Romano - Coroados pelo sangue
img img Romano - Coroados pelo sangue img Capítulo 2 Exatamente o que eu queria
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Capítulo 7 Desejo cruel img
Capítulo 8 Os jogos mais perigosos img
Capítulo 9 Vingança img
Capítulo 10 Ela é minha esposa agora! img
Capítulo 11 Atira! img
Capítulo 12 Brincando com o perigo img
Capítulo 13 O juramento img
Capítulo 14 Diante de todos img
Capítulo 15 Nas mãos do inimigo img
Capítulo 16 Você é minha, somente eu posso te salvar. img
Capítulo 17 Ele é o seu monstro img
Capítulo 18 Sentimentos conflitantes img
Capítulo 19 Esperando o inimigo mover o jogo img
Capítulo 20 Espionagem img
Capítulo 21 A foto img
Capítulo 22 O inferno está apenas começando, Bambina. img
Capítulo 23 Perdão, chefe img
Capítulo 24 Em busca de uma conversa interessante img
Capítulo 25 O ataque do Corvo img
Capítulo 26 Decepcionada por me ver img
Capítulo 27 Quem é Giorgia img
Capítulo 28 Afrontosa img
Capítulo 29 Pagando as consequências img
Capítulo 30 Uma reunião sombria img
Capítulo 31 Ninguém entre nós. img
Capítulo 32 Movimentando o jogo img
Capítulo 33 Liberdade controlada img
Capítulo 34 Correndo riscos img
Capítulo 35 Um encontro inesperado no jardim img
Capítulo 36 A visita de Mario Rossi img
Capítulo 37 O perigo se aproxima img
Capítulo 38 Nem mesmo o inferno me impedirá de te amar img
Capítulo 39 Está me traindo img
Capítulo 40 Segredos de Tonny img
Capítulo 41 Uma estratégia perigosa img
Capítulo 42 Você é um vício img
Capítulo 43 A rainha do meu inferno img
Capítulo 44 Sob os cuidados dele img
Capítulo 45 Se livrando de problemas img
Capítulo 46 Você é minha e somente minha! img
Capítulo 47 A festa no SPA img
Capítulo 48 Condenados pelo desejo img
Capítulo 49 A rainha da minha escuridão img
Capítulo 50 Apaixonada pelo inimigo img
Capítulo 51 Sem espaço para erros img
Capítulo 52 Cuidando dele img
Capítulo 53 Esqueça tudo antes de mim img
Capítulo 54 Não fale, apenas me sinta! img
Capítulo 55 Não teste a porra dos meus limites img
Capítulo 56 Uma traidora img
Capítulo 57 Minha ruína img
Capítulo 58 Ameaças img
Capítulo 59 Quando eu te disser o que sei, vai doer, pequena. img
Capítulo 60 Eu não cometeria o mesmo erro do passado img
Capítulo 61 Uma oportunidade img
Capítulo 62 Escondendo segredos img
Capítulo 63 Resgate img
Capítulo 64 Romano, eu imploro! img
Capítulo 65 Nos meus termos img
Capítulo 66 Espiando onde não deveria img
Capítulo 67 No inferno de Tonny img
Capítulo 68 Sempre mantive meus olhos em você img
Capítulo 69 Perigosamente sua img
Capítulo 70 Eu sou o rei de tudo img
Capítulo 71 Confusa img
Capítulo 72 Presente e passado, uma guerra sem trégua img
Capítulo 73 Ela chegará nas próximas semanas img
Capítulo 74 A lápide img
Capítulo 75 Distância cruel img
Capítulo 76 Um marido cuidadoso img
Capítulo 77 Indo encontrar o inimigo img
Capítulo 78 O corvo nas sombras img
Capítulo 79 Sangue não me assusta, bambina img
Capítulo 80 Se significo tanto para você, então prove. img
Capítulo 81 Seja uma boa garota e ajoelhe-se! img
Capítulo 82 Devastante img
Capítulo 83 Condenado ao Desejo img
Capítulo 84 Tonny está ocupado img
Capítulo 85 Por qual motivo sorriu para ele img
Capítulo 86 Sombrio e intenso img
Capítulo 87 Você arrumou encrenca comigo, piccola img
Capítulo 88 Mais que uma esposa de enfeite img
Capítulo 89 Sua chance é agora img
Capítulo 90 Uma Rossi condenada img
Capítulo 91 Frágil img
Capítulo 92 Cumprirei a minha promessa, te farei minha. img
Capítulo 93 Cada instante de alegria tinha um preço img
Capítulo 94 Eu sinto! img
Capítulo 95 Dona de Mim, Prisioneira Dele img
Capítulo 96 Nada vem sem preço, piccola. img
Capítulo 97 Traumas do passado img
Capítulo 98 Até o último respiro img
Capítulo 99 Mantendo segredos img
Capítulo 100 Quem era aquela garota img
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Capítulo 2 Exatamente o que eu queria

