Capítulo 4 Parece que não somos humanos

Não seria no caso se não queria.

Não perderia se não fosse o que faria.

Reservaria tudo que não entenderia.

Saberia se agisse na calmaria.

Evitaria tudo que eu escutaria.

Fingiria tudo que eu viria.

Deixaria o silêncio falar na temperaria.

Dava espaço e lugar a joalharia.

De ti tudo eu prepararia.

Parece que não somos humanos

Sim, parece que não somos humanos.

Vejo ele, ela, vejo mais velhos, irmãos e primos.

Mas, parece que não somos humanos.

Irmãos lutando, primos lutando, amigos lutando, netos lutando, vizinhos lutando até pai e filho lutando e, acabam de não mais se entenderem até à morte.

Parece não somos humanos.

Sim, parece não somos humanos.

A irmandade, a vizinhança, o amiguismo, a fraternidade e o amor ao próximo perde pelo um facto não visível.

Parece não somos humanos.

Sim, parece não somos humanos

O familiarismo desmorona, o amor interno dele se desune, a hereditariedade se ofusca pelo facto não visível.

Parece não somos humanos.

Sim, parece não somos humanos.

O laço familiar derruba, a intimidade amigável desaparece, o amor de irmão falencia pelo facto não visível.

Até quando saberá amar o próximo?..

Com ira, gula, ódio e sentimento de revalorização?

Parece não somos humanos.

Sim, parece não somos humanos...

            
            

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