Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão''
img img Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão'' img Capítulo 3 A carta
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Capítulo 6 Abrindo o Coração img
Capítulo 7 O reencontro img
Capítulo 8 O Sócio img
Capítulo 9 Revelações img
Capítulo 10 O guarda-costas img
Capítulo 11 Uma nova chance img
Capítulo 12 Você fica linda assim img
Capítulo 13 O poder de um olhar img
Capítulo 14 Inspiração img
Capítulo 15 O sonho img
Capítulo 16 Investigações img
Capítulo 17 Este sou eu img
Capítulo 18 Futuro incerto img
Capítulo 19 O tempo img
Capítulo 20 Ciúmes img
Capítulo 21 Incontrolável img
Capítulo 22 No auge do desejo img
Capítulo 23 Jantar à dois img
Capítulo 24 O primeiro beijo img
Capítulo 25 A volta dos que não foram img
Capítulo 26 A mulher do meu irmão img
Capítulo 27 A verdade que machuca img
Capítulo 28 Trauma img
Capítulo 29 Escolhas img
Capítulo 30 Um sonho ruim img
Capítulo 31 Golpe img
Capítulo 32 Lar doce lar img
Capítulo 33 Um novo aliado img
Capítulo 34 Parece um sonho img
Capítulo 35 Assuntos pendentes img
Capítulo 36 Um dia incomum img
Capítulo 37 Pós-trauma img
Capítulo 38 Profunda inconsciência img
Capítulo 39 Teria a vida um plano para depois do fim img
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Capítulo 3 A carta

Capítulo 3 – A Carta

Diana Campbell

"Eu não sei nem por onde começar a te escrever.

Prometi cuidar de você até o nosso fim. Pretendia te acompanhar por toda a vida, não deixar que nada de mal te acontecesse, mas fui fraco demais e hoje estou quebrando a promessa.

Meu amor, você foi tudo o que sempre sonhei. Os anos que compartilhamos juntos foram os melhores de toda a minha vida de merda. Você foi um anjo que chegou e trouxe luz para os meus dias nublados. Graças a você, juntos, erguemos nosso império e construímos nossa família. Fomos felizes, amamos, viajamos, vivemos coisas extraordinariamente inimagináveis.

Infelizmente, tudo isso chegou ao fim.

Não tenho coragem de te olhar nos olhos e dizer que errei tanto ao ponto de ter que tirar de você tudo o que um dia pude te proporcionar.

Eu errei, Di. Eu errei feio e não sou digno do seu perdão.

Um dia eu te prometi ser sincero, prometi sempre te dizer a verdade, mas nas últimas semanas eu me vi como a própria mentira.

Eu errei, me desculpa, mas não consigo mais ficar.

Nossas contas bancárias não foram suficientes para pagar o que eu devia.

Fui fraco e inconsequente.

Me desculpa, meu amor, mas eu não posso continuar colocando a nossa família em risco por minha causa.

Cuide da Liana, cuide de ti.

Sejam felizes de um jeito que eu jamais poderia fazê-las.

Adeus,

Liam."

Eu posso ler esta carta milhões de vezes, e sei que, em todas elas, vou me sentir confusa. Por mais clara que alguns pensem que esta carta seja, sinto que não estou lendo Liam, nem mesmo em seus sentimentos mais confusos.

Todos os dias, acordo e leio essas palavras, mas elas nunca fazem sentido.

Batidas na porta me despertam dos meus pensamentos, fazendo-me enxugar as lágrimas dos meus olhos e devolver o papel levemente amassado à minha bolsa.

- Bom dia, Diana! O Sr. Stevens chegou, está na sala de reuniões e aguarda pela senhora. - Hannah diz com seu sorriso perolado, confortando-me com a gentileza em seu olhar e a calmaria em sua voz.

- Obrigada, querida. Diga a ele que já estou a caminho. - Tento transparecer tranquilidade em minha voz, mas, na verdade, tudo ainda soa embargado demais.

- Ok, o senhor Tyler também já está aqui. - A jovem sorri e fecha a porta.

"É, ele sempre está", reviro os olhos e penso.

Pego as pastas em cima da minha mesa, junto minhas coisas e saio da sala, encontrando Tyler na recepção, mexendo em seu celular. Porém, ao me ver, ele se levanta rapidamente e sorri, como se eu fosse a coisa mais interessante e importante do mundo.

- Bom dia, Diana. Como vocês estão? - Seu olhar desce à minha barriga, ainda não muito grande, disfarçada pelo vestido largo.

- Bem. - É tudo o que digo.

- Ethan chegou, vamos lá? - Ele indica a direção do elevador com a mão, e eu sigo, embora não esteja satisfeita com a sua companhia.

Eu nem me esforço para disfarçar.

Adentramos o elevador, eu entro seguida por Tyler. Poucas pessoas estão trabalhando na empresa, e meu coração se parte ao ver o corredor à nossa frente, quase vazio, se comparado aos meses anteriores.

A porta se fecha e meu pensamento nostálgico é interrompido por Tyler, mais uma vez.

