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POV Angelina
Revirei o armário do banheiro com urgência até encontrar um frasco de removedor de esmalte. Acetona pura. Sem pensar duas vezes, derramei o líquido sobre o vestido jogado no cesto. Revirei as gavetas até encontrar o que precisava: um isqueiro, e atirei fogo.
As chamas rapidamente se espalharam enquanto eu bebia outro gole de Dom Pérignon. Não fiquei na festa do meu casamento e fui levada para a mansão Romano por sua escolta. O meu então marido não fez questão de estar comigo, e eu não me lamentava, mas comemoraria do meu jeito aquele evento.
Olhei meu reflexo no espelho, maquiagem e cabelos perfeitos, a lingerie cara que usava deixava as minhas curvas à mostra, e as marcas do maldito ainda estavam no meu corpo, me lembrando que ele estava seguindo o jogo quando tirou a minha virgindade.
Me deliciando com o fato de que ele realmente pensava que eu era estúpida o bastante para me importar, encostei na pia e dei outro longo gole na bebida. Estavam me mantendo presa naquele maldito quarto, e eu não seria prisioneira. Se agora eu era uma Romano, queria ser livre para transitar por seu território. Este era o objetivo.
A música era alta o suficiente para incomodar, exatamente como eu queria. Sorri no refrão de You Don't Own Me (feat. G-Eazy). Não estava ali para ser uma esposa-troféu que ficaria calada aceitando as vontades do rei supremo daquela casa.
As batidas na porta foram ignoradas mais uma vez. Eu não queria saber o que os seus seguranças tinham a falar, afinal, eles disseram que eu deveria ficar presa ali e me negaram qualquer pedido que tenha feito.
Ao menos, o quarto onde eu estava, ironicamente, estava decorado para uma lua de mel que não aconteceria: pétalas de rosas vermelhas, champanhe no gelo e música ambiente. Estava comemorando e não queria ser incomodada. Eu agora dormiria com o inimigo, mas era ele quem deveria temer.
O estrondo que se seguiu revelou o meu marido. Seu terno impecável, seu rosto não escondia a raiva. Eu sorri perversamente enquanto os homens corriam para apagar o pequeno incêndio.
- Que porra, Angelina! Que merda você fez...?
- Apenas me divertindo. Esperavam uma noite de núpcias quente, isso é bem quente para mim...
A garrafa foi retirada da minha mão, e sua outra mão segurou o meu queixo, o erguendo para ele.
- Você está na minha casa e segue as minhas regras!
- Ou o quê? Vai me matar? Achei que casar comigo era selar a paz, mas pelo jeito talvez você deseje a guerra.
Ele não respondeu. Jogou a garrafa contra a parede e me ergueu em seus braços, me levando do caos de chamas e fumaça.
Tonny me levou para outro quarto, no fim do corredor, e somente quando meus pés tocaram o chão entendi que aquele, sim, era o seu quarto. Podia sentir sua presença em cada canto daquele espaço.
- Você me odeia, e isso é recíproco. Mas estamos casados, selando a paz entre as famílias.
Sim, eu o odiava. Mas odiava muito mais o seu pai, o patriarca da maldita família Romano, sobrenome que agora me pertencia.
- Se agora sou sua esposa, Romano, deveria ser respeitada como tal e não mantida em cárcere. Você não me deixou participar da festa, me trancou naquela porra de quarto e acha que eu não faria nada.
- Tive meus motivos para que não participássemos da festa. Além do mais, tive alguns contratempos. Não espere satisfações da minha parte. Você sabe o seu papel como esposa de um mafioso.
- Sim, sei exatamente o meu papel. Agora quero tomar banho e dormir, se você já terminou o seu sermão.
Sua reação foi tão rápida que não tive tempo de pensar em nada. Esperava uma agressão quando sua mão grande envolveu o meu pescoço, pressionando-o, mas seus lábios pressionaram os meus, e o meu corpo traidor reagiu. Minha língua dançou com a dele até um gemido escapar dos meus lábios ao sentir a ereção sob o tecido de sua calça.
Ele se afastou com um sorriso provocativo.
- Tome seu banho e durma, bambolina. Amanhã vamos falar sobre este casamento e sobre as regras em minha casa.
Ele se afastou, me deixando sozinha, tremendo e com a minha calcinha molhada.
Não. Ele não me seduziria. Este era o meu papel.
Não podia evitar o meu corpo de reagir, Tonny era perigosamente bonito, e era impossível não o desejar, mesmo o odiando. O importante era que tudo estava indo como eu esperava.
Verifiquei se a porta estava aberta e, ao ter a certeza, sorri. Ele não me trancou novamente, e isso era um ótimo sinal.
Entrei no banheiro e me lavei lentamente. Em minha mente, o caos se organizava no que eu realmente precisava alinhar: me vingar.
POV Tonny Romano
- Você está tenso, deveria relaxar. E posso te ajudar...
Kira estava de joelhos, a mão no zíper da minha calça.
Permiti que libertasse minha ereção e vi quando ela sorriu, tentando segurá-la com a mão e levá-la à boca.
Senti ela me envolvendo, quente, úmida e me levando até sua garganta. Engasgando. Segurei seus cabelos ruivos e pressionei um pouco mais.
Mas na minha mente, porra... eu via Angelina no lugar dela. Estava obcecado por aquela pequena diaba. Minha rainha do gelo.
Não fora suficiente o que tivera dela naquela boate. Desejava possuí-la. Fodê-la de todas as formas possíveis.
Mas a mulher era um perigo e eu não podia correr o risco de nutrir sentimentos por ela.
O ódio por mim brilhava em seu olhar, e o plano não era me entregar. Era vê-la de joelhos.
Aumentei o ritmo das estocadas, sem me importar por estar sufocando Kira, que me olhava com os olhos arregalados.
Eu sempre fora grande e grosso, mas incrivelmente minha ereção se tornava ainda maior, mais espessa, quando eu pensava na boceta apertada de Angelina.
Retirei meu pau de sua boca e a fiz ficar de quatro sobre o sofá. Me posicionei atrás dela, coloquei o preservativo, puxei o vestido para liberar seus seios volumosos e a cada estocada eu os estapeava, fazendo Kira gritar e rebolar ainda mais, me recebendo em sua boceta.
- Simmm... Tonny... sim...
Ela gemeu, gozando, mas eu não estava satisfeito.
A coloquei de joelhos novamente e, mais uma vez, afundei em sua boca carnuda, desta vez, sem preservativo.
Estoquei segurando os dois lados de seu rosto, mais fundo, mais rápido, com a necessidade de que fosse a boca de Angelina.
Queria sufocá-la. Calá-la. Marcá-la. Fazê-la se render a mim.
Retirei o meu pau da boca de Kira e, me masturbando, gozei sobre seus seios e rosto enquanto ela ofegava.
Como uma boa puta, minha amante lambeu a porra de seu rosto, se ajudando com os dedos, de maneira sensual.
Em outro momento, me daria por satisfeito. Mas porra, eu não estava. Queria a minha maldita esposa.
Mas sabia que ela era maluca o bastante para tentar me matar. As coisas entre nós teriam que acontecer de outra maneira. Em outro tempo.
Mas Angelina seria minha e agradeceria por isso.