Capítulo 3 Existe um Markus Hamilton

Linda vinha correndo para o elevador e quase foi derrubada por um furação de mulher que saiu dali chorando... algo lhe dizia que estava relacionada com Mark. Subiu ao seu apartamento, tinhas as chaves, mas preferiu bater, se a mulher saiu correndo do seu apartamento, ele podia não estar sociável. Bateu, bateu e com brusquidão Mark abriu:

− Eu disse para desaparec... Linda! Oh miúda, entra!

− Leste a revista?

− A digital... É uma merda...

− Esses detalhes são verdadeiros sobre a tua infância e adolescência? Existe um Markus Hamilton? Vens de uma família religiosa? Tens problemas com teu pai? Onde eles foram buscar isso tudo? Onde fica Queensville?

− Eu não gosto... não falo do meu passado, Linda.

− Eu respeito isso. Mas também aprendi que a família é o bem mais precioso seja ela como for, não devemos apagá-las da nossa vida, da nossa história. Ok, não meto mais. Se não consegues ser sincero com teus amigos sobre a tua família não serás com mais ninguém.

− Ouve miúda! Mark Dune tem vinte anos. Esse é o que tu conheces e que te interessa...Eu acho que já estou na merda o suficiente para a minha melhor amiga me abandonar.

Sua voz estava exausta, Mark atirou-se no enorme sofá que tinha na sua sala, conseguiu alcançar a garrafa e um copo que estava na mesa de centro, serviu para Linda e começou a beber da garrafa. Linda pegou o copo e sentou-se ao seu lado, não ia abandonar o seu amigo. Só estava chocada com tudo que descobriu pela revista. Como seu chefe apagou o seu passado, era isso que conseguia perceber. Mas o homem já estava partido em pedaços, tinha cacos por recolher:

− Aaaah! Whisky a essa hora da manhã...oh, isso é fortíssimo. Não seja maluco, eu não vou deixar o meu amigo, chefe. Dependo desse trabalho pra comer kkk.

− Obrigado! Trazer-te para a minha vida foi a melhor coisa que Bob fez. Acredita

− Ãh, ãh! Mas vocês continuam especialistas em ocultar informação...

− O Bob não sabia do meu passado. Ele me conheceu Mark Dune e era só isso que interessava. Ele não escondeu nada. Só mesmo eu, miúda.

− O que pensas fazer? Queres direito a resposta?

− Não miúda. Desde o dia da entrevista que tenho pensado no meu passado. Reli algumas carta da minha mãe.

− Os teus pais estão vivos? A quanto tempo não falas com eles? – Linda estava admirada, não conseguia ficar um dia sem falar com os seus. Nos últimos seis anos que trabalha com Mark, nunca o ouviu falar da família e com os seus pais.

Parecia difícil para Mark falar disso, mas quase se sabia tudo, o superficial sobre quem ele era, fois decrito na reportagem do Weekly.

− Sim. A última vez que falei com a minha mãe...foi...foi há uns dez anos, penso.

− Dez anos, porra Mark! Não acredito?

Ouvia-se grande ruído debaixo do edifício, Mark e Linda foram ver pela varanda do decimo andar, vários carros de estações televisivas, a imprensa cor de rosa, jornalistas, paparazzi à volta da entrada do edifício.

− Estás encarcerado no teu apartamento. Ou vais falar pra eles?

− Bob disse que tem uma centena de pedidos para entrevistas. Eu não vou falar para nenhum! Eu sou Mark Dune, só isso interessa.

            
            

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