Minha Ômega
img img Minha Ômega img Capítulo 4 Clã da Lua de Sangue
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Capítulo 8 Mãe Luna img
Capítulo 9 Ajuda img
Capítulo 10 Escapulida img
Capítulo 11 Descrença e Adeus img
Capítulo 12 Oficina img
Capítulo 13 Caídos img
Capítulo 14 Um Gato Entre os Pombos img
Capítulo 15 Pedido Ilegal img
Capítulo 16 Um Alfa img
Capítulo 17 O Outro img
Capítulo 18 Loba Ômega img
Capítulo 19 Alcateia img
Capítulo 20 A Verdade img
Capítulo 21 Perspectivas img
Capítulo 22 Modernidade img
Capítulo 23 Primeira Aliança img
Capítulo 24 Bicho Papão img
Capítulo 25 Três Dias Antes parte I img
Capítulo 26 Está Enganada img
Capítulo 27 Apenas Eletricidade Estática img
Capítulo 28 Quem é Ele img
Capítulo 29 De Volta para Casa img
Capítulo 30 Filhote Mau img
Capítulo 31 A Minha Verdade img
Capítulo 32 Coração de Mãe img
Capítulo 33 Primeiro Cortejo do Armagedom img
Capítulo 34 Resetando a Existência img
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Capítulo 4 Clã da Lua de Sangue

Olá, amores!

Estou trazendo para vocês todos os filhotes da nova fase da série. Aqui conhecemos o filhotinho de Odessa e Orium: Ragnar, como podem ver, recebeu o nome do avô. Depois de alguns capítulos, teremos a passagem do tempo com eles na idade adulta, mas achei que faria mais sentido se essas cenas fossem publicadas, pois são importantes para o desenrolar do enredo.

Espero que gostem de conhecer esse levado mais fofo de Oníria!

BJKS!

*****

- Ragnar! Onde está esse pestinha?

"Ele não vai me achar dessa vez!"

Me arrastei por baixo da mesa e corri para os fundos, para longe da voz do gama. Não queria treinar, queria brincar mais, detesto treinar com o gama Enoque, ele é muito chato e pega no meu pé!

Entrei no quartinho para e esconder, mas acabei esbarrando em uma prateleira, derrubando um monte de varetas de incenso que saíram rolando.

" Uh oh..."

- Está se escondendo aqui de novo, Ragnar?

Ah, não! Esse ainda é mais chato que o gama!

- Não...Lorde Anwar, eu só vim.... rezar! É, eu vim reza!

Uni as mãos e fechei os olhos por alguns segundos, esperando que ele me deixasse em paz, mas quando abri um dos olhos, lá estava ele, com os braços cruzados sobre o peito e uma sobrancelha erguida.

- Acha mesmo que pode me enganar, alfa?

Parei de fingir e franzi o cenho, aborrecido.

- Ah, que chato isso! Eu não quero treinar hoje, só quero brincar! Os outros filhotes estão colhendo frutinhas, nadando na cachoeira, enquanto eu tenho que ficar treinando o tempo todo!

- Eu sei que responsabilidade é meio chato, mas você é o futuro Alfa do clã, Ragnar, precisa estar preparado!

- Eu não quero ser alfa, quero brincar!

- Pode brincar quando terminar o treino, responsabilidades vêm primeiro do que direitos, sabia?

- Fácil para você falar, é só um ômega fracote, só tem que fazer um monte de nada e ficar acendendo vela!

Arregalei os olhos, arrependido do que tinha falado, mas era tarde demais. O sacerdote agarrou a minha orelha, puxou e torceu com força, me arrastando para fora do templo.

- Olha só, aí está o fujão! - Gama Enoque riu ao me ver sendo torturado daquele jeito e não me defendeu!

O Beta do meu pai estava com ele e riu junto.

- Vou falar para o meu pai que estão me desrespeitando, sou o futuro Alfa!

- Você tem certeza de que é um alfa? Como um mero ômega puxando a sua orelha assim? - O Sacerdote se juntou a eles rindo de mim.

