Capítulo 5 UM NOVO LAR

Duas semanas se passaram e o delegado vem todos dias no abrigo me perguntar se lembrei de algo, mas eu não consigo lembrar de nada. O caso da minha família e das garotas viraram notícia no país inteiro e adivinha quem vivi passando nos noticiários? sim eu, todo mundo agora me conhece como a garota que some corpos, e para piorar eu vou ser transferida para outro abrigo.

Eu sei que é o que eu queria mas agora com o meu rosto circulando por aí, e tá todo mundo sabendo da minha história, eu tenho certeza que vou ser a Carey estranha em todo lugar que eu for. Tinha chegado a hora de ir pra outro abrigo, eu só queria sumir pra tudo isso acabar, eu estava terminando de arrumar minhas coisas quando alguém bateu na porta, _pode entrar, eu disse. quase sem ânimo pra falar. A pessoa entrou e permaneceu em silêncio, eu continuei arrumando a mala e percebi que não era a assistente social que estava atrás de mim, eu virei e realmente não era, uma mulher que deveria ter os seus quase 60 anos mas que estava bem conservada, sorriu pra mim e me chamou pelo nome, eu perguntei. _você me conhece? E ela sorriu levemente seguido suspiro e disse, _não, mas eu estou aqui pra te conhecer. Eu perguntei quem ela era e porque ela estava ali, ela com o mesmo leve sorriso no rosto disse que era minha avó, sim a mãe da minha mãe. É claro que eu não acreditei pois minha mãe havia dito que meus avós tinham morrido, mas a mulher afirmou várias vezes que sim era minha avó e poderia provar. Ela falou coisas que só eu e minha tia Luz poderíamos saber sobre minha mãe, como o sinal que ela tinha embaixo do seios, do jeito que ela ficava quando tentava mentir pra alguém e até mesmo o jeito com que ela falava sobre o seu passado, essa senhora que dizia ser minha avó, me mostrou um álbum bem antigo com fotos da minha mãe quando era mais nova. Eu não estava convencida de que era realmente verdade tudo o que aquela senhora dizia, mas eu não queria ir pra outro abrigo e nem ficar ali então talvez aceitar ir com ela seja a minha melhor saída. Decidida a ir com ela exigi apenas uma condição de que se eu não me adaptasse ou se descobrisse que ela não era minha avó que eu voltasse para o abrigo. Embraville é bem longe da cidade grande e minha única esperança é que ninguém por lá saiba da minha história. _essa é a minha única chance de fugir de tudo isso, talvez é um presente que minha mãe me enviou dos céus era só isso que eu pensava, fugir da quela situação, da quele pesadelo. Enquanto minha avó assinava os papéis pra ficar com a minha guarda o delegado chegou no abrigo e bem alterado disso para a assistente social. _eu estou no meio de uma investigação, vocês não podem deixar a única suspeita ir embora. Assistente_ Desculpe senhor mas, essa é a avó dela, fizemos os exames e ela é o único parente vivo da Marina então ela tem a guarda absoluta. Delegado_ essa garota ... ela não pode ... Ele parou de falar e olhou para mim, eu estava sentada do outro lado da sala vigiando as malas, ele disse em alto e bom tom. _essa garota... é uma psicopata, ela é uma assassina. Amália segurou pelo seu braço e disse enquanto olhava profundamente em seus olhos. _Nuca mais abra a boca para falar isso. Você como delegado deveria saber que não pode acusar ninguém sem provas. Assistente_ Você precisa se retirar senhor delegado. Delegado_vocês não podem deixar ela ir embora. Ele veio até mim e começou a gritar. _assassina... psicopata, você matou elas, matou todas. Os seguranças vieram e a a cena dos seguranças levando aquele homem enquanto ele me chamava de assassina nunca vai sair da minha mente. Eu fiquei paralisada, Amália me puxava mas eu não conseguia me levantar da cadeira eu só queria ficar olhando os seguranças o levarem até que sumissem da minha vista pelo corretor do abrigo.

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