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Quando o avião particular da família Santiago pousou no aeroporto recomendado, Marlon estava sentado em uma das melhores poltronas esperando que Levi chegasse de viagem. Os Santiago sabiam o quão importante àquela mulher seria em suas vidas e naquela semana em que passaria ali, afinal, Miranda Soares já havia saído em todas as revistas de negócios, além de ser a única filha herdeiras de um homem tão rico que se pudesse, compraria o mundo com seu carisma e influencia. E era dessa influência que Marlon iria usar.
- Sr. Santiago, eles chegaram. – o mordomo se prontificou em avisar, embora o mais velho já soubesse. Marlon levantou-se e se preparou para recebê-los ao vim do túnel que levava para fora do avião. E foram questões de poucos minutos até ver o filho aparecer com uma mala pequena de uma mulher esbelta logo atrás. O sorriso que a senhora trazia no rosto era elegante, de forma gentil. - Levi, seja bem-vindo – Marlon cumprimentou o filho com um aperto de mão seguido de um abraço. Ele poderia não ser o melhor pai do mundo, mas ele se importava... sempre se importou.
- Obrigado. Quero apresentar Miranda Soares, a filha de Claudio – trouxe a mulher para frente e mesma alargou o sorriso apertando a mão do Santiago mais velho. - Ala ficará por alguns dias somente, deseja conhecer a empresa e o senhor.
- Ah bom, seja bem-vinda também. É um grande prazer que a recebo – Marlon tomou a frente falando sobre a noite e que ela sentiria muito frio em Seant é uma cidade gelada durante o dia, tão gelada que por muitas vezes chegava a nevar. Uma das coisas mais lindas que ela veria ali.
Levi, por sua vez, foi ficando para trás, para trás até que se lembrou vagamente do celular, e olhando bem o horário, sabia que Mel estaria na sua casa. O pouco do sol que existia em Seant estava para mostrar ao menos seus olhos aquecendo poucas coisas, ainda assim, daria uma manhã bonita para aquela cidade tão bela. Sem pensar duas vezes, ele discou o numero de casa esperando que alguém atendesse. Mas ninguém sequer atendeu. Nem mesmo o telefone particular de Becca foi atendido.
Levi respirou fundo. ODIAVA não ser atendido por pessoas que ele precisava falar com urgência.
- Levi – Ele encarou o pai mais a frente ao lado de Miranda que já se aconchegava dentro de um casaco de pele russo de cor escura. Um absurdo de caro e com certeza, elegante demais, luxuoso e de bom gosto. Coisas que Levi adorava. - Não está pensando em fugir da gente, não é mesmo? Vamos tomar café.
- Eu pretendo ir pra casa, estou cansado. – mentiu.
- Poxa, mas o que lhe custaria uma hora nos acompanhando no café? – Miranda questionou mais a frente, e Marlon fixou os olhos em Levi. Miranda sorriu indo até o Santiago e abraçou seu braço o fazendo caminhar. - Vamos logo! eu quero conhecer a cidade ao seu lado.
Marlon ficou para trás e depois de pensar mais um pouco, revirou os olhos. Se bem conhecia seu filho, Levi já tinha passado a noite com a loira e isso seria um grande problema se não quisesse mais nada com a mulher agora.
Levi nunca teve uma namorada, ou encontros que durassem mais de um mês. Sempre soube que havia alguém em sua casa para que pudesse saciar seus desejos ou algo assim, mas acreditava fielmente que seria prostitutas de luxo, modelos que recebiam bem por uma transa, ou apenas mulheres que desejavam o corpo do jovem empresário multimilionário.
Durante todo o café, Miranda falou das boates de seu pai e do quanto era rica, do quanto às pessoas a respeitavam dentro de suas empresas e do que esperava para o futuro, como ações maiores nas bolsas de valores, mais visibilidade para seu trabalho e a grande fortuna de seu pai. E claro, trazer seus irmãos trabalhando para si.
- Para você? Ou na empresa do seu pai? – Levi perguntou depois de meia hora ela falando. - Pensei que o seu negócio era trazê-los para trabalharem em família.
- Bem, meus irmãos não são muitos do tipo de que gostam de trabalhar para ter dinheiro. Não é a toa que não estão na lista dos melhores filhos em Valcolink. – contou com um sorriso enorme no rosto e encarou Levi. - Marlon tem sorte de ter um filho como você. É totalmente conversado, além de ser competente no que faz. – Tocou em sua mão sobre os olhos de Marlon e de todos os outros ao redor. - Uma grande sorte será a mulher com quem irá casar.
- Seu namorado também tem sorte de estar com você – Marlon cordialmente chamou atenção ao ver que Levi não iria se mexer depois de uma investida tão abertamente e exagerada também.
- Ele terá quando finalmente o encontrar. – Marlon assentiu e voltou a encarar Levi que parecia que iria correr a qualquer momento, e vê-lo desconfortável daquela forma ao lado de uma mulher tão bonita, lhe deixou confuso, totalmente confuso, mas por hora, iria ajudar Levi e depois o questionaria.
- Então, o papo está muito bom, mas eu preciso está na empresa logo, logo já estou atrasado, e vocês devem estar cansados da viagem, certo? – avisou e logo pediu a conta. - em que hotel pretende ficar, Miranda?
