Dominada Pelos Irmãos Beltron
img img Dominada Pelos Irmãos Beltron img Capítulo 4 A Proposta Perigosa
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Capítulo 6 O Segredo dos Beltron img
Capítulo 7 A Decisão img
Capítulo 8 A Negociação img
Capítulo 9 A Escolha do Destino img
Capítulo 10 O Triunfo de Domenico img
Capítulo 11 A Nova Amara img
Capítulo 12 O Desprezo dos Beltron img
Capítulo 13 O Jogo dos Beltron img
Capítulo 14 O Toque Proibido img
Capítulo 15 O Quarto Vermelho img
Capítulo 16 -O Beijo de Domenico img
Capítulo 17 O Refúgio de Cal img
Capítulo 18 A Sedução de Luca img
Capítulo 19 A Pecadora img
Capítulo 20 O Toque de Enzo img
Capítulo 21 A Noite img
Capítulo 22 O Encanto de Domenico img
Capítulo 23 A Noite na Ilha img
Capítulo 24 A Primeira Vez img
Capítulo 25 A Mulher Completa img
Capítulo 26 A Realidade img
Capítulo 27 O Tempo img
Capítulo 28 O Jardim Secreto img
Capítulo 29 O Toque de Enzo img
Capítulo 30 O Encanto de Pietro img
Capítulo 31 O Desejo de Luca parte 01 img
Capítulo 32 O Desejo de Luca parte 02 img
Capítulo 33 A Segunda Rodada img
Capítulo 34 A Nova Safada img
Capítulo 35 O Retorno de Serena img
Capítulo 36 O Toque do Doutor img
Capítulo 37 O Brinquedo de Enzo img
Capítulo 38 A Coelhinha de Quatro img
Capítulo 39 A Promessa img
Capítulo 40 O Encanto da Noite img
Capítulo 41 O Motel img
Capítulo 42 Razão da escolha img
Capítulo 43 Marca da Possessão img
Capítulo 44  Quatro Irmãos, Uma Paixão img
Capítulo 45 A Possessão dos Beltron img
Capítulo 46 O Que Vem Depois img
Capítulo 47 Dominada img
Capítulo 48 O Jogo da Cobra img
Capítulo 49 A Sedução de Pietro img
Capítulo 50 O Sacrifício da Coelhinha img
Capítulo 51 A Sinfonia da Entrega img
Capítulo 52 A Rainha de Espadas img
Capítulo 53 A Marca do Desejo img
Capítulo 54 O Silêncio antes da Tempestade img
Capítulo 55 A Sombra de Serena img
Capítulo 56 A Semente da Discórdia img
Capítulo 57 A Pele Molhada img
Capítulo 58 A Marca dos Três img
Capítulo 59 Três Vezes Mais img
Capítulo 60 O Domínio Absolu img
Capítulo 61 O Silêncio Antes da Explosão img
Capítulo 62 A Sombra da Dúvida img
Capítulo 63 O Arrependimento img
Capítulo 64 O Conselho de Cal img
Capítulo 65 A Coleira Invisível img
Capítulo 66 A Armadilha do Desejo img
Capítulo 67 Preparada para o seu prazer img
Capítulo 68 Dominada pelos quatro img
Capítulo 69 Uma família nada normal img
Capítulo 70 Teste de paternidade img
Capítulo 71 Cobra desmascarada img
Capítulo 72 Ela cativou todos img
Capítulo 73 Um evento importante img
Capítulo 74 Rosa de quatro ventos img
Capítulo 75 Tio Samir img
Capítulo 76 Confusão e família img
Capítulo 77 Jogo de prazer img
Capítulo 78 Antro de desejo img
Capítulo 79 Sou deles img
Capítulo 80 Sequestro relâmpago img
Capítulo 81 No rastro da perseguição img
Capítulo 82 A ameaça de Samir img
Capítulo 83 Cativeiro encontrado img
Capítulo 84 O ciúme de Luca img
Capítulo 85 O carinho do Pietro img
Capítulo 86 O ciúme dos irmãos img
Capítulo 87 Sobre o domínio dos quatro img
Capítulo 88 Envolvida no prazer img
Capítulo 89 Em um ritmo perfeito img
Capítulo 90 A promessa img
Capítulo 91 A velha matriarca dos Beltrons img
Capítulo 92 O confronto com a matriarca img
Capítulo 93 Direta nas palavras img
Capítulo 94 A Redenção da matriarca img
Capítulo 95 A punição de Serena img
Capítulo 96 Suspeitas img
Capítulo 97 O jogo da descoberta img
Capítulo 98 O medo da rejeição img
Capítulo 99 A fuga de Amara img
Capítulo 100 Em fuga img
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Capítulo 4 A Proposta Perigosa

༺ Amara Wild ༻

Após comer o que restava da refeição, eu e Cal começamos a caminhar pelo centro da cidade. O objetivo era o mesmo de sempre: tentar conseguir umas esmolas ou, com sorte, ajudar algum comerciante local e ganhar uns trocados. Esse tipo de trabalho era raro, mas, com o inverno chegando, qualquer moeda era uma vitória.

