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Capítulo 4
Eu tinha cedido à ideia estúpida de Michael, após passar a manhã e metade da tarde no escritório ouvindo o mesmo vai e vem sem sairmos do lugar, quando concordávamos de um lado, eles arrumavam outro problema no contrato para ser discutido.
Por isso, assim que demos por encerradas as negociações do dia eu a chamei para jantar, mas fiz questão de levar meu amigo comigo, não queria ter que aturar a mulher insuportável sozinha e depois dele ter tido a ideia nada mais justo que a aguentasse junto comigo.
A única coisa que me ajudou a passar por aquele dia foi a lembrança dos olhos verdes, os lábios rosados e o balanço do quadril que me deixou hipnotizado. Manter minha mente na garota que encontrei fez meu dia ser mais leve, pois já estava traçando um plano para a tê-la em minha cama.
O jantar e o que eu precisaria fazer depois dele era um sacrifício pelo bem-estar da empresa, foi isso que eu continuei a repetir a mim mesmo. Só não esperava que Laura e Michael fossem se dar tão bem, enquanto eles descobriam o quanto tinham em comum, uma ideia nada correta se formou na minha mente e quando subimos para o quarto de hotel, os três, coloquei em prática.
- Eu quero os dois! - Laura repetia, enquanto beijava Michael, quase o engolindo.
Os dois já estavam tão altos que eu duvidava entenderem o que estavam fazendo. Eu abri a porta e entrei no quarto que tinha reservado, quando senti as mãos dela em mim, me empurrando contra a parede e me beijando desajeitadamente.
- Vamos com calma doutora, você vai ter nós dois se é o que deseja. - murmurei tentando acalmá-la e procurei Michael por cima do ombro, o encontrando tirando as calças enquanto tentava se equilibrar.
- Vai fazer tudo o que eu quiser James? - A boca dela grudou em meu pescoço e eu me voltei para ela.
A mulher me olhava com os olhos tomado de desejo e mesmo sendo linda não fazia meu pau subir, hoje ele estava querendo uma certa morena que não saia da minha mente e eu não estava disposto a fazer esforço para transar com Helena
- Tudo! - sem que eu pudesse prever, ela se esticou e grudou nossos lábios, me fazendo sentir o gosto de todos os drinks que os dois idiotas misturaram durante o jantar. - Tanto eu quanto Michael, só queremos te agradar.
Puxei meu amigo, que agora só usava uma cueca, para o meu lado e os olhos dela rapidamente se desviaram para ele, descendo pelo corpo dele um longo segundo antes de agarrá-lo o puxando até a cama no outro cômodo.
- James, você não vem? - Michael colocou a cabeça no portal do quarto, os olhos se dividindo entre mim e algo que Laura fazia no quarto.
- Vou em um segundo, podem começar sem mim. - ele não esperou nem mesmo que eu terminasse a frase antes de sumir novamente.
Me joguei no sofá sabendo que agora só precisava esperar os dois brincarem até cair no sono para poder ir para o meu quarto. E não demorou muito para isso acontecer, depois de uma sessão de orgasmos constrangedores, que eu com certeza usaria contra Michael depois, os dois caíram em um sono profundo com direito a roncos.
Eu saí de lá e fui para o meu quarto, no mesmo andar, o que facilitou meu fingimento da manhã, quando passei lá com uma roupa mais casual e os cabelos molhados, apenas para dizer que estava indo embora e que a noite tinha sido ótima, uma mentira que nenhum dos dois percebeu.
Então eu fui atrás do meu verdadeiro objetivo, a morena de olhos sedutores. Uma forma de encontrá-la sem saber seu nome era indo até o mesmo lugar que nos encontramos e esperar que o universo me ajudasse.
- Bom dia, sweet. - a cumprimentei quando a porta se abriu de supetão. - Eu estava te esperando.
Não menti, fazia cerca de vinte minutos que eu estava ali imaginando quando ela apareceria, tinha até pensado em desistir e voltar para procurá-la uma outra hora, mas a verdade é que quanto antes eu a tivesse em minha cama, mais rápido eu poderia tirá-la da minha mente.
