Tank: Aos pés da Flor sem dono
img img Tank: Aos pés da Flor sem dono img Capítulo 5 05 - Minha flor, meu pecado
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Capítulo 6 06 - O código da Perdição img
Capítulo 7 07 - O julgamento de Tank img
Capítulo 8 08 - Um pedido no abismo img
Capítulo 9 09 - Entre socos e morangos: Amor img
Capítulo 10 10 - A lealdade de Amara img
Capítulo 11 11  - Uma noite no passado img
Capítulo 12 12 - A confiança que só se tem na família img
Capítulo 13 13 - A estrela que ilumina a escuridão img
Capítulo 14 14 – Um conto de terror e superação img
Capítulo 15 15 - A força de um Legado img
Capítulo 16 Entre a Traição e o Castigo: O amor img
Capítulo 17 O preço da Sobrevivência img
Capítulo 18 Uma ausência: Várias Dores img
Capítulo 19 Um arquivo Quase morto img
Capítulo 20 Não há presentes Limpos img
Capítulo 21 Entre portas fechadas e corpo rasgado img
Capítulo 22 A flor em um campo de batalhas img
Capítulo 23 A humanidade de Tank img
Capítulo 24 Confissão img
Capítulo 25 O egoísmo de quem nunca teve nada img
Capítulo 26 Uma missão Limpa img
Capítulo 27 O reencontro de dois erros img
Capítulo 28 Até que Sangre o Amor img
Capítulo 29 Quando o Amor Cura img
Capítulo 30 As lutas invisíveis de todos nós img
Capítulo 31 Mulher para casar img
Capítulo 32 Um café da manhã img
Capítulo 33 Uma flor ao chão, um homem em pânico img
Capítulo 34 O néctar img
Capítulo 35 Liberdade para Gritar o Amor img
Capítulo 36 Entre a Flor e a verdade img
Capítulo 37 Morangos e Tempestades img
Capítulo 38 Nem mesmo o número img
Capítulo 39 Uma paixão que aquece e consome img
Capítulo 40 Com o Cheiro da Flor img
Capítulo 41 Sonhos e riscos img
Capítulo 42 Medo do futuro img
Capítulo 43 Uma aula com ninguém img
Capítulo 44 Amor e ciúme img
Capítulo 45 Sorrisos em um lugar, lágrimas em outro img
Capítulo 46 Ela só queria trabalhar img
Capítulo 47 Grifou no silêncio, Chorou no abraço img
Capítulo 48 Um abrigo com morangos e dálias img
Capítulo 49 De volta ao lugar em que ela não existia img
Capítulo 50 Um amigo muito especial img
Capítulo 51 Uma loucura perfeita img
Capítulo 52 Segunda-feira: O início do caos img
Capítulo 53 Ferido demais para Voltar img
Capítulo 54 Se precisa me matar... img
Capítulo 55 O silêncio que me mata img
Capítulo 56 Nem tudo que a fresta mostra é real img
Capítulo 57 Entre a pipoca e o pecado img
Capítulo 58 Ser visto Cura img
Capítulo 59 De volta ao começo img
Capítulo 60 A briga mais bonita img
Capítulo 61 O preço do silêncio img
Capítulo 62 Com a luz apagada, ela ainda era minha img
Capítulo 63 O Dia em Que a Noite Não Bastou img
Capítulo 64 O lugar onde ela já não estava img
Capítulo 65 Os vestidos que restaram img
Capítulo 66 O presente que não substitui o abraço img
Capítulo 67 Vai esquecer da gente img
Capítulo 68 LUZ img
Capítulo 69 Não deu tempo! img
Capítulo 70 Ela se foi, mas o amor ficou. E Tank decidiu lutar img
Capítulo 71 As cordas do Universo img
Capítulo 72 O preço que ele achava ter o amor. img
Capítulo 73 Flores, Feridas e um decote img
Capítulo 74 O encanador e a harpa do universo img
Capítulo 75 Na casa de onde o amor nunca partiu img
Capítulo 76 Memórias no chão img
Capítulo 77 Se For para Sempre, Que Comece Agora img
Capítulo 78 Meu lugar no mundo é dentro de você img
Capítulo 79 Um amor Grande demais img
Capítulo 80 Um homem sem alma img
Capítulo 81 A última carta, o primeiro amor img
Capítulo 82 Família além do juramento img
Capítulo 83 Quatro soldados e um Pudim img
Capítulo 84 Bilhetes para Ninguém img
Capítulo 85 O peso de um sonho img
Capítulo 86 Os tiros que escolhi com o coração img
Capítulo 87 Poseidon, Thor e a Porra Toda img
Capítulo 88 Hora de decidir ou morrer img
Capítulo 89 O sangue que segura a Flor img
Capítulo 90 O meu único desejo img
Capítulo 91 O Bônus img
Capítulo 92 O monstro e o menino img
Capítulo 93 Compre camisas apertadas img
Capítulo 94 A origem da Flor img
Capítulo 95 Amar e respirar img
Capítulo 96 O menino que sabia o meu nome img
Capítulo 97 Ele falou o meu nome img
Capítulo 98 Mil mensagens nunca lidas img
Capítulo 99 O dia em que o Sol nasceu às 5h da manhã img
Capítulo 100 O sabor do recomeço img
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Capítulo 5 05 - Minha flor, meu pecado

Tank chegou segurando uma caixa enorme, não olhou para Dállia, só colocou o embrulho sobre a mesa e ela ousou falar com ele pela primeira vez desde que o rapaz a deixou no quarto abraçada ao próprio corpo.

- O que é isso?

Tank não sabia o que responder, havia demorado horas escolhendo o vestido que achava que ficaria perfeito no corpo dela. A menina era linda, mas estava sempre usando roupas sensuais.

