentia medo. Medo de se envolver ainda mais nesse mistério, medo de se deparar com algo ainda mais aterrorizante. Afinal, aquele homem a havia ameaçado de uma forma tão brutal, tão cruel.
Ela sabia que precisava ser cautelosa, que deveria tomar todas as precauções. Mas a curiosidade e a necessidade de entender o que havia acontecido eram mais fortes do que seu medo.
Deby olhou para sua mãe e a Sra. DuPont, que continuavam a conversar alegremente, alheias aos turbilhões que se passavam em sua mente. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que compartilhar suas suspeitas com elas.
Mas, por enquanto, Deby decidiu guardar aquele segredo para si. Ela precisava primeiro entender melhor o que estava acontecendo, antes de envolver sua família nessa trama sombria.
Determinada, ela começou a traçar um plano em sua mente. Iria investigar, com cautela, tudo o que pudesse sobre a Mansão dos Oxford e sobre esse tal Thomas. Quem sabe, dessa forma, ela pudesse finalmente encontrar a paz que tanto buscava.
Assim, decidida, aproveitou a tarde após sair dos estudos para ficar um tempo na biblioteca municipal.
Assim que terminou suas atividades escolares, Deby se apressou em ir até a biblioteca municipal da cidade. Ela sabia que aquele seria o lugar perfeito para começar sua investigação sobre a misteriosa família Oxford e seu suposto descendente, Thomas.
Ao chegar, Deby sentiu uma mistura de ansiedade e determinação. Ela não tinha certeza do que iria encontrar, mas estava decidida a desvendar esse enigma que parecia estar tão ligado aos seus próprios traumas.
Dirigindo-se aos corredores repletos de livros antigos e documentos históricos, Debby começou sua busca. Ela vasculhou as estantes, procurando por qualquer informação que pudesse lhe dar pistas sobre essa família aristocrática que havia dominado a região por séculos.
Após horas de pesquisa, Deby finalmente encontrou alguns registros que mencionam a Mansão dos Oxford. Ela folheava os documentos com cuidado, seus olhos ávidos por qualquer detalhe que pudesse ajudá-la a entender melhor o que estava acontecendo.
As informações que ela encontrou eram fascinantes. A família Oxford havia sido uma das mais influentes da região, possuindo terras, propriedades e até mesmo um título de nobreza. Alguns registros mencionam a riqueza e o poder dessa linhagem, que parecia ter se estendido por gerações.
Deby ficou intrigada ao ler sobre os rumores que cercam essa família, sobre especialmente a figura de Thomas Oxford. Aparentemente, ele era considerado o último herdeiro vivo dessa dinastia, e sua chegada ao bairro era sempre aguardada com uma mescla de curiosidade e temor.
À medida que lia, Deby sentia seu coração bater mais rápido. Será que aquele homem que a havia aterrorizado no sótão poderia ter alguma ligação com esse Thomas Oxford? A semelhança física entre eles era realmente impressionante.
Deby estava sentada na sala, vendo as notícias ao lado de seu pai, Steven. Ele adorava acompanhar os resultados esportivos, especialmente naquela época de grandes competições de rugby, hóquei e futebol.
Já era tarde da noite, e Deby fingia estar inocentemente interessada nos jogos, esperando pacientemente que seu pai fosse dormir. Ela queria aproveitar a oportunidade para assistir à sua série coreana favorita, a qual detestava ter que ler legendas.
Tudo parecia tranquilo e normal naquele momento, até que Deby decidiu subir as escadas e entrar em seu quarto. Ao chegar, notou que as janelas estavam abertas e um vento frio e silencioso movia suavemente as cortinas.
Um calafrio percorreu todo o seu corpo e Deby sentiu um estranho pressentimento. Aquela situação lhe parecia estranha e ameaçadora. Sua mente imediatamente a levou de volta àquele sótão sombrio, com seus objetos inquietantes e a figura aterrorizante daquele homem.
O pânico se apoderou de Debi, e ela não conseguiu se aproximar da janela. Seu instinto de sobrevivência a fez descer as escadas correndo, com o coração acelerado. Naquela noite, ela optou por dormir no sofá da sala, incapaz de enfrentar seu próprio quarto.
Deby sabia que aquela sensação de medo e vulnerabilidade a estava consumindo cada vez mais. Ela se sentia como uma presa indefesa, perseguida por uma ameaça invisível, que poderia atacá-la a qualquer momento.
Encolhida no sofá, Deby tentava encontrar algum conforto, mas seus pensamentos atraíam, levando-a de volta àquele fatídico dia no sótão. Ela se perguntava se algum dia conseguiria se livrar daqueles fantasmas que a assombravam, daquele terror que parecia se enraizar cada vez mais profundamente em sua alma.
Naquela noite, Deby não conseguia descansar. Seu sono seria novamente perturbado por pesadelos, onde o rosto daquele homem a atormentava sem piedade. E, ao amanhecer, ela teria que enfrentar mais um dia lutando contra seus próprios medos, tentando manter a aparência de normalidade diante de sua família e amigos.
Mas, no fundo, de seu coração, Deby sabia que essa situação não poderia continuar assim. Ela precisava encontrar a força para enfrentar seus demônios, para desvendar o mistério que parecia estar tão ligado a ela. Mesmo que isso significasse arriscar tudo, ela estava determinada a recuperar sua própria vida de volta.