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O barulho da porta trancando ecoou pela sala. Ana sentiu o coração disparar.
Arthur estava ali, a poucos centímetros, olhando para ela como um predador observa a presa.
- Sabe por que eu pedi pra você ficar, Ana Clara? - a voz dele soou baixa, quase um rosnado.
Ela tentou falar, mas a garganta seca só deixou sair um sussurro.
- Porque eu não consigo mais fingir que você é só uma aluna. - Ele se aproximou, os dedos tocando o queixo dela, levantando seu rosto devagar. - E eu acho que você não quer mais fingir também.
O cheiro dele - mistura de perfume amadeirado e algo só dele - invadia os sentidos de Ana, deixando tudo em volta turvo. Quando Arthur deslizou os dedos pela linha da mandíbula até a nuca, puxando-a devagar para um beijo, o chão pareceu sumir debaixo dela.
Os lábios dele eram firmes, mas não apressados. Ele explorava, provava, mordiscava os cantos da boca dela antes de aprofundar o beijo, sugando-lhe o ar e as forças. As mãos dele desceram pela cintura, pressionando-a contra a mesa. Ana soltou um gemido baixo, sentindo o corpo vibrar, a pele formigar sob o toque dele.
Arthur afastou-se um instante - os olhos escuros fixos nos dela.
- Quero ouvir você, Ana. Quero sentir o que você guarda aí dentro. - O sussurro dele roçou o ouvido dela, enviando arrepios diretos até entre as coxas.
As mãos firmes subiram pelas coxas de Ana, deslizando sob o tecido fino do short. Ela sentiu os dedos traçando o contorno da pele nua, brincando perigosamente perto da borda da calcinha. Os lábios dele voltaram ao pescoço dela, sugando, mordiscando de leve. O corpo de Ana se arqueou involuntariamente, implorando por mais.
- Você treme toda pra mim... - ele sussurrou, a voz grave cheia de fome.
Ana gemeu baixo, as mãos apertando os ombros dele, puxando-o para mais perto. Ele sorriu contra a pele dela - um sorriso de vitória e adoração misturados.
Com um movimento ágil, Arthur ergueu Ana pela cintura e a sentou na mesa. O som das pernas dela batendo na madeira misturou-se ao da respiração pesada dos dois. Ele ajoelhou-se diante dela, os olhos nunca deixando os dela, as mãos deslizando pelas coxas agora abertas.
- Vou provar você... devagar - ele murmurou.
Quando a boca dele tocou a pele quente da coxa interna, Ana mordeu o lábio, tentando conter o som que ameaçava escapar. Ele subia lentamente, saboreando cada reação dela, cada pequeno tremor, cada respiração suspensa.
E naquele instante, Ana soube: estava perdida. E amava cada segundo dessa perdição.