O telefone tocou às dez da noite, anunciando a morte do meu marido, João, em um "heroico" acidente tentando salvar sua amante, Isabela.
Eu, Maria, a viúva "em luto", processei a informação não com tristeza, mas com uma frieza calculista, decidindo pela cremação imediata e sem cerimônias.
No dia seguinte, enquanto resolvia a papelada da herança, descobri que João planejava me deixar sem nada, com papéis de divórcio prontos e milhões transferidos para Isabela. Eles não sabiam que eu tinha o trunfo da lei.
A mídia o celebrava como herói, mas eu sabia a verdade: ele era um criminoso desprezível, e sua riqueza, agora, era minha. A indignação me consumia.
Ninguém parecia desconfiar que o casamento e a espera de uma década eram parte de um plano minucioso de vingança. A morte de João não era o fim, mas o acerto de contas que eu secretamente orquestrava.