Capítulo 3 Cont Melinda

O calor entre nós era impossível de ignorar. O cheiro da chuva ainda pairava no ar, e nossos corpos, ainda úmidos, se aproximavam com uma fome contida. Os beijos que trocávamos eram lentos no começo, como se um estivesse tentando entender o ritmo do outro, mas logo a urgência tomou conta - a urgência de esquecer, de se sentir vivo, de ser desejada.

Foi quando ele começou a percorrer meu corpo com suas mãos firmes e cuidadosas, e eu senti meu coração disparar. Minha respiração ficou mais pesada. Estávamos ali, prontos para algo que nem sabíamos onde daria... mas eu sabia que era especial. Até que, de repente, eu travei. Me afastei levemente e o encarei.

- Pietro... espera. - minha voz saiu mais baixa do que eu esperava.

Ele parou na hora, me olhando com preocupação.

- Eu fiz alguma coisa errada? - perguntou com gentileza.

Respirei fundo. O coração batendo mais forte do que antes.

- Não... é só que... eu sou virgem. - confessei, com um pouco de vergonha no olhar. - Eu estava guardando esse momento pra alguém que eu achei que fosse certo. Mas essa noite... tudo saiu do controle.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, apenas me olhando. Mas não era um olhar de julgamento. Era calmo, profundo... e cheio de respeito.

- Melinda... a gente pode parar. De verdade. - ele disse com a voz baixa, firme e atenta a cada reação minha.

Balancei a cabeça.

- Não. Eu quero continuar. Pela primeira vez em muito tempo... eu quero fazer algo por mim. Mesmo que esteja tudo fora do que eu imaginei, eu quero isso agora. Com você. Só... só vai com calma.

Ele sorriu de leve, e foi como um alívio.

- Eu prometo. A gente vai no seu tempo.

Deitamos sobre os lençóis macios, e ele me beijou outra vez - dessa vez mais devagar, como se me redescobrisse. Cada toque dele parecia pensado, gentil, sem pressa. Ele me fez sentir segura, respeitada... desejada.

Comecei a sentir seus toques sobre meu corpo, minha pele a todo momento que ele beijava, sentia o arrepio, mas eu não estava com medo de nada, ele estava me passando confiança, mesmo que não fosse amor, eu senti o desejo que ele estava por mim, seus olhos brilhavam, ele alem de me fazer sentir prazer me olhava dentro nos meus olhos, enfim chegamos ao nosso limite, e ele com todo cuidado ele se deitou ao meu lado me pegou e me fez deitar ali ao seu lado.

_ Nossa e eu que achei que a minha noite estava perdida, acabei ganhando um presente- Escuto o Pietro falando pra mim e eu olho pra ele

_ Então estamos quite, porque eu também achei que tinha perdido, só que acabei fazendo uma loucura- falo sonelenta

Enquanto a noite avançava, a dor e a raiva que tinham me sufocado horas antes foram se diluindo no calor daquele momento. E quando finalmente adormeci, foi com a cabeça sobre seu peito e o som suave da chuva ao fundo. Pela primeira vez em muito tempo, dormi em paz.

            
            

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