Estamos passando por uma das ruas mais movimentadas quando o avistei de longe: Romildo. Esse cara era um dos encrenqueiros que também vivia na rua, e ultimamente ele não parava de me perseguir desde que voltei para essa área. A cada vez que o via, sentia um frio na espinha.

Romildo me viu e se aproximou com aquele sorriso malicioso que me causava náuseas. Continuei andando ao lado de Cal, focando em ignorar o miserável, mas ele veio direto em minha direção e, sem cerimônia, segurou meu braço.

- Ei, princesinha, por que sempre me ignora? Só quero conversar - disse, com esse tom de voz insuportável. - Aliás, acho você bem bonita.

Tentei soltar meu braço, mas ele apertou ainda mais. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Cal entrou na conversa, encarando Romildo.

- Deixa ela em paz, Romildo. Não percebe que ela não quer nada com você? Solte-a...

Romildo virou-se para Cal com um olhar de desprezo, como se estivesse apenas esperando uma desculpa para arranjar briga.

- Ah, olha só... O velhote intrometido falando de novo. Quem te perguntou, hein? É melhor não se meter, senão quem sai daqui machucado é você - respondeu ele, com desdém.

Odiava esse homem nojento. Duas vezes ele já tinha tentado se aproveitar de mim, mas, por sorte, consegui me defender e escapar. Só de olhar para ele, sinto uma mistura de raiva e nojo.

No entanto, antes que Romildo pudesse continuar com seus comentários nojentos, um policial que passava por ali, alguém que já tinha visto minha cara outras vezes, se aproximou. O oficial lançou um olhar sério para Romildo.

- Romildo, some daqui. E se eu souber que anda arrumando confusão, vou te deixar uns bons-dias na cela da delegacia. Está me ouvindo? - o policial disse, com autoridade.

Romildo me soltou na hora e tentou disfarçar, fingindo uma postura inocente.

- Que é isso, oficial? Só estava conversando com a moça...

- Some. Agora - o policial repetiu, sem dar espaço para conversa.

Romildo recuou, soltando um suspiro irritado e se afastou sem olhar para trás. Assim que ele sumiu da vista, o policial se virou para mim, analisando meu rosto com uma expressão de preocupação.

- Está tudo bem, Amara?

Respirei fundo, ainda sentindo o braço meio dolorido, onde Romildo tinha me segurado.

- Sim, estou... Obrigada por isso - respondi, um pouco sem jeito.

O policial assentiu, dando um leve sorriso.

- Qualquer coisa, você sabe onde me encontrar. Se ele aparecer de novo, não hesite em procurar ajuda.

Agradeci mais uma vez enquanto o policial se afastava, e Cal me deu um tapinha reconfortante no ombro.

- Esse Romildo nunca vai tomar jeito... - Cal murmurou, balançando a cabeça.

- Pois é, mas penso que ele sabe que não pode se meter com todo mundo. - Dei um sorriso de alívio ao ver aquele crápula longe de mim.

Por enquanto, estamos seguros.

Depois de algumas horas andando pela cidade, eu e Cal conseguimos um pequeno trabalho auxiliando o dono de um restaurante. A tarefa era simples: carregar algumas caixas de verduras e outras coisas para dentro. No final, ele nos pagou com uma marmita generosa e alguns trocados. Era uma sorte, pois fazia tempo desde nossa última refeição decente.

Enquanto caminhamos de volta para o prédio abandonado onde costumamos passar as noites, eu me preparava mentalmente para mais uma noite fria. Chegamos ao lugar e eu entrei procurando minha mochila, que sempre escondia em um monte de lixo no canto para ninguém pegar. Tirei algumas das novas roupas que peguei na doação e as guardei ali. Sabendo que o frio só ia piorar.

Cal estava do lado de fora, sentado embaixo de uma árvore que ficava perto da entrada. Quando me viu, ele suspirou, visivelmente preocupado.