Me aproximei sem pensar na distância aceitável, só queria ter a certeza de que ela sentia a mesma atração que eu apenas com a pouca aproximação.
- Bom dia. - A voz dela soou quase incerta, mesmo que ela estivesse erguendo o pequeno queixo arredondado para parecer altiva. - O senhor deseja algo?
- Eu desejo muitas coisas. - abri um sorriso vendo o espanto nos olhos claros e ergui a mão pegando uma mecha do cabelo macio e o enrolando em meus dedos. - E a primeira delas é conversar com você.
Não era realmente o que eu desejava fazer com ela, se fosse para ser honesto eu diria que a queria gemendo meu nome o resto do dia, enquanto eu a fodia de todas as maneiras possíveis. Mas eu não queria espantar minha presa tão fácil, e pelo ar de inocência dela com toda certeza se assustaria com uma abordagem mais dura.
- Humm... - levou um segundo, pelo que pareceu que ela estava assimilando minhas palavras enquanto os olhos grandes e redondos esquadrinharam meu rosto. - Os funcionários não podem ser vistos conversando com os hóspedes.
- Então não vamos deixar que nos vejam, quando você for até o meu quarto teremos tempo de conversar.
- O quê? - o tom mais alto da voz dela me deu a certeza que não seria tão fácil assim entrar nas calças dela. - Não, eu não posso estar no quarto quando os hóspedes estiverem lá e eu realmente preciso ir.
A garota deu um passo para o lado, como tinha feito da primeira vez antes de fugir de mim, e meu impulso foi segurá-la pela cintura, impedindo que fosse mais longe.
Um suspiro escapou pelos lábios rosados atraindo meu olhar diretamente para lá, mas ela ergueu as mãos empurrando meu peito, me mostrando que não ia ceder.
- Escuta, eu... me desculpa. - e forcei a dar um passo para trás, deixando que minha mão deslizasse para seu pulso e dando mais espaço a ela, mesmo contra minha vontade. - Eu não quis ser invasivo, é só que não consigo parar de pensar em você desde que te vi ontem. Porque não me diz ao menos seu nome?
Ela olhou em volta, como se estivesse se certificando de que ninguém estava nos vendo antes de finalmente falar.
- Aurora, meu nome é Aurora Vieira. - então as lindas íris se desviaram de mim enquanto ela focava em minha mão segurando seu pulso. - E eu não parei de pensar em você também. - aquilo me deixou ainda mais confiante que conseguiria o que eu queria. - Mas não posso perder esse emprego, sinto muito.
Ela puxou o braço para longe do meu toque e se afastou, achando que aquelas poucas palavras me fariam desistir, mas eu a segui ignorando tudo.
- Não tem que perder o emprego, ninguém vai saber se formo discretos, ou podemos nos ver em outro lugar se quiser. - eu podia estar parecendo um cachorrinho pidão atrás dela, mas eu sabia que não conseguiria pensar em outra coisa enquanto não consumisse esse desejo.
- Porque quer tanto isso? - ela me questionou, se virando e me pegando desprevenido. - O hotel está lotado, tenho certeza de que não faltam mulheres para puxar conversa.
- Mas eu não quero nenhuma delas, quero você! - ela engoliu em seco e piscou rapidamente, desviando os olhos dos meus, mas não conseguindo esconder as bochechas rosadas. - Não costumo correr atrás de mulheres, Aurora. Então acredite quando digo que não quero nenhuma outra.
Falar o nome dela pela primeira vez pareceu tão certo que eu queria dizer de novo, mas me contentei com a expressão surpresa dela, esperando que finalmente ela cedesse.
- Eu acredito no destino então vamos fazer assim, se for para essa conversa acontecer vou ser mandada para o seu quarto, do contrário vou entender como uma negativa do universo. - ela voltou a andar me deixando parado no corredor dessa vez, mas antes de entrar na mesma porta do outro dia ela se virou me lançando um sorriso largo. - Tenha um bom dia!
- Com toda certeza eu vou ter um bom dia quando te ver entrando no meu quarto!
Nunca acreditei nessa baboseira de destino, mas estava indo fazer o meu agora mesmo na recepção, garantindo que ela seria enviada até meu quarto!