A Vilã Que Reescreveu o Destino
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Capítulo 1

Sofia Teixeira acordou com a cabeça latejando, uma cacofonia de música alta e conversas animadas agredindo seus ouvidos.

Luzes coloridas piscavam, cegando-a momentaneamente.

O cheiro forte de álcool e perfumes caros pairava no ar.

Ela tentou se levantar de onde quer que estivesse – um sofá macio demais – mas suas pernas fraquejaram.

"Onde estou?", ela murmurou, a voz rouca e estranha.

Seu corpo parecia pesado, desconectado.

Ela olhou para as próprias mãos – unhas longas, pintadas de um vermelho vibrante. Não eram suas unhas.

Pânico começou a borbulhar em seu peito.

Isso não era um sonho. O acidente... ela se lembrava do carro vindo em sua direção, da dor excruciante.

E agora estava aqui, neste corpo desconhecido, em uma festa que parecia saída de uma revista de fofocas.

Ela precisava sair, entender o que estava acontecendo.

Com esforço, ficou de pé, cambaleando. Alguém esbarrou nela, quase a derrubando.

"Olha por onde anda, sua desajeitada!", uma voz feminina e irritada soou.

Sofia nem registrou. Seus olhos varreram o ambiente, procurando uma saída, uma explicação.

Foi então que o viu.

Um homem alto, de terno impecável, expressão séria, observando-a com uma mistura de irritação e... desprezo?

Ele parecia familiar. Terrivelmente familiar.

Leonardo Mendes. O mocinho do romance que ela estava lendo antes do acidente. O capitão incorruptível.

E se ele era o mocinho... ela só podia ser...

A ficha caiu com a força de um soco no estômago.

Ela estava no corpo de Sofia Oliveira, a vilã coadjuvante. A alpinista social, a interesseira, a que sempre se dava mal no final.

A bebida que Bianca, a "irmã" boazinha, lhe dera mais cedo... devia estar adulterada.

Seu corpo, ainda sob o efeito da substância, moveu-se por instinto.

Ela tropeçou, e para não cair de cara na elegante piscina que ficava perigosamente perto, agarrou-se à primeira coisa sólida que encontrou.

O braço de Leonardo Mendes.

Ele a segurou com firmeza, impedindo a queda, mas seu rosto se contorceu em uma carranca.

"Você está bem?", ele perguntou, a voz fria como gelo.

Sofia, ainda grogue, em vez de se afastar, agarrou-se a ele com mais força, o corpo mole contra o dele, a cabeça aninhando-se em seu peito por um instante.

Um suspiro escapou dos lábios da "vilã".

Leo enrijeceu, o nojo evidente em seus olhos.

"Me solte, sua...". Ele parecia procurar a palavra certa. "Atrevida."

Ele a empurrou com força contida, mas o suficiente para que ela cambaleasse para trás, quase perdendo o equilíbrio novamente.

A humilhação queimou o rosto de Sofia – a verdadeira Sofia, presa naquele corpo.

Ela recuperou um pouco da compostura, as memórias da Sofia original, a vilã, inundando sua mente. A péssima reputação, as tentativas patéticas de sedução, o desprezo de todos.

"Desculpe," ela conseguiu dizer, a voz ainda trêmula. "Eu... eu não me senti bem."

Tentou se afastar, mas seus olhos captaram um brilho no chão. Uma pequena nota de cem reais, provavelmente caída de sua bolsa ridícula durante o tropeço.

No seu mundo, cem reais fariam uma diferença enorme para sua família.

Instintivamente, ela se abaixou para pegar, mas Leo foi mais rápido.

Ele pegou a nota, o olhar ainda mais carregado de desprezo.

"Perdeu alguma coisa?", ele perguntou, sarcástico.

Sofia sentiu o rosto queimar. Ela queria explicar, dizer que não era o que ele estava pensando, mas as palavras não saíam.

Ele estendeu a nota para ela, mas de uma forma que a obrigou a se inclinar, quase tocando seus dedos nos dele.

Um arrepio percorreu seu corpo, uma mistura de constrangimento e uma estranha, indesejada, faísca.

            
            

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