- Essa é a razão pela qual precisa treinar, Ragnar! - Uh oh... a voz da minha mãe me fez arregalar os olhos e tremer as pernas.

- Não adianta nascer um alfa, se gabar se achando superior sem treino, sem dedicação, é só um filhote mimado e fraco! - Era o meu avô, beta Rules, que nos estava visitando. Ele era o que mais pegava no meu pé!

- Luna Odessa, o filhote estava se escondendo no templo mais uma vez. - A voz do sacerdote ficou mais branda quando continuou a falar. - Ele diz que quer brincar como os outros filhotes.

- Vai brincar quando terminar o treino de hoje, regra é regra, Ragnar!

Respirei fundo e desisti. É muito chato ter que treinar, estudar e ficar fazendo coisas de alfa, especialmente quando o meu pai estava fora.

- Quando o Alfa retorna? - Perguntei, tendo que chamar meu pai de Alfa quando estávamos em público.

- Seu pai vai demorar uns dias, sabe que ele foi levar alguns machos não marcados para conhecerem a Luna de nascimento, filhote do Alfa do clã dos Lobos Brancos.

- Ele deveria ter me levado, eu sou alfa e se ela for minha?

- Não se preocupe, seu pai levou uma roupa com o seu cheiro, se ela for sua, ela te reconhecerá e te aguardará. - Minha mãe se abaixou para falar comigo na minha altura, como sempre faz quando quer que eu preste atenção. - Olha, sei que sente falta dele, mas precisa se dedicar quando ele não está, não quer que ele se decepcione ao chegar e descobrir que está fugindo dos treinos, quer?

- Não... Eu... eu quero que papai, hm... O Alfa tenha orgulho de mim.

- Então seja motivo de orgulho. Treine para ser um bom Alfa e um bom macho para a sua fêmea, seja ela a jovenzinha do clã dos Lobos Brancos ou qualquer outra que a Grande deusa escolheu para o seu coração.

- Tá bom, mãe... hm... Luna Odessa. - Respirei fundo, aceitando contrariado que eles tinham razão. Odeio quando estou errado e odeio mais ainda ter que me desculpar! - Desculpa, gama Enoque, eu quero treinar agora, está bem?

Ele sorriu para mim e fez sinal para o seguir para a arena de treinamento. Tomara que o treino acabe cedo para eu dar um mergulho lá na cachoeira com as fadas.

*****

- Ele está cada vez mais arteiro, especialmente quando Orium não está presente para botar ele na linha...

- Ah, é, Luna Odessa? E quem o mima desde que nasceu? - Disse Alfa Rules rindo enquanto o neto se afastava. - Ah, sem falar em como era pior do que ele na idade dele! Tinha que te buscar na vila, escondida na casa da sua avó, ou pescando com o velho Ambrósio para fugir das lições.

Luna Odessa riu das lembranças. Seu pai tinha razão, naquela idade, é difícil compreender a importância de cumprir as obrigações, quando tudo o que queremos é brincar e nos divertir.

- Ele é um bom filhote, será um bom alfa. - Disse Anwar.

Enquanto conversavam, um grupo de lobas adolescentes passaram cochichando e dando risadinhas, olhando para o sacerdote. Anwar conteve o sorriso, mas torou o capuz propositalmente, fazendo as jovens suspirarem.

- Ainda não acredito que se tornou o sonho molhado dos jovens do clã, Anwar!

O Beta riu, balançando a cabeça de um lado para o outro.

- Não é verdade, Beta, isso é impressão sua. Sou apenas um ômega sacerdote, ocupado demais com as coisas do templo para pensar nisso...

- Ah, é? A fila de machos e fêmeas que te escolheram para montarem neles no primeiro cio só cresce... - Emendou Luna Odessa.

Anwar coçou a nuca, um pouco sem jeito, as bochechas vermelhas.

- Estão caçoando de mim, se me dão licença, tenho coisas a fazer no templo

            
            

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