Parecia um anjo vestindo roupas que simplesmente não combinavam com ela.

Sabia que o pai a obrigada a se vestir daquela forma, já tinha visto várias vezes ele chegar suado e colocar as mãos no corpo da menina. Ela não era sua esposa, era uma boneca que ele tinha comprado.

O rapaz achou que também podia pagar, talvez um presente, mas por alguma razão achava que aquele vestido delicado combinava bem mais com a madrasta do que as roupas que o pai jogava no chão gritando para que ela vestisse.

- É para você, por aquele dia. O pagamento.

Dállia sentiu o coração despedaçar no peito, as lágrimas brotaram quentes, mas daquela vez ela não estava mais disposta a ser humilhada.

- Não quero

- Nem abriu, como sabe que não vai gostar?

- Eu não quero nada de você.

Dállia tentou sair antes que as lágrimas caíssem, outra vez alguém acreditava que ela era somente um corpo, o problema era que dessa vez, a pessoa que queria pagar por ela também era o homem que ela achou ser diferente de todos os outros.

Dois passos e foi puxada de volta, Tank a beijou, um beijo desesperado, carregado de tudo o que sentia, mas não tinha coragem de falar.

Ele queria dizer que o dia que a teve foi o melhor dia da sua vida, que não conseguia esquecê-la, mas que simplesmente não podia ser. Dállia, apesar de ter a mesma idade que a irmã caçula de Tank, também era a esposa de seu pai.

Não disse, mas a beijou e ela se entregou, aos beijos, aos toques e ao prazer que sentiu quando ele a levantou do chão e se encaixou nela no meio da cozinha, outra vez ainda de roupa, só o desejo desesperado de estar colado a ela, só com a vontade que tinha dela, com o desejo se fugir do que sentia.

Depois daquele dia, Tank fugia dos treinamentos da organização. Um mafioso apaixonado, um soldado que deveria fazer a segurança dos outros, mas que traia não apenas o código a qual jurou lealdade como também ao próprio pai.

Durante o dia ela era sua flor, sua Dállia, seu amor.

Passavam a tarde brincando, ele cozinhava para ela, levava doces, a deixava dormir em seu peito.

Se a felicidade pudesse ser chamada de outra forma, ele a chamaria de Flor.

E foi assim que Tank passou a chamar a madrasta, minha flor.

Enquanto Dállia dormia com a cabeça em seu peito, o soldado lutava contra o que era, preocupado com o que estavam fazendo, desesperado pelo que aconteceria se fossem descobertos.

O rapaz nascido em Nova York nunca escolheu fazer parte daquele mundo, já nasceu nele, conhecia as regras. Mulheres da máfia não traem, não se divorciam, não vão embora.

Elas morrem!

Quase sempre uma morte inexplicada, sem rastros, sem perguntas.

E ele não podia perdê-la, não conseguia mais enxergar a própria vida sem aquele abraço, sem os cabelos escuros dela colados no seu suor, sem as conversas casuais de quando estavam assistindo a algum filme ou comendo pipoca doce.

Dállia amava pipoca doce, vermelha e melada. Se sentavam de frente um para o outro e jogavam os milhos estourados um na boca do outro. Uma bagunça doce que ele amava.

- Vamos acabar mortos, minha flor

Tank explicava para a menina sobre as regras da máfia, o código que seguiam e o risco que estavam correndo.

- Eu não me importo, a gente pode fugir, não pode? Qualquer lugar.

- Amara depende de mim, Dállia. Eu sou tudo o que ela tem, quando a nossa mãe morreu a foquinha cabia aqui, oh.

Se lembrou do passado e mostrou para a menina o antebraço, era assim que ele costumava carregar a irmã, também era uma criança na época, mas levava com ele, Russo havia se tornado uma pessoa ainda mais doente depois da morte da primeira esposa.

Não que antes ele fosse normal, nunca foi, mas depois que Rosie partiu, ele enlouqueceu.

Tank estava chorando, segurava a mão fria da mãe, a irmã chorava pequena e desamparada ao seu lado. Todos sabiam que ninguém podia fazer nada, ainda assim, Theodoro, o menino que após fazer o juramento na máfia passou a ser chamado de Tank, chamava pela mãe em desespero.

Sentia o peso do mundo inteiro em suas costas.

O que faria com Amara, como sobreviveriam as loucuras de Russo, quem os protegeria?

Estava certo, os anos que se seguiram foram insuportáveis, Russo não era um pai, era um psicopata, sentia prazer com o medo do filho na época, Tank era só o menino Theodoro, uma criança com a irmã nos braços, sem mãe, sem chão, sozinho.

Explicou isso a Dállia, contou os detalhes daquele dia, mas não contou todos os outros, era pesado demais e ele tentava esconder até de si mesmo.

- Hoje eu posso cuidar da foquinha, não vou deixar a minha irmã sozinha, Dállia. Me perdoa, minha flor, mas foi a Amara que me manteve vivo desde o dia em que perdi a minha mãe. Jurei que protegeria ela de tudo e de todos, vou fazer isso, mesmo que eu precise desistir de você.

Dállia não discutiu, nem pediu. Estava acostumada com a posição que ocupava, ela não era ninguém, mas invejou Amara.

- Deve ser bonito ter alguém que ame a gente assim.

E apesar da inveja, do medo de serem descobertos, do mal e do bem que faziam um ao outro eles continuaram. De dia Dállia era dele, a noite, a menina pertencia a um velho asqueroso que a feria de todas as formas.

Mas isso durou somente até o dia em que Tank foi arrastado pelos soldados da máfia. O capo o chamava, era hora de pagar.

                         

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