Do Ódio ao Altar: Uma Vingança Inesperada
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Capítulo 2

Beatriz vasculhou o quarto com os olhos, procurando qualquer vestígio.

"Onde é que ela está, Miguel? Eu ouvi!"

A sua voz era estridente.

Miguel passou a mão pelo cabelo, tentando parecer calmo.

"Ouviste o quê, Beatriz? Estás a imaginar coisas. Eu estava a dormir."

Ela aproximou-se dele, o perfume caro a invadir o ar.

"Não me mintas! Havia uma mulher aqui!"

Miguel suspirou, tentando acalmá-la.

"Querida, bebeste demais? Ou será o ciúme a falar mais alto?"

Ele segurou-lhe os ombros.

"Não há ninguém aqui além de nós. Eu amo-te, sabes disso."

Beatriz olhou-o nos olhos, a fúria a diminuir um pouco, substituída pela insegurança.

"Amas-me? Mesmo?"

"Claro que sim. És a minha noiva."

Ele beijou-a na testa.

Sofia, escondida, observava pela fresta.

Viu a ternura nos gestos de Miguel, uma ternura que raramente demonstrava.

Confirmou o que já sabia: o amor dele por Beatriz era real.

Isso tornava a vingança ainda mais doce.

Beatriz pareceu acalmar-se, convencida pelas palavras dele.

"Desculpa, meu amor. Acho que estou demasiado stressada."

No momento em que ela relaxou, Sofia deixou cair deliberadamente um pequeno frasco de perfume no chão da casa de banho.

O som, embora abafado, foi suficiente.

Beatriz virou-se bruscamente.

"O que foi isso?"

Os seus olhos voltaram a estreitar-se, a desconfiança a regressar.

Caminhou em direção à casa de banho.

Miguel interveio, bloqueando-lhe o caminho.

"Não é nada, querida. Deve ser o serviço de quartos no corredor."

Ele sorriu, mas os seus olhos mostravam uma ponta de nervosismo.

Beatriz hesitou, olhando de Miguel para a porta da casa de banho.

Por fim, deu de ombros.

"Talvez tenhas razão. Estou cansada. Vamos para casa."

Ela agarrou o braço de Miguel e puxou-o para fora do quarto.

Assim que a porta se fechou, Miguel suspirou aliviado.

"Sofia? Podes sair."

Sofia abriu a porta, o cabelo ligeiramente húmido, o vestido amarrotado.

Parecia a personificação da inocência apanhada numa situação embaraçosa.

"Desculpe, Sr. Miguel. Deixei cair o meu perfume. Sou tão desastrada."

Os seus olhos estavam baixos, como se estivesse com vergonha.

Miguel olhou-a, uma expressão indecifrável no rosto.

"Tens medo da Beatriz?"

Sofia levantou os olhos, a vulnerabilidade estampada neles.

"Ela... ela pode ser muito intensa, Sr. Miguel. E eu preciso deste emprego. Tenho contas para pagar, uma família para ajudar."

Era uma meia verdade, mas soava convincente.

Ela não esperou por uma resposta.

"Tenho de ir. Obrigada por... por tudo."

Fez menção de sair.

"Espera," disse Miguel, inesperadamente. "Eu levo-te a casa. Já é tarde."

Sofia escondeu um sorriso.

Ele estava a começar a interessar-se.

O plano avançava.

            
            

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