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- Não me faça chorar com a história triste do irmão vivo-morto que ressuscitou.
Mel sentiu o corpo tremer só de ouvir aquilo.
- A história do meu irmão vivo-morto não vai te fazer chorar. Mas eu vou.
- Se você tocar em mim eu te processo. – Bradou Miranda, enfurecida pela coragem de Mel em já ter lhe dado uma tapa, agora queria tocar mais em seu corpo?
- Não tenho medo de processo – Mel deixou isso claro quando lhe deu outra tapa para que a mesma ficasse ciente de que pedaços de papeis advogado ou um tribunal qualquer não a impediria de se defender - mas eu tenho medo que algum dia o meu irmão escute essas coisas e se magoe, e isso não vai acontecer se eu quebrar a sua boca agora mesmo.
- Já chega – Levi se meteu entre as duas olhando diretamente nos olhos verdes de Mel e sorriu tocando em seu rosto delicado e vermelho pela raiva. - Sai. Eu preciso falar com ela.
- Eu não vou sair daqui. Saia você e finja que não sabe onde a gente se meteu – foi tentar passar por ele, mas Levi a interrompeu novamente a girando para levar até a porta da cozinha - Levi eu vou acabar com você se não me deixar ao menos socar a cara dessa grande filha da puta. – resmungou e parou na porta, sem conseguir sair - Eu não vou deixar essa vagabunda me chamar de prostituta e sair ilesa.
- Mel...
- Para de tentar me proteger. Eu sei fazer isso sozinha.
- Só que você não precisa mais fazer isso. Eu vou fazer, porque sei do que ela precisa. – Foi sereno ao dizer isso. Os olhos grudados nela. Tirando uma mecha de seu cabelo para o lado. Como ele fazia aquilo? Ficando ainda mais bonito e convincente.
- Ela precisa de uma surra, - debochou para a loira sentada no chão tentando inútilmente tirar o sangue dos lábios que brotava todas as vezes que limpava. - Não fala do meu irmão. Você não sabe com quem está mexendo.
- Me obedece só uma vez e sobe para o quarto. - Pediu com toda a delicadeza que não tinha. Mel voltou os olhos para o namorado que parecia sério, sério como nas vezes que eles brigaram. Mel não discutiu ajeitou o cabelo para lado e se aproximou para o beijo rápido, mas Levi a segurou enfiando sua língua na boca dela, intensificando aquele beijo para algo fora do mundo, só a largou quando o ar faltou fazendo Mel se desequilibrar no chão. - Quando eu subir eu quero f0der seu corpo de tantas formas que você não tem ideia. – sussurrou em seu ouvido e a girou novamente de frente pra porta, e abaixou para voltar a lhe falar no ouvido - me espera na cama, sem nada, minha felina preferida – Mel foi empurrada para fora da cozinha em estado de excitação. Encarou os olhos curiosos no corredor que dava para a sala, completamente envergonhada.
Alguém tinha ouvido o que ele disse?
Miranda ouviu o que ele disse?
Recompôs-se voltando a olhar para a porta da cozinha. O que diabos ele falaria para ela? Não importava desde que nunca mais tivesse que cruzar com a loira mal amada. Jogando o cabelo para o lado, ela subiu as escadas lentamente e fez exatamente o que foi mandada.
Ele sabia o que fazer.
Né?
Claro que sim.
Com a respiração pesada ele colocou as mãos na cintura tentando esconder o sorriso em seus lábios.
Ver Mel feroz e completamente pronta para defender o que era importante para ela o excitava a um nível que não devia ser saudável. Mas graças a ela mesma, quando toda aquela confusão terminasse, ele a foderia na sua cama, ou no chão, na mesa do escritório, no banheiro, não importava, ele só queria a colocar de quatro e mostrar que quem mandava naquela felina desobediente e calculista, era ele.
- Eu não acredito que você a deixou tocar em mim – Levi acordou do seu sonho erótico e virou para Miranda que tentava levantar sem tocar em todo aquele vidro espalhado pelo chão da cozinha. Jogou o cabelo para trás caminhando até a pia para lavar a ferida. - Eu vou acabar com aquela prostituta sem etiqueta.
- Cala a droga da sua boca. – Bradou forte fazendo Miranda o encarar na mesma hora - Só cala essa boca que desde que você chegou nessa cidade só tem me trazido confusão, só tem feito merda, só tem falado merda e eu não aguento mais ouvir sua irritante voz no meu ouvido. Entendeu?
- Não aguenta mais? Mas vai precisar de mim pra conseguir...
- A gente não tá aqui pra falar de trabalho, entendeu? – Ele se aproximou o suficiente para Miranda dar passos para trás se sentindo pequena diante da situação, e além de pequena, excitada, molhada e não era pelo suor que escorria em suas costas. - Você chamou a minha namorada de prostituta. Ela é minha namorada, uma mulher forte que aguenta qualquer coisa, menos que falem do irmão. Ela é maravilhosa.
Miranda deu outro passo para trás tentando respirar, mas não estava mais dando. As primeiras lágrimas começaram a se formar.
Ela não tinha como fugir.
- Se eu fosse uma mulher, não deixaria esse lindo rosto inteiro. Mas como eu sou homem, não posso tocar em nenhum fio de cabelo loiro que você tem nessa cabeça. Você pode mandar lá fora e meu pai pode precisar de você para a porra da conta e pra ganhar uma merda de competição, mas você não vai se meter na minha vida pessoal ofendendo minha mulher dessa forma e achando que é superior a ela só porque tem dinheiro e uma grande empresa em suas mãos. Nada no mundo fará você mais forte do que a Mel. – Levi era frio enquanto soprava suas palavras em um tom baixo, mas sério o suficiente para fazê-la sentir medo apenas com o olhar assombrado e louco que lhe era lançado.
Miranda desviou o olhar encarando o chão e todos os pratos quebrados, mas o contato não durou. Sentiu a mão de Levi tocar em seu rosto o trazendo de volta para que se encarasse.
- Faça sua festa em outro lugar. Não quero mais que seja na minha casa. Entendeu? – Ela concordou com a cabeça. Levi deu as costas para sair, mas parou logo em seguida voltando-se a Miranda. - Por que a chamou de prostituta?
- Não é assim que chamamos as mulheres que dormem com homens por dinheiro? - Levi estreitou os olhos. Como ela sabia que Mel havia ficado com ele por causa de dinheiro? - Eu sei que você dorme com prostitutas e sempre tem suas companhias particulares. E agora quer me afastar com essa ideia louca de namorada, e com uma mulher como ela? – Levi se afastou aos poucos, notando que Miranda também sabia fazer seu dever de casa, e se ela soubesse mais um pouco, podia o prejudicar, tanto ele, quanto a empresa, a Mel, o irmão dela. - Ela não faz parte do nosso mundo.
- Eu e você não temos um mundo, e claro que mesmo se tivesse, não faríamos parte do mesmo porque a Mel é o meu mundo. É a única pessoa que me entende, que me compreende e que faria qualquer coisa pelas pessoas que ela ama. - Miranda entreabriu os lábios, mas nada saiu - Não a confronte de novo, ou vou ter que tomar outras providências mais indelicadas ao seu respeito. Estou sendo gentil em respeito ao meu pai. E acredite, eu a mandei embora porque senti pena, muita pena de você, Mel destruiria o resto do seu rosto bonitinho. Agora você pode ir embora e levar toda essa bagunça com você. E quando eu descer mais tarde depois de fazer aquela mulher gemer bem alto, não quero te ver mais.
E foi embora não escutando a outra retrucar.