Angelina Rossi

"Alguns chamam de desgraça. Eu chamo de oportunidade."

Levantei-me da minha cama com a consciência tranquila de que aquela era a penúltima noite da minha vida como mulher solteira. A última em que repousaria entre os meus próprios lençóis, no silêncio do meu quarto, antes de ser levada à mansão inimiga onde cada detalhe, até a cama em que eu dormiria, não passaria de uma lembrança de tudo que abandonaria.

Aquele era o quarto onde cresci. As paredes cobertas de retratos intocáveis. O criado-mudo onde minha mãe costumava deixar flores. A janela voltada para os jardins de inverno. Tudo exatamente igual. Exceto eu.

O silêncio da casa parecia mais pesado do que o habitual. Como se um funeral estivesse prestes a acontecer, em breve eu estaria nas mãos de um Romano, isto para os Rossi era a morte. Estaria nos braços do homem que impediu o meu casamento com um assassinato.

O noivo com quem meu pai havia me prometido jazia agora em um caixão fechado. Vítima de um tiro certeiro em uma execução pública. Uma resposta que a Cosa Nostra entenderia perfeitamente. Um ato que os Rossi deveriam respeitar e acatar, cessar a Faida, cessar a briga entre as famílias era mais importante para a máfia. Tudo aconteceria como deveria acontecer.

Fechei os olhos por um segundo. Respirei fundo e sorri, afinal estava viva, e solteira. E, pela primeira vez, livre daquele idiota arrogante que achava que me possuiria como um bibelô herdado.

Um sorriso quase imperceptível formou-se no canto da minha boca. Não de alívio ou de satisfação, mas por estar tudo acontecendo como deveria, eles achavam que haviam me punido. Mas haviam feito exatamente o que eu queria.

Tonny Romano, o homem que a minha família mais odiava. O nome que era sussurrado como ameaça por trás das paredes do escritório de meu pai, Mario Rossi. A presença que desestabilizava salas, alianças e corações, se tornaria o meu marido, mas a Faida estava longe de acabar.

Peguei o batom vermelho e delicadamente o passei em meus lábios contendo o sorriso. Romano pensava que havia me reivindicado. Mas, no fundo, ele não fazia ideia de que:

Eu o havia escolhido primeiro.

A porta do quarto se abriu com certa força, quebrando o fio do meu pensamento. Minha irmã entrou bufando, os cabelos loiros soltos, o rosto tenso, os olhos faiscando de fúria e confusão.

- Você está se maquiando?! - Ela parou, encarando minha imagem refletida no espelho. - Não acredito que depois do que aconteceu, depois daquele massacre, você está aqui se preparando como se fosse um dia qualquer!

- Não é um dia qualquer. - Respondi, enquanto delineava os olhos. - É o último.

- O último?

- O último dia em que sou uma Rossi com algum controle. - Virei para ela. - Amanhã, oficialmente, serei uma Romano.

Ela se aproximou devagar, como se me observar mais de perto fosse ajudá-la a entender. Mas não conseguiria. Ela não tinha ideia do que se passava na minha mente e eu não queria envolver Chiara no meu lado sombrio, ela era luz, sempre fora.

- Ainda não entendi por que você aceitou tão complacente. Você, logo você, ser entregue como um troféu para o clã que destruiu metade da nossa linhagem. Para o homem que matou o seu noivo, não que ele fosse grande coisa, mas...

- Ele era um idiota. - Cortei com um sorriso frio. - E você sabe disso.

- Ainda assim, Angelina... - ela se sentou na beira da cama, os ombros caídos, exausta. - Justamente um Romano? Por que tinha que ser assim?

Fechei o estojo da maquiagem e me levantei.

