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Ele respondeu que sim, mal podia esperar para vê-la. Finalmente, o expediente de Pérola acabou, e ela chegou em casa às pressas. Tomou um banho demorado, depilou-se por precaução e lavou o cabelo. Por ser bem enrolado, demorava muito para arrumá-lo e finalizá-lo corretamente; ela sempre gostou dele bem armado, com volume. Enquanto secava o cabelo com o secador, Klaus ligou duas vezes, mas ela não ouviu. Levou mais ou menos uma hora para terminar de arrumar o cabelo, e só então viu as ligações perdidas. Mandou mensagem, e ele perguntou se estava tudo certo para o encontro.
Ela respondeu que sim, que estava se arrumando. Ele enviou uma foto dele de toalha, dizendo que não via a hora de encontrá-la. Pérola mandou uma foto sua normal, pedindo para que ele largasse o celular e terminasse de se arrumar.
Ela fez uma maquiagem básica e passou um gloss para poder beijar bastante sem ficar borrada. Colocou um vestido vermelho bem coladinho, um pouco acima do joelho, e um salto scarpin nude. Enquanto arrumava a bolsa, chegou uma mensagem de Klaus perguntando se estava pronta, dizendo que já estava indo buscá-la. Pérola respondeu que sim, ficando mais ansiosa do que da outra vez. Logo ele chegou, por volta das 21h30 da noite. Despediu-se da mãe com um beijo e um abraço. Ela pediu para que Pérola tomasse cuidado e lhe deu a bênção como de costume. Ao sair, sua mãe ressaltou que era para ela se cuidar com aquele rapaz, pois não estava com um bom pressentimento. Pérola ficou super desanimada na hora. Klaus estava na porta de casa esperando. Sua mãe espionou o carro pela janela e por isso quis lhe pôr medo.
Pérola entrou no carro, e ele já abriu um sorriso lindo. Cumprimentou-o com um selinho e perguntou:
- E aí Kakau? Onde vamos?
Ele respondeu rindo:
- Kakau?! Em uma balada top, é um pouco longe, é um ambiente legal, cheio de gente bonita, você vai gostar.
Pérola ficou meio apreensiva, talvez por nunca ter saído com ele assim. Ele pegou na sua perna várias vezes enquanto dirigia, a elogiou e começou a puxar assunto sendo simpático. Ele parou no semáforo, deu um selinho nela e disse:
- Você está linda, sabia?! Parece preocupada!? Estou sentindo você distante, não sei, está tudo bem, Pérola? Se não quiser ir lá, a gente vê outro lugar.
Ela respondeu, tentando disfarçar e segurando a mão dele:
- Obrigada, tudo sim. É impressão sua, sou assim mesmo, meio reservada... É muito longe?
Ele disse:
- Fica tranquila, é uns 40 minutos daqui, não irei fazer nada que você não queira... A gente vai se divertir!
Pérola sorriu e disse que só estava curiosa, já que era longe. Continuaram conversando, e meia hora depois ele falou que estavam chegando. Era um lugar que ela nunca tinha ido antes, uma boate grande, um lugar bonito, bem cheio, com bastante gente bonita, universitários, tudo de alto padrão. Estavam de mãos dadas, e ele não pegou fila, foi logo na frente, pois seu nome estava na lista. Entraram, e ele tinha camarote com pulseiras VIP. Havia algumas pessoas esperando no camarote, amigos dele. Ele cumprimentou todos e a apresentou apenas para um casal, dizendo que ela era uma amiga. Tinha algumas meninas lá, aparentemente solteiras. No começo, elas a olharam estranho, ficaram reparando nela e cochichando entre si. Klaus ofereceu bebida a Pérola, mas ela não aceitou, pediu só uma água. Ele foi conversar com os amigos e a deixou meio de canto. A menina que ele a apresentou foi conversar com ela, perguntou seu nome e de onde era. Pérola respondeu educadamente, e conversaram um pouco. Logo, ele a chamou para pegar refrigerante para ela, já que não queria bebida alcoólica. Foram até o bar, ela encostou para pedir, e nesse meio tempo ele se afastou um pouco e começou a conversar com duas meninas. Pérola pegou o refrigerante e ficou olhando. Nunca foi de surtar por ciúmes, nem bancar a insegura. Ele tirou foto abraçado com uma delas, e ela viu que a menina deu um beijinho na boca dele. Pérola ficou brava, mas respirou fundo e fingiu que não viu, ficando de costas para eles. Ele voltou, se aproximou dela segurando na cintura e falou:
- Pegou? Vamos voltar para lá?
