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Terra de sofrimento, onde a beleza não se vê nos olhos nús.
Terra perdida desde a terra natal.
Terra de quem lá sabe, onde o nome não identifica a sua imagem.
Terra de vergonha do anfitrião.
Terra do futungo, da escuridão, da ausência de luz.
Terra dos tipos nada.
Terra dos poetas não publicados.
Terra de estar por a calhar.
Terra da água preciosa não visível.
Acho que não é minha Terra
Terra dos governantes dorminhocos, dos sonâmbulos.
Terra de C com erro.
Terra de N sofrimento, de T amiguismo, de N negligência, de S esquecido, de K no desuso.
Terra de lágrimas de quem sabe chorar.
Bomborico, Ele Era
Ele era o Bomborico.
Ele era o Bomborico da esquina da qual eu passava sem vergonha, sem medo nenhum.
Bomborico ele era.
Gostava sempre de o ver todos momentos em que eu quisesse passar naquela esquina.
Hai! Bomborico, hoje já não me cinto a mesma pessoa do pretérito.
Já não tenho começo de refazer a mesma trajectória.
Bomborico!
Perguntar-me-ia se o tempo me desse o tempo, onde que eu começaria?
E se o passado me desse a luz, onde que eu passaria?
Ó Bomborico, não me ouve?
E se me ouvisse, não me chamaria?
E se me chamasse...