Capítulo 10 ATÉ QUANDO

ATÉ QUANDO?

Até quando eu me sentirei um filho prodígio da minha casa?

Até quando eu terei o lance de uma vida de não culpabilidade?

Até quando eu terei a esperança de os meus irmãos vindouras viverem felizes na minha casa?

ATÉ QUANDO?

Até quando as dores dos filhos dos lutadores de antigamente vai passar?

Até quando entrarei em paz num condomínio, onde comprarei tudo que eu poder pelo meu suor?

Até quando terei a liberdade de não chorar mais pelo sofrimento?

Até quando a minha casa será bem-vinda para todos os sobrinhos da viúva?

ATÉ QUANDO?

Até quando as cozinhas serão limpas?

E as varandas serão varridas?

Até quando o primo deixará namorar a sua própria prima?

Até quando teremos o amor de irmão um pelo outro?

ATÉ QUANDO?

Até quando um pai deixará de mentir o seu filho?

E esquecer que um filho não lhe prometem à toa?

Até quando um pai dará uma educação digna ao seu filho?

E quando o seu filho estiver com as vizinhas, é dado conta que foi bem educado pelo seu próprio pai?

ATÉ QUANDO?

Até quando um filho se sentirá dono da sua própria casa?

Até quando um filho deixará de procurar pão nas lixeiras?

Até quando um filho amará e confiará de tudo que o seu pai lhe disser?

Até quando?

            
            

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