- Porque você não podia ser você, Chiara. - Respondi, firme, olhando direto em seus olhos. - As regras da máfia não são apenas tradições, são sentenças. Quando uma Faida é encerrada, o sangue da família que atacou por último precisa ser entregue. No nosso caso, o meu.

Ela empalideceu.

- Os Romano exigiram sangue puro e virgem. E você, você está apaixonada por Vincenzo. Eu sei o que vivem. E se eu recusasse, se fugisse, se hesitasse, você seria a próxima. O papai não teria escolha. O Romano iria reivindicar você.

Chiara começou a negar, mas levantei a mão.

- Não me interrompa. Você acha que eu aceitei isso por covardia? Eu aceitei porque não suportaria ver você nesse lugar. Porque, mesmo que eu odeie cada segundo ao lado daquele homem, nunca me perdoaria se fosse você no meu lugar.

Me aproximei dela e completei, mais baixa:

- Você tem uma chance de amar, Chiara. Não estrague isso, fique longe da malavita. Serei uma moeda de troca, mas faço questão de te manter longe deste jogo sujo.

Ela piscou, confusa por um segundo, até que a ficha caiu. A raiva deu lugar ao choque. Depois, ao medo.

- Aquele... filho da puta. - Sussurrou, baixando os olhos. - Ele pode te machucar, te matar...

- Ele poderia, mas os planos dele são outros tenho certeza. Tonny Romano não ameaça. Ele cumpre. - Toquei o ombro dela. - Fique tranquila. E entre mim e você, bem, eu sou mais preparada para suportar um monstro.

Ela levantou e me abraçou com força.

- Eu odeio isso. Odeio tudo isso...

- Eu sei. - Murmurei, apertando-a de volta. - Mas nem toda desgraça termina em ruína, Chiara. Pelo menos, não a minha.

Ela se afastou e me olhou com algo entre orgulho e desconcerto.

- Às vezes eu tenho medo da forma fria como você encara as coisas.

- E eu tenho medo da forma como você romantiza demais as suas. - Sorri. - Somos duas extremas tentando sobreviver no mesmo inferno.

- Você vai mesmo se casar amanhã?

- Sim. - Voltei ao espelho. - Mas não vou dormir virgem esta noite.

Ela arregalou os olhos.

- Como é?

- Exatamente o que ouviu. - Deslizei as mãos por minhas coxas aplicando o hidratante - Hoje é meu último dia de liberdade. E amanhã, quando ele me tiver, não vai ser o primeiro.

Chiara engoliu em seco, confusa entre gritar, bater ou simplesmente fugir dali.

- Isso é insano, Angelina. - Murmurou, a voz embargada. - Concordo que tudo isso é. arcaico, mesmo para os padrões da máfia.

Ela sabia. Sabia exatamente o que Tonny Romano queria: minha virgindade. Queria ser o primeiro. O único. Queria reivindicar posse sobre uma Rossi, marcando seu território não com alianças, mas com sangue.

- E é justamente por isso que eu não vou entregar o que ele quer. - Respondi, pegando o vestido e jogando-o sobre a cama sem delicadeza. - Porque para ele, o sangue é símbolo. É marca. É ritual de domínio. Mas ele não vai ter esse gosto. Pelo menos, não da forma que imagina.

Chiara me olhou com incredulidade.

- E você vai dar a quem, então?

- Ao primeiro que me excitar. Ao primeiro que me olhar como mulher, não como moeda de troca. - Respondi firme, sustentando seu olhar. - Hoje à noite, Chiara, eu escolho. Porque amanhã, terei que obedecer às regras, ou serei facilmente descartada com o aval da máfia.

Ela hesitou, com os olhos brilhando de preocupação.

- Espero que você saiba o que está fazendo, Angelina.

- Sei exatamente o que estou fazendo. - Disse com um sorriso calmo, entregando a ela o batom e ajeitando os ombros do vestido.

Era um risco, sim. Um daqueles que podiam custar caro, mas eu já havia pagado demais para viver com medo.

Naquela noite, pela primeira vez, o corpo era meu e a decisão também.

O controle estava nas minhas mãos, e eu não cederia nada. Nem o sangue. Nem o símbolo.

Naquela noite, eu tinha algo que ninguém podia me tirar: liberdade. E a escolha era só minha.

            
            

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