- No momento, pensei em conhecer a casa de Levi, e logo depois a empresa, é claro, gosto de hotéis só para dormir e não estou com sono agora. – Depois do nome de Levi, o mesmo encarou a loira que tinha um sorriso singelo no rosto e ao mesmo tempo assustador. Marlon assentiu ainda incomodado pelo fato de Levi ainda está incomodado, com certeza, aquilo não acabaria bem. - Mas se tiver algum problema, eu vou ver o que falo co-
- Levi vai adorar mostrar tudo a você. Mas eu, no momento, preciso ir trabalhar. Tudo bem, Levi? – o moreno levantou e concordou com tudo aquilo, embora em seus olhos tudo que pedia era pra ficar sozinho.
Como combinado, Felipe já estava a sua espera quando saiu da cafeteria em um dos bairros nobres de Seant, com um sorriso alegre e contente em ver seu chefe, um sorriso que diminuiu alguns centímetros ao ver Miranda em seu encalço agarrada ao seu braço falando alguma coisa que eles não podiam ouvir.
- Bom dia Sr. Santiago... Senhora?
- Senhorita Soares, obrigada. E você é muito gentil, qual seu nome?
- Felipe Matos, eu sou o motorista. – A mulher agradeceu novamente pelo senhor abrir e fechar a porta.
- Você pode me dizer se tem alguém na minha casa? – Felipe virou para Levi que se mantinha do lado de fora com as mãos na cintura.
- Creio que Emy e Becca, estão desde ontem, preparando tudo para sua volta – Levi levantou uma sobrancelha numa pergunta muda, até o outro entender e sorrir nervoso. - Ah, não é elas? Bem, Mel não apareceu desde que o senhor saiu.
- Com Maurício? Ainda está com o irmão? – Felipe concordou meio incerto. Não sabia por onde andava a submissa, ou quase isso. - Tudo bem, é melhor que não esteja mesmo. Vamos para casa, preciso que essa senhorita conheça. E se Mel vir pode pensar alguma besteira e eu preciso falar com ela antes de qualquer briga.
- É, eu sei que pode ser embaraçoso. – Felipe olhou novamente para a mulher dentro de carro que ajeitava o cabelo em frente ao espelho de mão e voltando a Levi novamente, espantou qualquer pensamento ruim e deu a volta no carro para abrir a porta para Levi. - Por favor, não faça nada para machucar a garota.
- Eu não pretendo – entrou no carro junto de Miranda que logo fechou o espelho encarando o moreno que guardou o celular.
- O que foi? Está preocupado com alguma coisa? – Levi a encarou balançando a cabeça. - Ah, tá tudo bem. Achei que estivesse tentando fugir de mim. Você sabe que tem que me agradar né?
- Meu pai tem que fazer isso, eu não tenho que fazer nada. Pensei que tínhamos conversado sobre isso. – Miranda riu de canto. - Com certeza você não aceitou bem o que aconteceu naquele quarto.
- Toda mulheres sentia mal por ser rejeitada. Na verdade quem iria gostar de ser rejeitado? - Levi abaixou os olhos lembrando-se do sentimento de destruição total quando Mel lhe olhou nos olhos e disse não pela primeira vez. - Você nunca desejou uma pessoa a ponto de passar de todos os limites para tê-la? - Levi a olhou com mais atenção. - Eu não sou o tipo de mulher que desiste fácil.
- E eu não sou daqueles que muda de opinião com facilidade. – Eles se encararam por alguns segundos, talvez minutos, talvez até o momento em que Felipe parou o carro em frente à casa do Santiago. - Seja bem-vinda. – Levi mesmo abriu sua porta e pulou para fora do carro trocando olhares curtos com Felipe que ajudou a mulher a descer do carro.
- É bonita. – completou ao parar diante de tudo - na verdade é linda embora seja bem afastada, e atrás tem uma floresta? Que coisa mais chique, elegante.
- Obrigado. Eu mesmo quem decorei. A distância das outras casas é porque eu não gosto de ser incomodado por nada e nem ninguém. – Jogou sua indireta e Miranda sorriu jogando dois beijos para o moreno e subiu primeiro. - Avise as meninas, rápido.
Pediu e viu o motorista ir em direção a outra entrada, antes de respirar fundo e seguir Miranda pela escadaria em frente à casa e entrar.
- Se preparem – Felipe apareceu na cozinha quase assustando as mulheres ali dentro. Becca foi a primeira a se animar lavando as mãos e correu para pegar o pano de prato, porém, Felipe a parou antes de atravessar a cozinha para sair da mesma. - Acho melhor você se desanimar, porque ele não veio sozinho.
- Ele já veio da Mel? Eles já conversaram? – Becca parecia cada vez mais animada, mas quanto mais ela contava coisas que o deixaria qualquer pessoa naquela casa animada, - Porque você não está animado? Pensei que queria que ele ficasse com a Mel, todo mundo aqui está torcendo por ela. – Felipe cruzou os braços querendo rir. - Tá, eu não estou competindo com ela, que droga. Mel é uma pessoa maravilhosa, e o Levi gosta dela, então eu não vou me meter. Tô feliz por ambos.
- Não é a Mel. É outra mulher e eu acho melhor você respirar fundo.