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Mel optou por deixar os cabelos soltos como sugeriu Becca e saiu de casa sabendo que se encontraria com Levi. Conversavam sobre alguma coisa e como já estava quase no horário do almoço, ficariam juntos um momento. Pegou o táxi assim que desceu, chegaria mais rápido na casa de Levi, e foi o que aconteceu, no entanto seus olhos se estreitaram em confusão quando viu um carro a mais em frente à casa de Levi
Além do carro que Felipe tinha um grande, imenso carro na cor branca.
Ignorou e subiu as escadas ouvindo barulhos aleatórios, olhou para o carro, escutou mais alguns barulhos e desconfiada abriu a porta de uma vez quase batendo em um dos homens que circulavam pelo lugar. Parou de imediato.
- Ah, me desculpa, eu não queria. Não queria... - ela olhou do homem para o resto na sala de Levi andando de um lado para o outro com bandejas, tirando o sofá do lugar e um instante de fotos. - Desculpe o que está acontecendo aqui?
- Isso se chama festa. – Uma voz feminina lhe chamou mais atenção quando foi ouvida. - Pessoas como você não sabem o que é isso, obviamente – Mel deu um sorriso sem graça querendo mandar aquela mulher se fod3r. Ou simplesmente dizer que ela já foi a uma festa, na verdade, foi um baile feito inteiro para si.
- Os humanos compreendem isso. Já não sei os ignorantes invasores – Jogou de volta a alfinetada se desviando de outros garçons e parou na frente dela. - Porque você está tirando as coisas do Levi do lugar dessa forma?
- Nós vamos dar uma festa para comemorar a união das nossas empresas. Não é o máximo?
- E porque tem que ser na casa do Levi?
- Isso te incomoda de alguma forma? Os empregados não podem dizer nada. – cruzou os braços em frente à Mel que riu de canto mostrando seus bonitos lábios pintados de Nude.
- Eu não sou uma empregada, Miranda, eu sou a namorada do Levi. E não, uma festa não me incomoda, mas o incomoda, porque ele não gosta de gente na casa. – Miranda desviou o olhar. - Você está vendo quanta gente está aqui ao redor fazendo um monte de coisa e bagunçando tudo? Levi gosta de silêncio, do escuro. Você ao menos perguntou se ele concordava com isso?
- De onde eu venho as pessoas pedem licença antes de entrar. Claro que falei, e ele concordou. Se não estiver feliz com isso você pode ir embora, eu tenho muitas coisas para fazer. – Mel pensou mesmo em dar as costas e ir embora, mas ela não veio ver Miranda.
Passou pela loira cruzando a sala e subiu as escadas como se todo aquele pessoal não estivesse ali. Miranda seguiu-a com o olhar até ela sumir no corredor de cima.
A porta do quarto de Levi parecia ser a única naquele lugar e ela nem bateu. Apenas abriu e fechou procurando pelo Santiago que encontrou sentado em sua cadeira como se tudo estivesse normal.
- Uau! – soltou ao levantar - você está bonita com esse vestido. É com certeza horrível, mas esses peitos ficam perto de mim – ele a agarrou pela cintura lhe dando um beijo carinhoso, e quente o suficiente pra fazer Mel esquecer aquelas pessoas lá embaixo por segundos até lembrar e se afastar. - Mel...
- Porque ela está na sua casa? – questionou e Levi não a largou, afastou metade dos cabelos os colocando atrás da orelha e sorriu - você não pode sorrir assim porque me deixa excitada e eu quero saber por que essa mulher tá mudando os móveis da sua casa e preparando uma grande festa aqui.
- Ela sugeriu uma festa, meu pai concordou. Ela disse que queria que fosse em minha casa, e meu pai concordou. – Mel riu. - Não gostei dessas pessoas na minha casa, porque eu não posso transar com minha namorada no meu quarto.
- Será que não? – Mel se afastou um pouco e puxou o vestido para cima dando um pequeno giro e parou diante do Santiago que a olhou dos pés a cabeça voltando para os olhos verdes por qual se apaixonou. A calcinha não tinha corações, era sexy demais.
- Levi eu preciso da sua ajuda – ninguém tinha batido na porta, mas ela se abriu mesmo assim. O moreno não tirou os olhos daqueles peitos bonitos, ele não faria isso. - Não sabia que estava ocupado.
