Capítulo 7 Capítulo 7

Lucas suspirou. Eles não faziam nada além de discutir quando falavam sobre o marido dela.

Ele notou os dedos de Elisabeth enrolados com band-aids. "O que aconteceu com suas mãos?"

"Meu perfume quebrou, e eu peguei os pedaços quebrados. Eu não estava em meu juízo perfeito."

"Você limpou bem os ferimentos?" Lucas perguntou, preocupado.

"Erin disse que vai fazer isso."

Lucas queria ficar com ela porque ela não estava bem. Mas ele percebeu que ela precisava estar sozinha, então ele deixou o escritório.

Enquanto isso, Elisabeth viajava enquanto tomava goles ocasionais de seu café. Ela não tinha cirurgias por uma semana por causa de suas mãos, e o hospital tinha estado tranquilo durante toda a tarde. Ninguém a chamou para uma emergência.

O tempo passou num piscar de olhos. Antes que ela percebesse, a noite chegou.

"A festa!" ela exclamou quando de repente se lembrou da festa que Zachary queria que ela fosse.

Ela se levantou instantaneamente, mas a náusea a dominou. Ela tropeçou e caiu de volta em sua cadeira. Ela realmente não tinha tomado café da manhã, pulou o almoço, e ela provavelmente teria náuseas no jantar.

Sua cabeça estava atordoada, e seu estômago estava com dor. Ela pegou o telefone e discou o número de Zachary.

Ele demorou para atender a chamada.

"O que houve?" ele perguntou no tom mais desinteressado.

"A festa que você me falou esta manhã, eu não posso ir."

Houve um breve silêncio na linha de Zachary antes de ele perguntar de forma abrupta, "Por quê?"

"Não estou me sentindo bem," ela respondeu com honestidade.

Um novo silêncio reinou.

Finalmente, Zachary murmurou indiferentemente, "Tudo bem. Acho que terei que levar outra mulher comigo."

Antes que Elisabeth pudesse dizer qualquer coisa, Zachary já tinha desligado o telefone. Ele não se importava nem um pouco, Elisabeth pensou. Talvez se ela morresse, ele reagiria um pouco diferente.

Quando chegou a hora da equipe do turno da noite assumir, Elisabeth tirou o jaleco branco, pendurou-o no armário comum do escritório e vestiu um simples vestido de alças marrom com fendas na perna. Ele abraçava sua cintura perfeitamente e enfatizava sua sensual figura feminina.

No entanto, ela não tinha vontade de voltar para uma casa solitária e silenciosa. Bem a tempo, a porta se abriu, e Lucas espiou a porta infantilmente.

"Imaginei que você ainda estaria aqui," ele disse. "Indo para casa?"

"Não estou com vontade de ir para casa, mas também não tenho para onde ir," Elisabeth suspirou.

Os olhos de Lucas brilharam com a oportunidade perfeita para ele fazê-la esquecer os problemas, mesmo que por um segundo. Ele entrou no escritório com um sorriso malicioso.

"Deixa comigo," ele disse sorrindo.

Ele correu até Elisabeth e a fez levantar. Ele a olhou de cima a baixo, a girou e sorriu com pura adoração.

"Meu Deus, mulher," ele provocou enquanto balançava a cabeça, "eu sei que você é casada, mas você é extremamente atraente."

"Ah, cale a boca," Elisabeth retrucou constrangida.

Lucas pegou sua mão e a arrastou para fora antes que ela pudesse protestar.

"Para onde estamos indo?" Elisabeth perguntou inocentemente quando foi arrastada para o carro de Lucas.

Lucas piscou para ela. "Para algum lugar onde possamos relaxar e esquecer os problemas ao mesmo tempo."

O sorriso maroto estampado no rosto de Lucas disse a Elisabeth que ele estava aprontando.

"E onde é isso?" perguntou Elisabeth de forma nervosa.

Lucas apenas respondeu com um sorriso diabólico. Ele a levou para um bar, que ficava próximo à sua casa.

"Você!" exclamou Elisabeth em descrença.

Ela não tinha certeza se álcool seria a melhor opção a consumir quando já estava com uma dor de cabeça terrível.

"O que você acha? Eu escolhi o lugar certo, não é?" disse Lucas de forma brincalhona.

Elisabeth riu. "Não tenho certeza se vou esquecer, mas acho que preciso de alguns drinques."

"Se você está de acordo, vamos lá!"

"Vamos!" Elisabeth gritou com animação.

Sua cabeça já latejante se tornou mais pesada enquanto ela bebia um shot atrás do outro de diferentes coquetéis. Ela sentou-se no balcão do bar e insistiu em pedir um copo de rum.

Quando ela já estava bêbada demais para até mesmo sentar direito, Lucas chamou um táxi para levá-la para casa.

"Você tem certeza que não precisa que eu te leve até a sua porta?" Lucas perguntou pela terceira vez, preocupado.

"Eu consigo" insistiu Elisabeth.

Ela conseguiu caminhar até a porta de sua casa, mas ela tirou os saltos altos. Caso contrário, ela teria tropeçado no chão.

Ela digitou a senha da porta de sua casa. Não se deu ao trabalho de acender as luzes, já que havia memorizado cada canto da casa.

Descalça e sem fazer nenhum barulho, caminhou em direção ao quarto.

"Já é meia-noite e você está chegando em casa agora?"

Elisabeth deu um pulo ao se assustar com uma voz. Através da luz da lua que entrava pela janela, ela reconheceu uma figura alta em um terno cinza sentada em um sofá de cor de linho na sala de estar, quase se misturando com a escuridão.

Ele acionou seu isqueiro de metal para acender o cigarro. A pequena chama iluminou seus traços faciais de uma maneira única, o tornando ainda mais bonito.

Naquele rápido segundo em que o isqueiro estava aceso, Elisabeth notou que três dos botões superiores da camisa dele estavam abertos, e seu peito musculoso estava à vista.

Elisabeth se apoiou na parede. Ela estava cansada, bêbada e sem energia para lidar com seu marido apático.

Havia muitas perguntas que ela queria fazer. Ela queria perguntar sobre Aubrey, se ele tinha dormido com ela e a engravidado, ou o que ele realmente pensava do casamento deles. Mas ela se conteve.

Houve um longo e morto silêncio. Ninguém falava, e ninguém queria quebrar o gelo.

Finalmente, Elisabeth decidiu acabar com o silêncio. Em um tom zombeteiro, ela disse: "Hoje não é o oitavo dia, Sr. Kenneth. Você também pediu para a sua secretária agendar este encontro à meia-noite?"

"Não", ele respondeu secamente.

Elisabeth riu bêbada. "Ah, um encontro não agendado."

"Esta é a minha casa", Zachary retrucou.

"Certo", Elisabeth respondeu insolentemente. "Então as portas devem estar sempre abertas mesmo que não seja o oitavo dia do mês. É isso que você está dizendo, certo?"

O canto dos lábios de Zachary se levantou. "Garota esperta."

"Sim, sou esperta o suficiente para saber que esta casa não é nada mais do que um hotel onde posso dormir, onde você pode entrar e sair e usar o meu corpo como bem entender."

Ela não obteve uma reação, então seguiu para o quarto. Ela girou a maçaneta.

A porta já estava um pouco aberta quando uma força por trás dela a agarrou. Ela foi pressionada contra a parede dura por um corpo pesado.