- Esse frio só vai piorar, Amara. Quando o inverno de verdade chegar, será ainda mais difícil aguentar na rua - comentou ele, puxando seu casaco fino para cobrir mais o peito.

Assenti, me sentindo igual.

- É, espero que consigamos um bom número de casacos e cobertores antes disso. Não quero congelar aqui fora.

Ele sorriu e balançou a cabeça, concordando.

- Por falar nisso, daqui a pouco vão servir uma sopa lá na Praça Maplewood. Devíamos ir cedo, dizem que vão abrir vagas no albergue hoje. Quem sabe temos sorte e conseguimos um lugar quentinho para dormir esta noite.

- Boa ideia, Cal. Vale a pena tentar - respondi, sentindo uma pontada de esperança.

Seguimos para a praça e entramos na fila, onde outras pessoas aguardavam a sopa e uma chance de entrar no albergue. Estava focada, observando o movimento, quando senti uma mão segurando meu braço firmemente.

- Finalmente encontrei você.

Virei-me, assustada, e dei de cara com o homem da noite passada. Domenico. O susto quase me fez perder o equilíbrio por um momento.

Ele estava mais arrumado do que qualquer um por ali, exalando uma aura de alguém que definitivamente não pertencia àquele lugar. Ele é um homem bonito, o tipo de beleza que chamava atenção de longe, com o rosto bem definido e um leve sorriso de lado. Seus olhos azuis, intensos e penetrantes, estavam fixos em mim, com um brilho de determinação que me deixou inquieta. Eu não fazia ideia do que ele queria comigo, mas o frio na espinha voltou com força total.

Tentando disfarçar meu nervosismo, dei um passo para trás, me desvencilhando de seu toque.

- O que você quer comigo? - perguntei, sentindo meu coração bater acelerado.

Domenico apenas sorriu de lado, com um ar confiante.

- Precisamos conversar.

Dei mais um passo para trás, sentindo o olhar intenso de Domenico ainda fixo em mim.

- Eu já disse, não tenho nada para conversar com você. E não vou sair da fila. Estou tentando conseguir um lugar para dormir esta noite - respondi firme, cruzando os braços.

Domenico pareceu frustrado, mas determinado a não me deixar em paz. Ele suspirou, dando uma olhada ao redor e se inclinou um pouco, baixando a voz.

- Amara, é sério. Realmente preciso falar com você. É importante - insistiu ele, com uma expressão que eu não sabia se era desespero ou apenas pura obstinação.

Só balancei a cabeça, cansada de tanta insistência.

- Não vou sair da fila. Se você precisa realmente de algo, vai ter que esperar até amanhã - falei, tentando manter minha posição.

Eu não arriscaria perder uma das poucas oportunidades de ter um teto sobre minha cabeça esta noite.

Nesse momento, Cal, que estava observando de perto a situação, deu um passo à frente, colocando-se ao meu lado.

- Está tudo bem aqui, Amara? - ele perguntou, lançando um olhar de advertência para Domenico.

- Sim, Cal. Fica tranquilo, continua na fila. Vamos conseguir um lugar hoje - respondi, dando a ele um sorriso tranquilizador, mesmo que por dentro eu estivesse um pouco confusa com a insistência de Domenico.

Foi então que Domenico fez algo que não esperava. Com uma expressão quase desesperada, ele tirou um maço de notas de dentro do casaco e me mostrou.

- Escuta, se você aceitar conversar comigo, eu pago uma semana de hotel para você e seu amigo. Vocês não vão precisar ficar na rua - ele disse, colocando algumas notas dobradas na minha mão. Fiquei parada, atônita, olhando para o dinheiro.

- Como vou saber que isso não é conversa fiada? - perguntei, cética, embora estivesse surpresa com o gesto.

Domenico apenas deu um leve sorriso, exibindo uma confiança desarmante.

- Dinheiro não é um problema para mim, Amara. Sou rico, muito rico - ele respondeu, dando um olhar rápido para Cal, que também parecia surpreso.

Ainda hesitante, apertei as notas na mão, e Domenico me puxou levemente para o lado, afastando-nos um pouco da fila.

Olhei para Cal, um pouco incerta. Ele assentiu, compreensivo.

- Vai lá, Amara. Eu seguro sua vaga - disse ele, dando um sorriso de apoio.

Suspirei, ainda sem entender o que Domenico queria realmente de mim, mas pelo menos agora tinha uma oportunidade de ouvir o que ele tanto queria falar.

            
            

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