Capítulo 2 PRÓLOGO

Nota da Autora (Denise E. Firmina Santos):

Sim, tem dedicatórias (spoilers..), mas apenas está apenas soltos no Fireplume (denisefirmina) e no Wattpad (denisefirmina)!

Se senta e respira fundo, hein!

PRÓLOGO

EM 2018, NA CALIFÓRNIA

O café da manhã estava impecável. Sobre a mesa de madeira polida, uma jarra de suco de limão exibia finas fatias da fruta flutuando em seu interior. Três copos estavam cheios, e pães franceses ainda quentes exalavam seu aroma convidativo. Uma torradeira aguardava em silêncio, as torradas prontas para serem servidas. Era uma cena que parecia saída de um sonho de recomeço.

Mas, para Maya, a perfeição era uma farsa. A única coisa que ecoava em sua mente era a frase cortante de seu pai, uma acusação que carregava o peso da culpa. Eles estavam na Califórnia, na universidade, afundados em dívidas. Tudo isso por causa dela. E ela sabia disso.

Fernando empurrou a cadeira para trás com um som seco e irritante. Seus olhos, frios e calculistas, pousaram nela com impaciência.

- Ouviu o que eu disse, Maya Emerson? - Sua voz cortou o ar, tão afiada quanto suas palavras. - Fizemos tudo isso, gastamos o que não tínhamos, e você nem sequer demonstra gratidão.

Ela sentiu a garganta secar, mas não conseguiu responder. A imagem perfeita do café da manhã começava a se dissolver, dando lugar a um vazio sufocante. O cheiro do pão fresco parecia distante, quase irrelevante diante do peso das expectativas que a esmagavam.

- O prazo é até hoje à noite - ele repetiu, impiedoso. - Dê um jeito de conseguir metade do dinheiro.

O olhar dela caiu sobre o copo de suco. Maya o pegou, levando-o aos lábios como se aquilo pudesse aliviar a angústia. Mas o gosto ácido do limão parecia refletir o amargor que crescia em seu peito.

- Eu não pedi pra vocês fazerem isso... - murmurou, a voz trêmula. - Não deveriam ter feito essa dívida, Fernando!

Os músculos do maxilar dele se contraíram, e sua expressão endureceu.

- Respeito. É isso que eu quero. - As palavras saíram como uma sentença. - Consiga metade do dinheiro, ou nós três estaremos arruinados. E a culpa será toda sua.

Ela o encarou, sentindo a força de sua ameaça, mas sem forças para reagir. Ele se virou e saiu, deixando Maya sozinha diante da mesa impecável que agora parecia zombar dela. O suco já não era doce, e o recomeço que ela havia imaginado desmoronava como areia entre os dedos.

> Está atento(a) aos sinais? O que você acha que vai acontecer com Maya depois disso?

O jogo está só começando.

E se quiser me contar suas suspeitas... eu vou fingir que não li. 😏🔍

            
            

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