Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão''
img img Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão'' img Capítulo 2 Dúvidas
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Capítulo 6 Abrindo o Coração img
Capítulo 7 O reencontro img
Capítulo 8 O Sócio img
Capítulo 9 Revelações img
Capítulo 10 O guarda-costas img
Capítulo 11 Uma nova chance img
Capítulo 12 Você fica linda assim img
Capítulo 13 O poder de um olhar img
Capítulo 14 Inspiração img
Capítulo 15 O sonho img
Capítulo 16 Investigações img
Capítulo 17 Este sou eu img
Capítulo 18 Futuro incerto img
Capítulo 19 O tempo img
Capítulo 20 Ciúmes img
Capítulo 21 Incontrolável img
Capítulo 22 No auge do desejo img
Capítulo 23 Jantar à dois img
Capítulo 24 O primeiro beijo img
Capítulo 25 A volta dos que não foram img
Capítulo 26 A mulher do meu irmão img
Capítulo 27 A verdade que machuca img
Capítulo 28 Trauma img
Capítulo 29 Escolhas img
Capítulo 30 Um sonho ruim img
Capítulo 31 Golpe img
Capítulo 32 Lar doce lar img
Capítulo 33 Um novo aliado img
Capítulo 34 Parece um sonho img
Capítulo 35 Assuntos pendentes img
Capítulo 36 Um dia incomum img
Capítulo 37 Pós-trauma img
Capítulo 38 Profunda inconsciência img
Capítulo 39 Teria a vida um plano para depois do fim img
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Capítulo 2 Dúvidas

Capítulo 2 – Dúvidas

Diana Campbell

- Obrigada por aceitar almoçar aqui. - Agradeço a Tyler depois de ele abrir a porta do McDonald's para mim.

- Desejos de grávidas devem ser respeitados. - Ele diz, e eu só consigo lembrar do meu marido.

Era para ele continuar fazendo isso, não um terceiro. Reviro os olhos com esse pensamento e tento disfarçar, mas Tyler é perspicaz e me olha curioso.

- Eu disse algo de errado? - Pergunta, preocupado.

- Não, claro que não... Eu só estava pensando em Liam e no que ele sempre dizia.

- Ah, sim, desculpa. - Tyler coça a cabeça, envergonhado.

Caminhamos até o balcão. Tyler pede algo com frango grelhado, muita salada e um suco natural, enquanto eu opto por muito cheddar, bacon, batatas fritas e uma Coca-Cola Zero, para dar o equilíbrio. Tyler é o típico americano que vive para a academia e não abre mão de seu físico por nada. Alto, de pele clara, olhos azuis e cabelo cortado em estilo militar, sua boa aparência é nítida; é óbvio que ele veio de uma boa família. E, se há algo que me perturba, é o fato de ele continuar trabalhando comigo, mesmo com todas as bombas estourando sobre nós. Ele nem era tão amigo de Liam assim... Pelo contrário, Liam sempre reclamou dele.

- Por que continua trabalhando para mim? - Eu não consigo mais me conter.

Não consigo confiar nele. É como se ele fosse forçado a estar ali, como se a desconfiança do meu marido ainda respingasse em mim. Apesar de o homem não aparentar ser uma ameaça.

- Como assim? - Ele me encara com o cenho franzido, e a confusão é evidente em seu rosto.

- Você é rico e seu pai é dono dos maiores escritórios de advocacia de Manhattan. O que você quer para a sua carreira se continuar envolvido nesse caso do Liam?

- Eu achei ridículo o que ele fez contigo. - Ele revela e faz uma pausa ao ver a atendente se aproximar com nossos pedidos. - Obrigado. - Ele diz à jovem, que o admira descaradamente, mas logo volta sua atenção para mim. - Eu sei que era o seu marido, que você está sofrendo com o luto e desconfiando de tudo e de todos, mas se existe uma única pessoa para você desconfiar, essa pessoa é o Liam.

Engulo em seco. Ele tem razão.

- Você muito mal vai ganhar o seu salário com isso, Tyler. - Insisto, pegando uma batata e provando-a em seguida.