- Achei melhor vir, para acompanhar essa primeira conversa sua com ele, visto que você tem algumas dúvidas e eu quero garantir que tudo esteja direitinho perante a lei.

- Você é bem insistente. - Digo irritada.

- Diana...

- Tyler, eu disse que cuidaria disso. Falei claramente que queria você acompanhando aquele detetive. - A porta do elevador se abre, me dando a visão do andar da sala de reuniões.

- E eu disse que daria conta de...

- Estou esperando há quase quinze minutos. - Uma voz se faz ouvir, fazendo com que Tyler finalmente pare de falar.

Ao virar na direção da voz, quase me sinto como uma criança levando uma bronca dos pais.

Tyler caminha para fora do elevador com a mão nas minhas costas. Caminhamos juntos e constrangidos em direção ao homem que nos espera na porta da sala de reuniões.

Sua voz rouca, seu olhar frio e sua postura séria fazem meu coração apertar, e eu engulo em seco o choro que insiste em brotar novamente em minha garganta.

Malditos hormônios.

Além disso, o rapaz possui uma bela aparência.

- Você deve ser Diana, a viúva. - Há prepotência em sua voz, indiferença em seu olhar, mas ele estende a mão para me cumprimentar.

- E você deve ser Ethan, o filhinho do papai. - Digo, notando as tatuagens que cobrem sua mão.

Ethan não tem cara de homem de negócios. Se pudesse chutar, diria que ele é apenas um grafiteiro dentro de um terno caro.

Ethan é alto, moreno, possui um sorriso até que bonito, piercing pequeno sobre o nariz fino, uma argola pequena em uma de suas orelhas e tatuagens que, ao julgar pelo pescoço e mãos, cobrem boa parte do seu corpo.

- Aparências enganam. - Ele declara, já apertando a mão de Tyler.

- Digo o mesmo. - Adentro a sala e tomo a liberdade de sentar em um dos sofás, dispensando a mesa.

- Pensávamos que chegaria amanhã. - Tyler dá início à conversa, meio que justificando nosso atraso.

- Consegui adiantar minha mudança. - O homem diz, tirando o blazer e revelando a blusa branca, quase transparente, que deixa em evidência os desenhos que cobrem seu corpo. - Meu pai disse que vocês queriam urgência na transição.

- A situação não está muito boa por aqui. - Tyler diz.

- Na verdade, a gente precisa de algumas respostas. - Eu falo antes que Tyler diga mais coisas e não pergunte o que eu quero saber.

- O que, exatamente? - Zayn senta-se em uma das poltronas vazias, cruzando as pernas e abrindo os braços, com um sorriso vitorioso nos lábios. Como se fosse uma vitória estar aqui hoje.

- Liam tinha alguma dívida com vocês? Como conseguiram comprar a empresa dele?

- Dívida? - O homem sorri, em deboche. - Ele nunca teve dívida conosco. Ele apenas ofereceu e nós compramos. - Dá de ombros, como se fosse óbvio.

O ar foge dos meus pulmões, meu coração falha em uma batida e meus pensamentos ficam ainda mais confusos. Parece que, a cada vez que busco mais respostas, tudo fica mais enrolado.

- Não é possível. Liam jamais venderia a empresa para o nosso maior concorrente. - Nego, ainda tentando entender a situação.

- Ele quem procurou a mim e ofereceu tudo de mão beijada. - Ele diz. - Até pensei que estivesse de engano, mas... acho que você está tão surpresa quanto eu fiquei.

- Não faz sentido, Tyler. - Declaro e me levanto, vendo Tyler vir até mim.

- Você não sabia? - Ethan questiona.

- Ele tinha dívidas, muitas dívidas. Vocês faliram, e ele fez isso com a esperança de pagar. - Tyler diz, tentando me dar respostas.

- Tyler, você não entende. Eu pensei que ele tivesse apostado, sei lá, perdido a empresa. Não vendido assim, para o maior concorrente dele.

- Liam ainda tinha problemas com jogos? - Ethan se levanta e vai até o mini bar no canto oposto da sala. - Na faculdade, eu sempre avisei a ele que aquele vício o traria problemas.

- Ele parou de jogar quando casamos. - Justifico. - Nunca mais jogou, eu tenho certeza.

Para quem estou querendo mentir? Eu não tenho certeza de nada.

- Se tem uma pessoa que não tem certeza por aqui, Sra. Campbell, essa pessoa é você. - Ethan vem até mim. - E posso falar a verdade? Ele me ofereceu mais. Mais do que 70%... - Ri. - Parecia um louco, atordoado, com raiva.

- Raiva? - Questiono, já sentindo as lágrimas embaçarem meu olhar.

- O advogado que estava com ele sugeriu que ele deixasse pelo menos alguma coisa para a filha. - Aponta para a minha barriga. - E não, não era esse cara aí atrás de você não. Era um outro advogado... não lembro o nome dele.

Olho para Tyler em busca de uma resposta, mas ele parece tão atônito quanto eu.

- E então, Liam olhou para ele, riu e disse: "Não sabemos nem se aquela criança é minha."

E foi aí que o meu mundo caiu.

            
            

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