A Última Transfusão: O Despertar
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Capítulo 2

Isa tentou ligar para Ricardo no dia seguinte.

Queria informá-lo, de forma casual, sobre o "pequeno favor" que fizera.

Ele não atendeu.

Claro que não. Estava ocupado demais cuidando de Larissa.

Isa sentia o corpo ainda fraco da transfusão.

Mas uma nova determinação a aquecia por dentro.

Ela viu as fotos nas redes sociais.

Ricardo segurando a mão de Larissa no hospital, o olhar devoto.

"Meu amor, você vai ficar bem," ele legendou.

Uma pontada familiar de dor a atingiu, mas ela a afastou.

Aquela não era mais a sua vida.

Finalmente, conseguiu falar com Ricardo por telefone.

"Preciso falar com você sobre o casamento," ela disse.

"Casamento?" A voz dele era puro desprezo. "Ainda com essa história, Isabella? Pensei que você tinha desistido."

"Não, Ricardo, você não entendeu..."

"Entendi perfeitamente," ele a cortou. "Você quer usar essa transfusão para me prender. Não vai funcionar. E nem pense em contar a ninguém sobre a condição de Larissa ou sobre o seu sangue. Se uma palavra vazar, você vai se arrepender."

Isa suspirou. Ele era inacreditavelmente egocêntrico.

"Tudo bem, Ricardo. Você descobrirá sozinho."

Ela desligou.

Não valia a pena.

Paris. Moda. Esse era o foco.

Ouviu comentários na fazenda dos avós, para onde voltou para se recuperar.

"O Dr. Ricardo é tão dedicado àquela atriz, não é?"

"Um amor de novela!"

Isa sorria e concordava.

Decidiu que iria para Lisboa primeiro. Era mais fácil conseguir o visto, e de lá, Paris seria o próximo passo.

Começou os trâmites para o passaporte e o visto de estudante.

Haveria um período de espera.

Enquanto isso, começou a faxina.

Tirou todas as fotos de Ricardo do seu quarto.

Jogou fora os poucos presentes que ele lhe dera por obrigação.

Apagou o número dele do seu celular.

Uma vizinha da fazenda, fofoqueira, viu a pequena fogueira que Isa fez com as cartas antigas.

"Isabella, o que está fazendo? Brigou com o Dr. Ricardo?"

Isa sorriu. "Apenas limpando o passado."

A vizinha, claro, correu para contar a quem quisesse ouvir.

A notícia, distorcida, chegou aos ouvidos de Ricardo.

"Ela está queimando as coisas dela para se livrar de qualquer ligação comigo? Ou está tentando chamar minha atenção, fazendo cena?" ele pensou, irritado.

Ele ainda acreditava que Isa era obcecada por ele.

Dias depois, ele ligou.

"Isabella, teremos um evento da empresa na próxima semana. É importante que você esteja lá."

"Eu? Por quê?"

"Porque," ele disse, a voz dura, "as pessoas ainda acham que temos algo. Precisamos manter as aparências até que a poeira baixe. E você é, tecnicamente, minha noiva, não se esqueça do seu teatrinho."

Isa quase riu. Mal sabia ele.

"Como quiser, Ricardo."

            
            

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