- Agora você sabe. Vai embora! – Mel disse e a olhou por cima do ombro - da casa inteira.
- E desde quando uma prostituta me impede de falar com meu sócio? – Mel ia se virar, mas o Santiago a impediu ficando diante de Miranda. - preciso que venha comigo.
- Desce agora, eu vou depois. – Ordenou ferozmente, sua voz não estava tão gentil quando foi acordado por uma das empregadas dizendo que várias pessoas haviam invadido sua casa. Não estava no mesmo tom de quando seu pai deu aquela notícia e ele disse sim gritando não por dentro.
- Te espero lá embaixo. – olhou dele para Mel que procurava ajustar seu vestido do corpo e fechou a porta.
- Eu que vou lá embaixo você fica aqui – Ia passar por ele quando, novamente, Levi a puxou para mais perto - me larga.
- Eu não vou deixar você descer e gritar com ela por uma causa tão idiota como essa. – Mel soltou a respiração e desviou o olhar da boca dele, para os olhos negros. - Você não precisa se preocupar com nada, porque é a minha prioridade, tá bem?
Ele a trouxe para mais perto beijando sua boca com mais ardor. Ele queria tanto Mel, estava morrendo de saudades. Um dia, dois, três, não era o suficiente para si. O cheiro dela o deixava perdido quando acordava no meio da noite e não o tinha, aquele corpo tão perfeito em cima do seu o dando prazer era tão bom.
E além de tudo isso, tinha algo mais profundo, como um imã que o sugava para ela, não a deixaria fugir de seus braços estando tão perto.
Mel o deixava calmo, o fazia sentir tantas coisas perfeitas que não iria deixar ser interrompido por uma lunática como Miranda.
- O que foi? – ele parou o beijo quando a imagem de Miranda veio a sua mente.
Tudo que estava passando desde que a conheceu o deixava sem reação e tudo isso porque sabia o quão destemida aquela mulher era e conhecia pessoas como ela, pois ele era igual, uma pessoa que não aceitava um não, e faria de tudo para ficar com ele e...
E ele não queria perder sua amada. A mulher pela qual se apaixonou.
- Tira a roupa, tira... - Mandou. Seus olhos brilhando em excitação em cima de Mel, que se sentiu mais excitada que eu normal. - Ou eu vou tirar ela pra você.
Mel sorriu de canto e o beijou novamente, mas não durou.
Deu as costas e saiu do quarto voltando ao corredor, logo às escadas a qual tinha subido há poucos minutos varreu a sala com o olhar procurando por Miranda e quando não a encontrou foi em direção da cozinha tendo consciência que Levi a seguia.
- Eu acho que não gostei desses pratos, precisam ser trocados – Miranda mal tinha terminado de falar quando seu braço foi puxado e sem saber quem era recebeu uma forte tapa no rosto a fazendo voltar para trás e cair em cima dos pratos colocados separados na mesa quebrando alguns. Tudo ao redor pareceu parar os empregados que se assustaram com a cena bem antes de Levi chegar à cozinha. Miranda tocou no lábio onde mais doía e virou para encontrar os olhos verdes de Mel - você ficou louca?
- Eu não sou uma prostituta, sua mimada intrometida.
- Mimada? Você tá me chamando de mimada? Quem você acha que eu sou? Uma garotinha virgem que dorme com homens por dinheiro? – Mel arregalou os olhos, até mesmo Levi se surpreendeu com aquilo.
Desde quando Miranda sabia daquelas coisas?
- O que você... – Mel deu um passo à frente, com a voz doce, doce como veludo. - O que você disse?
- Isso mesmo que você escutou. Eu não sou uma virgem que dorme com homens lindos e milionários por dinheiro. Você não me conhece. – tocou nos lábios novamente sabendo que aquela tapa lhe arrancou gotículas de sangue.
- Você também não me conhece pra falar esse tipo de coisa. Eu não tenho uma vida perfeita como a sua não. E eu não admito qu-
- Não me faça chorar com a história triste do irmão vivo-morto que ressuscitou.
Mel sentiu o corpo tremer só de ouvir aquilo.
- A história do meu irmão vivo-morto não vai te fazer chorar. Mas eu vou.