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Enquanto isso, os alunos próximos ficaram atônitos com o caos.
"Tudo bem, já chega!", disse Elissa, sua voz com uma gentileza forçada. Ela permanecia confortavelmente sentada, sem se preocupar em intervir.
Já Arabella, calma e controlada, nem sequer recuou. Quando a bandeja voou em sua direção, ela a pegou num movimento suave e o impulso inverteu o percurso da bandeja, que atingiu o rosto de um dos dois rapazes.
A comida, misturada com estilhaços de vidro, cortou a pele dele, e o sangue começou a escorrer pelo rosto em linhas finas e assustadoras. "Merda! Está doendo!"
Bastou passar os dedos sobre a testa e ver o sangue para o rapaz entrar em pânico e desmaiar.
Sem titubear, o outro rapaz agarrou o cabelo de Arabella e o puxou com força. "Você se acha durona, é?!"
Seu punho voou em direção ao rosto de Arabella, mas ela o pegou no meio do movimento habilmente, o que fez sua expressão paralisar.
Então, ela torceu o braço do cara lentamente até que seus joelhos dobraram.
"Ahhh! Está doendo! Pare, por favor! Me desculpe!", ele gritou, seu rosto ficando pálido como papel.
Quando ela o soltou, ele caiu no chão e se encolheu, chorando de dor.
Uma das garotas pensou em ajudar, mas ao ver Arabella em ação, desistiu.
Arabella encarou o bando de idiotas, seu olhar afiado e frio, como se olhasse para lixo.
"Por acaso você perdeu o juízo?!", Joyce gritou, ainda se negando a acreditar na cena diante de si. Com as mãos trêmulas, ela pegou uma cadeira e a arremessou com toda a sua força.
Arabella se deslocou, dando um giro antes de chutar a cadeira de volta, acertando-a na cabeça de Joyce.
O sangue começou a escorrer instantaneamente, o ambiente se tornando um cenário alarmante.
Se levantando assustada, Elissa gritou: "Meu Deus!"
No instante seguinte, o refeitório explodiu em gritos. "Ela vai matar alguém! Vão chamar um professor!"
"Qual é o problema dela? Ela está bêbada ou o quê?"
"Honestamente, essa garota é bem casca-grossa..."
"Shh! Não deixe ninguém ouvir você dizer isso!"
Trinta minutos depois, o escritório do reitor da universidade estava como um campo de batalha naval.
A briga fora intensa demais para passar despercebida. Arabella, Elissa e o restante do grupo foram chamados para interrogatório.
Joyce e os outros estavam com curativos, seus egos igualmente machucados.
Elissa parecia prestes a chorar, ainda esfregando a garganta dolorida como se tivesse engolido fogo. A fúria a consumia, com medo de que a lesão fosse permanente.
"Ligue para seus pais agora!", o reitor disse a Arabella, tentando entender como a confusão chegara a esse ponto.
Antes que Arabella pudesse falar, Joyce se antecipou: "Não tem como. Os pais dela estão mortos e ela vive às custas da família de Elissa há anos, sem qualquer princípio ou educação. Expulse-a agora mesmo!"
Pego de surpresa pelas palavras, o reitor olhou para Arabella de cima a baixo. "Então, o que aconteceu?"
Joyce não perdeu tempo em responder: "Ela colocou vidro na nossa comida, tentou nos machucar e depois simplesmente enlouqueceu! Ela precisa enfrentar as consequências!"
Não se sentindo nem um pouco intimidada, Arabella assumiu uma voz serena e fria: "Vocês têm alguma prova? Aliás, eu sequer encostei um dedo em vocês primeiro? Tenho certeza de que foi seu grupinho que começou a atacar."
"Mentira!", Joyce retrucou, tentando disfarçar o pânico em sua voz.
Mantendo seu semblante composto e frígido, Arabella desviou o olhar para o reitor. "Por que não verificamos as imagens de segurança do refeitório?"
Diante da pergunta, o silêncio caiu como uma pedra, e o rosto de Joyce se enrijeceu de nervosismo. "Nós só a atacamos porque ela nos deu comida cheia de vidro! Ela mereceu!"
Com um leve inclinar de cabeça, Arabella perguntou suavemente: "Onde está a prova de que coloquei vidro na comida de vocês? Mas eu tenho prova de outra coisa."
Após dizer isso, ela pegou seu celular, deu alguns cliques e um vídeo foi reproduzido.
A filmagem era incriminadora - mostrava Joyce e seu grupo enfiando um sanduíche cheio de vidro na boca de Daisy. Enquanto os lábios dela sangravam, eles riam como se fosse uma piada doentia.
Era um ato cruel e imperdoável!
Arabella sentiu seu peito se apertar enquanto assistia, a dor tão intensa quanto no dia em que encontrou a filmagem no celular de Daisy.
O semblante do reitor se alterou, assumindo um olhar incisivo ao olhar para Joyce e seus amigos.
Por um instante, o pânico transpareceu nos rostos deles.
Numa tentativa de apaziguar a situação, Elissa rapidamente disse: "Senhor, Joyce realmente foi longe demais, e estamos arrependidos de nossas ações. Mas Daisy foi a primeira a falar mal, e Joyce só acabou perdendo a cabeça."
Arabella arqueou uma sobrancelha, nada impressionada com esse argumento. "Ah, é? Então simplesmente irei publicar esse vídeo nas redes sociais e deixar que o público decida quem é a verdadeira vítima."
Quando ouviu isso, o reitor logo exclamou: "De jeito nenhum! Senhorita Stanley, se esse vídeo se espalhar, manchará a reputação da universidade! Não vamos exagerar! Peçam desculpas uns aos outros e vamos considerar esse caso encerrado!"
Joyce ficou indignada. "O quê? Ela nos espancou! Por que deveríamos simplesmente deixar para lá?"
Seus amigos se manifestaram, igualmente revoltados.
Enquanto o bafafá continuava, Elissa se inclinou para o reitor e sussurrou com um sorriso doce: "Meu pai está pensando em doar um milhão de reais para a universidade. Só achei que você deveria saber."
A expressão do reitor se transformou, assim como seu tom: "Daisy, o que eles fizeram foi errado, mas você também passou dos limites. Você deveria ter lidado com isso de outra forma. É melhor pedir desculpas agora e esquecer isso, ou terá que ser expulsa! Se você decidir publicar esse vídeo, acredite em mim - o público não ficará do seu lado! Isso seria uma irresponsabilidade de sua parte!"
Arabella o encarou em silêncio. Então era isso...
Agora ela entendeu por que Daisy havia sido pisoteada por tanto tempo.
Esses profissionais não estavam protegendo seus alunos, mas os próprios bolsos.
Já sentindo o "gostinho" da vitória, Joyce se recostou na cadeira com um sorriso presunçoso. "Daisy, você realmente pensou que sairia em vantagem? Você não passa de uma parasita grudada na família de Elissa como uma sanguessuga. Não aja como se importasse. Você quer ficar na universidade? Então se ajoelhe e me implore por perdão, e talvez eu te deixe escapar desta vez."