Do nada, ele começou a agir estranho, não pegou na mão dela para voltar ao camarote como antes, não ficou muito perto dela, não a beijou nenhuma vez e pouco falou com ela. Por ser um lugar que nunca tinha ido e ter pessoas que não conhecia, Pérola não se sentiu à vontade, mas também não ficou o tempo todo pegando no pé dele. Tentou se enturmar com as meninas e até bebeu um pouco, arrependendo-se de ter ido.
Já eram umas 3h da madrugada, e Pérola o chamou, dizendo que queria ir embora. Ele já estava meio alterado, tinha bebido bastante, e falou que não queria ir porque era cedo. Brincou sobre ela ser careta e disse que era para ela se soltar. Pérola não insistiu muito para evitar conflito, mas disse que já estava cansada e que ia pegar uma água. Ele disse que logo iriam embora. Ela foi sozinha pegar água no bar e demorou de propósito, ficando lá parada olhando as pessoas. Ele a achou, chegou nela do nada, a puxou e tentou beijar. Pérola virou o rosto. Ele a chamou para voltar para o camarote, dizendo que estava a procurando. Quando foi umas 4h30, ele a chamou, pegando em sua mão:
- Vamos embora!
Ela respondeu:
- Vamos! Mas você está bem para dirigir?
Ele disse, mexendo no cabelo dela:
- Sim, estou! Nem bebi muito.
Então foram até o carro, apenas andando um do lado do outro. Chegando ao carro, ele a pegou pela cintura e lhe deu um beijo daqueles que deixa sem fôlego. Pérola confessou que gostou e correspondeu com vontade, mas logo recuou um pouco, porque ele a tratou de qualquer jeito a noite toda. Ela ficou chateada mesmo e estava morrendo de sono. Entraram no carro, e ele disse uns dez minutos depois:
- Vamos parar em algum lugar, só nós dois?
Pérola respondeu apreensiva:
- Não, só me leva embora, por favor, Klaus.
Ele respondeu, pegando nela:
- Vamos comer algo só, relaxa, não estou falando de motel ou da minha casa. Embora quisesse muito ir!
Pérola ficou sem jeito e respondeu:
- Vamos sim, já que você quer. Não falei nada de motel, nem sei por que você tocou no assunto. Eu estou cansada, só isso.
Foram para uma lanchonete. Ele perguntou o que ela queria, e Pérola pediu um suco. Ele pediu um lanche e disse que tinha que comer porque não estava se sentindo bem. Enquanto esperavam, ele a abraçou e falou:
- Dorme comigo hoje?
Pérola respondeu tensa:
- Melhor não, preciso ir embora, já está tarde, minha mãe vai ficar preocupada.
Então ele disse sério, encarando-a:
- Por que você me evita tanto? Está se fazendo de difícil?
Pérola respondeu, soltando-se do abraço:
- Klaus, eu não te evito, acabei de te conhecer, as coisas não são assim, pelo menos comigo não. Você não deu bola para mim a noite toda, agora acha que vou ser seu prêmio de fim de noite?! Assim fica difícil, né? E está super tarde, eu queria ter ido embora de lá mais cedo e você não quis.
Ele respondeu, fazendo carinho nela:
- Está tarde mesmo e você mora super longe, fica comigo essa noite, liga para sua mãe, avisa ela. Tem um lugar legal aqui perto para a gente ficar mais à vontade, hidromassagem, eu faço sua noite valer a pena e vou te recompensar pelo meu mau comportamento.
Pérola respondeu rindo com deboche:
- Sou virgem e com certeza você não vai fazer essa noite valer tanto a pena. Sem chance!
Ele arregalou os olhos e disse:
- Sério, virgem? Está zuando, né?
Pérola respondeu com vergonha:
- Sim, é sério. Vamos mudar de assunto!
Ele ficou meio espantado e só falou "legal", não disse mais nada. O lanche chegou, ele comeu, e Pérola quis pagar seu suco, mas ele não deixou, disse que era por conta dele. Ela nem insistiu, só queria ir para casa.
Foram embora, e ele perguntou de novo:
- Não quer mesmo dormir comigo? Seria legal para a gente se conhecer mais, tal... Nem precisa rolar nada!
Pérola respondeu:
- Não! Vamos embora, outro dia quem sabe...
Ele então não insistiu mais, a levou para casa, se despediu com um beijinho e depois mandou mensagem avisando que tinha chegado em casa, deu boa noite e disse que ainda ia recompensá-la, já que ela não gostou do passeio.