Capítulo 5 5 - Ravi Lockwood.

Observo com admiração enquanto Ava, minha amada esposa, assume o cargo de diretora do Museu de Arte Lockwood. Suas mãos firmes seguram o microfone, e sua voz ecoa pelo salão repleto de expectativa. Estou no meio da multidão, orgulhoso e emocionado por este novo capítulo que estamos prestes a iniciar juntos.

À medida que Ava se dirige à plateia, percebo a energia contagiante que emana dela. Sua paixão pela arte se tornou um fogo ardente, e agora ela tem a oportunidade de compartilhar sua visão com o mundo. Ela se transformou em uma líder inspiradora, comprometida em promover a arte contemporânea e dar voz a artistas inovadores.

Enquanto a cerimônia se desenrola, somos inundados por palavras de encorajamento e apoio de artistas, críticos e personalidades influentes no mundo artístico. Todos reconhecem o talento da minha esposa e acreditam em seu potencial. É reconfortante vê-la ser reverenciada por sua dedicação e conhecimento.

Observo-a com um misto de admiração e nostalgia. Lembro-me do dia em que nos conhecemos naquele telhado-ela nervosa, um pouco insegura-mas eu soube, desde o início, que Ava era perfeita para a vaga. Seu olhar único para a beleza da arte era exatamente o que precisávamos. Ela tem uma capacidade especial de enxergar além das pinceladas e das esculturas.

Enquanto discursa, compartilhando sua visão de um espaço inclusivo e acolhedor para todos os amantes da arte, meu coração se enche de gratidão. Sei que meu papel nessa jornada é apoiá-la e estar ao seu lado em cada passo do caminho.

Quando a cerimônia chega ao fim, seguimos para a sala da diretoria com nossos amigos e familiares. Somos servidos com taças de champanhe e, assim que Ava entra, aplaudimos em comemoração. Entrego-lhe uma taça e sou envolvido em um abraço caloroso.

Com a voz carregada de emoção, ela sussurra em meu ouvido:

- Nós conseguimos, Ravi! Estamos prestes a escrever um novo recomeço para a arte contemporânea e para o museu. Obrigada por isso.

Ela sorri e eu retribuo o gesto, acariciando seu rosto.

- Sim, amor, estamos juntos nessa jornada. Mal posso esperar para ver o impacto que você terá no mundo da arte. Tenho certeza de que brilhará como diretora e levará o museu a alturas nunca antes imaginadas.

Enquanto a noite se desenrola em celebração e brindes ao futuro, sei que este é apenas o começo da nossa emocionante jornada. Ava encontrou seu lugar no museu.

Dias atuais...

Viemos correndo para Nova York. Sasa entrou em trabalho de parto e, para o desespero de Samuca, descobrimos que os médicos erraram a conta do tempo de gestação.

Ao chegarmos, a sala de espera já está lotada. Cumprimento os pais de Sasa e Samuel.

- Há quanto tempo estão esperando?

- Já faz horas... coitada da minha filha - Melissa responde, andando de um lado para o outro.

De repente, as portas se abrem e um homem de quase dois metros de altura corre em direção à mãe, que o abraça assustada.

- O que aconteceu, Samuel? Pelo amor de Deus, não me diga que...

Ele se afasta, limpando o rosto e sorrindo.

- Ela é tão linda! Tão pequenina, mas com um choro capaz de deixar todo mundo surdo.

Sorrimos e ele leva um tapa no ombro da sogra, que chora emocionada.

- Quer matar essa velha do coração? - Ela o abraça apertado. - Quero ver minha filha e minha neta.

- A bebê deve estar no berçário, e a Sasa ainda está no centro cirúrgico.

- Como assim, centro cirúrgico? - Ava pergunta, preocupada.

- A Liz resolveu virar no último minuto, então precisaram fazer uma cesariana de emergência. Vamos lá! Quero mostrar para vocês a criança mais linda deste hospital. - Ele sorri, nos guiando até a ala da maternidade.

🧡📃💍🧡

- Ela é realmente linda. Parabéns, meu amigo. - Digo, dando-lhe alguns tapinhas no ombro.

- A Biscoitinha e o Biscoitinho vão adorar conhecer a priminha - diz minha esposa, sorrindo enquanto abraça meu amigo.

- Ela é tão gorduchinha! Olha que coisa mais fofa, nossa netinha, Vinícius! - comenta a mãe de Sasa, suspirando. Seu marido a beija na cabeça, mas seus olhos permanecem fixos na bebê.

Meu celular começa a tocar. Quando olho para a tela, vejo que é Marco.

- Com licença, já volto.

- Está tudo bem, amor? São as crianças? - Ava pergunta, preocupada.

- É o Marco, já volto - respondo, beijando sua cabeça antes de me afastar para atender a ligação.

- Oi, Marco, o que aconteceu?

- Desculpe ligar assim, mas não tenho boas notícias. - Assim que ele diz isso, meu coração dispara.

- Meus filhos, Marco? O que houve?

- Eles estão bem. O apartamento está cercado de seguranças, e a babá não os deixa sozinhos.

- Então me conta logo o que aconteceu.

- Seu irmão fugiu da prisão.

- O quê? - minha voz sai mais alta do que eu queria. Todos na sala se viram para mim, e Ava se aproxima de imediato.

- Como isso aconteceu, Marco?

- Houve uma rebelião, e alguém o ajudou a escapar. Ainda não conseguiram identificar quem foi-nem mesmo as câmeras mostram nada. Mas estamos investigando. Vamos encontrá-lo.

- Quero Frederick aqui no hospital com mais alguns homens. Também quero segurança reforçada para toda a família da Ava, para a Kácia e para a Nina - ordeno.

Ava arregala os olhos, que logo se enchem de lágrimas.

- Além disso, quero proteção para a família de Samuel e de Sasa, e também para a Amber e a Amy. Quero todos seguros!

- Amor... e a Leila? E a família dela? - Ava murmura, apertando meu braço.

- Ouviu, Marco?

- Sim, já estou providenciando tudo.

- Achem-no, Marco. Vamos ver a Sasa e depois voltaremos para o apartamento para ficar com as crianças.

- Entendido.

Desligo o celular e Ava me abraça forte. Sinto seu corpo estremecer.

- O que aconteceu, Ravi? - ela sussurra, a voz trêmula.

- Zadock fugiu da prisão.

- Meu Deus! - exclama a mãe de Samuel, assustada.

- Todos vocês terão seguranças armados vinte e quatro horas por dia até ele ser capturado - anuncio, tentando manter a voz firme, mesmo com o peso dessa realidade me esmagando.

Ele é meu irmão, mas não podemos nos dar ao luxo de baixar a guarda. Ainda mais agora que sei que ele não vai parar até conseguir sua vingança.

                         

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