- Como você disse: eu não preciso do dinheiro, Diana. - Ele retruca, tomando um pouco de seu suco de laranja. - Nem todo mundo precisa de algo em troca. Às vezes, a gente só quer ajudar. Você e a Liana...

- Ayla. - Corrijo, referindo-me ao nome da minha filha.

Liana era uma homenagem ao pai dela. Depois de tudo, com tantas desconfianças, não quero arriscar dar ao meu mais sincero amor o nome de alguém que, supostamente, seria indigno.

- Você e a Ayla merecem ter alguém por perto, alguém que as ajude não só na empresa, mas... - Ele leva a mão até a minha, que está sobre a mesa.

Seu toque me arrepia estranhamente. Definitivamente não é um toque que me traz conforto, como as borboletas no estômago que senti ao toque de Liam um dia. O toque de Tyler faz com que uma corrente elétrica e gélida percorra toda a minha espinha.

Afasto-me do seu toque e foco em desembrulhar o hambúrguer, comendo-o, enquanto me concentro em não olhar nos olhos azuis dele.

- Digo, Liam era filho único, os pais dele morreram cedo, e você...

- Meus pais detestavam meu marido e pararam de falar comigo antes mesmo do casamento. - Eu tomo a palavra, antes que ele tenha o prazer de declarar isso para eu ouvir.

- O que levou seus pais a não gostarem dele? - Tyler questiona, ainda curioso.

- Isso tem algo a ver com as investigações? - Rebato.

- Talvez... - Dá de ombros, levando um pouco da salada à boca.

- Não sei. - Sou sincera. - Acho que simplesmente não gostaram dele. Eles tinham isso. - Recordo-me de papai e mamãe e de como julgaram Liam.

Eles simplesmente não gostaram. No final, nos excluíram de suas vidas, restando apenas eu e Liam contra o mundo.

- Pensa em ir atrás deles agora que Liam não está mais contigo?

Eu não tinha pensado nisso.

- No momento, eu só quero organizar minha vida e a minha empresa. - Dou um corte na conversa.

- Desculpe se estou sendo invasivo. Eu só quero ajudar. - Ele me olha nos olhos. Seu olhar é intenso, como se quisesse ler minha alma ou, na hipótese mais simples, meus pensamentos.

- Você pode deixar que eu me concentro nas coisas da empresa. Quero que se concentre com o detetive sobre as dívidas de Liam e se ele realmente se suicidou, ou se o mataram. O que o levou a perder a empresa, ou se ele realmente vendeu.

- Acha que podem ter matado ele?

- Não sabemos a quem ele devia, o que ele fazia. Ele me deixou uma carta, digitada, nem era a letra dele. A carta não tinha pé nem cabeça, muito menos... - Fecho os olhos e respiro fundo. - Ser encontrado no fundo de um rio, dentro do próprio carro e com um tiro na cara. Na cara, Tyler. - Declaro com a voz embargada. - Caixão fechado, eu só reconheci o corpo pelas tatuagens.

- Perfeito e milimétricamente pensado para um suicídio. - Tyler parece entender minha linha de raciocínio.

- A polícia da cidade já deu o caso como resolvido. Esse detetive que você encontrou é tudo o que tenho como esperança...

Às vezes eu tenho raiva de Liam, às vezes eu apenas sinto que fomos interrompidos de algo lindo. A verdade é que, na maioria das vezes, nas últimas semanas, estou confusa. Liam costumava me contar tudo, mas dias antes de sua morte, coisas começaram a acontecer. Um Liam diferente estava dividindo a cama comigo. Ele recebia ligações que o faziam se afastar de mim para falar. Parecia distante na maioria das vezes, chegava tarde em casa ou mal dormia pelas madrugadas, zanzando pela casa.

Descobri nossa falência lendo a carta que deixou, o que nos fez acreditar no suicídio.

Mas, ao mesmo tempo, eu sinto que algumas coisas não encaixam.

O meu Liam amava a vida, jamais teria coragem de tirar a própria.

Contudo, o Liam que estava convivendo comigo nos últimos dias não parecia ser o mesmo.

            
            

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