Traída no Altar, Amada na Crise
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Capítulo 4

Não demorou nem meia hora. Eu estava na minha sala, tentando me concentrar em um relatório, quando as portas se abriram com um estrondo.

Sofia entrou como um furacão, o rosto vermelho de raiva. Gabriel a seguia, parecendo um cachorrinho que tinha sido chutado.

"Lucas Ribeiro! O que você pensa que fez?" ela gritou, marchando até minha mesa.

Eu levantei os olhos lentamente do meu tablet, mantendo minha expressão neutra.

"Estou trabalhando. É o que eu geralmente faço no meu escritório," respondi calmamente. "O que você está fazendo aqui, Sofia? E por que o seu... acompanhante está com você? Pedi para a segurança garantir que ele não entrasse mais neste prédio."

Gabriel imediatamente começou a choramingar.

"Ele me humilhou, Sofia! Na frente de todo mundo! Ele me demitiu sem motivo algum, só por vingança!" as lágrimas brotavam em seus olhos com uma facilidade impressionante.

Sofia colocou um braço protetor ao redor dos ombros de Gabriel.

"Você é um monstro, Lucas! Um homem pequeno e vingativo! Você não suporta ver que eu encontrei a felicidade, então você a ataca da maneira mais baixa possível!"

Ela se virou para Gabriel, a voz suavizando.

"Não se preocupe, meu amor. Eu não vou deixar ele tratar você assim. Eu vou cuidar de você. Eu vou garantir que você tenha tudo o que precisa."

A cena era tão absurda que era quase cômica.

Clara, que tinha entrado atrás deles, não conseguiu se conter. Ela cruzou os braços e disse, com a voz seca:

"Ele demitiu um funcionário. Ele é o dono da empresa. Ele pode fazer isso. E, francamente, trazer seu novo namorado para o local de trabalho do seu ex-noivo um dia depois de humilhá-lo publicamente é o que eu chamaria de 'baixo'."

Sofia fuzilou Clara com o olhar. "Fique fora disso, sua secretária intrometida!"

Eu me levantei. A calma que eu estava forçando finalmente se quebrou.

"Não fale com ela assim," eu disse, a voz cortante. "E quer saber? A Clara tem razão. Você vem até a minha empresa, com o homem com quem me traiu, e espera o quê? Que eu lhe ofereça um café e promova o seu amante a vice-presidente?"

Eu ri, um som duro.

"Você fala de 'amor verdadeiro' como se isso te desse um passe livre para ser uma pessoa horrível. Você não ama o Gabriel. Você ama a ideia de se rebelar, o drama. Você usou aquele pobre coitado ali como um acessório para a sua grande performance de 'menina rica que despreza a própria fortuna'."

O rosto de Sofia ficou pálido, depois vermelho de raiva.

"Como você ousa..."

"Eu ouso," eu a cortei. "Você queria atenção, Sofia. E você conseguiu. Agora lide com as consequências. Você acha que o seu avô vai gostar de saber que a neta dele trocou uma aliança bilionária com a Ribeiro Tech por um caso com o motorista? Acha que ele vai financiar o seu 'amor puro'?"

Ela tentou recuperar a compostura, assumindo um ar de superioridade.

"Meu avô entende de paixão. E eu não preciso do seu dinheiro, Lucas. Eu perdoo sua amargura. Deve ser difícil ser deixado para trás."

Aquilo foi a gota d'água.

"Saia da minha sala," eu disse, apontando para a porta. "Saia do meu prédio. E se eu vir você ou ele aqui de novo, não vou chamar a segurança. Vou chamar a polícia por invasão de propriedade."

Eu me virei e fui até a janela, dando-lhes as costas, um sinal claro de que a conversa havia terminado. Eu os ouvi hesitar por um momento, e então os passos furiosos de Sofia se afastando, arrastando Gabriel com ela.

Eu sabia que a guerra tinha sido declarada. E eu estava pronto para lutar.

                         

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