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Eu não estou ficando louca, eu vi aquele homem na janela, bom não era uma homem necessariamente mas tinha a forma de um, você precisa acreditar em mim, eu estou falando a verdade.
Eu já não aguentava mais contar a mesma história para aquele delegado, ele sempre me fazia as mesmas perguntas e eu o dava as mesas repostas, afinal não tinha outra reposta para única pergunta que ele me fazia. _Eu não estou dizendo que está mentido, mas pensa um pouco, como você quer que eu acredite que uma sombra matou e levou os corpos da sua família e destruiu a sua casa, eu só quero que você me diga o que realmente aconteceu. disse o delgado estendendo-me um copo com água.
_Eu já falei tudo o que eu vi, o que mais você quer que eu diga? gritei batendo sobre as mãos do delegado derrubando o copo, eu pedia desculpas enquanto me abaixava para juntar os cacos pelo chão _Não! Não precisa, pode deixar que depois eu peço pra alguém limpar, ele suspirou e disse, vamos deixar as perguntas pra amanhã, você está cansada, a assistente social está te esperando do lado de fora, ela vai te levar para um abrigo. Eu nem questionei, só queria minha mãe e minha tia de volta, eu não conseguia suportar a ideia de viver sem elas, as únicas pessoas que eu conhecia no mundo. Enquato chegávamos no abrigo eu comecei a ouvir a voz da minha mãe cada vez mais forte na minha cabeça até que uma dor insuportável acompanhada de um zumbido muito alto no meu ouvido me atormentou, eu caí no chão, a assistente social me deixou e foi buscar ajuda enquanto eu olhava lentamente ela correr pelo caminho de pedras que tinha até chegar na porta do abrigo, eu acordei já em um quarto, eu estava sozinha, as paredes eram úmidas os lençóis amarelos e velhos o azulejo do chão marrom já desgastado mostrava o quão aquele lugar era antigo, Haviam mais 3 camas no quarto além da que eu estava deitada, eu levantei até a porta, eu ainda estava fraca mas consegui chegar até lá, quando abri a assistente social e a diretora do abrigo vieram até mim _Porque você não chamou? ainda está muito fraca para andar. _O que aconteceu? Eu não lembro de nada. _Você teve uma convulsão, mas já está bem, você gritava pelo nome da sua mãe antes de cair no chão e pedia para parar. _Eu não lembro de nada disso. eu não aguentava mais aquela situação, meu mundo estava desmoronando, essas coisas na minha cabeça, não sei o que vai ser de mim daqui pra frente. A enfermeira me levou de volta para o quarto e aplicou um soro no meu braço, meus olhos lentamente foram se fechando até que eu adormecesse por completo. Já era noite, despertei com sorrisos em meus ouvidos, tomei um susto quando abri os olhos e vi três garotas em cima de mim olhando fixamente para o meu rosto, eram as garotas que iriam dividir o quanto comigo. _olha ela é a garota da Tv, como que você fez aquilo? disse uma delas enquanto dava a volta pela minha cama _Eu... eu, .. não fiz nada. gaguejei e me sentei rapidamente na cama _Estão dizendo que você matou a sua família e destruiu a casa, foi o que a segunda garota disse Tentei alcançar a porta mas, as duas que estavam perto da minha cama me seguraram, _vocês.. não sabem o que estão dizendo, eu não fiz isso, eu não fiz isso. E por fim a terceira garota que estava sentada em uma cama do outro lado do quarto enrolava lentamente o dedo indicador em um lenço azul que ela tinha envolta do pescoço, em passos leves veio até mim dizendo. _Você estava possuída? como que é ter um demônio no corpo? Ela se agachou até a altura do meu rosto enquanto as outras duas garotas me seguravam e disse. _aqui nesse mundo quem é possuído tem que ser sacrificado. _sacrificar? Eu não estou possuída, vocês são loucas Eu gritei, tentei fugir mas foi em vão. Uma delas tirou uma gilete do bolso a outra puxou um litro de álcool de baixo da cama e a terceira puxou o lenço do pescoço, elas me viraram de costas amarraram meus braços, tiraram minha blusa e em cada corte que faziam na minha costa com a gilete elas pingavam uma gota de álcool.
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