Deixe Queimar
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Capítulo 2 1

Passos apressados são ouvidos por todo o corredor; o eco dos passos foi diminuindo quando Apollo parou em frente à porta do quarto do irmão.

- Luk?

- Pode entrar - diz Luk, olhando o irmão passar apressado pela porta.

- Acabou de chegar uma carta do norte para você.

- O que ela diz?

- Não abri. Você sempre briga comigo quando abro as cartas - diz Apollo, pegando uma garrafa de bebida em cima da mesa e colocando em um copo. - Abre logo!

Luk abre rapidamente a carta, pega-a e começa a lê-la.

- Então, o que diz? - perguntou Apollo, curioso.

- Moradores do lado norte estão sendo atacados. Suas casas estão sendo invadidas e suas plantações, destruídas. Estão pedindo ajuda.

- Será que são os Selkies? - perguntou Apollo.

- Não tenho dúvidas de que sejam eles. Sempre estão atrás de confusão e fazem de tudo para tentar chegar até o reino - diz Luk. - Amanhã, bem cedo, irei até a área atacada para fazer uma vistoria. Você ficará no comando enquanto eu estiver fora. Ah! Cuida da Luci.

- Aquela pequena lobinha vai estar em boas mãos - diz Apollo.

- Isso é o que me preocupa. Não quero que minha filha tenha nem um mínimo arranhão - diz Luk, olhando ameaçadoramente para o irmão.

- Não se preocupe - diz Apollo. - Agora preciso ir, vou tomar um banho para tirar todo o suor do treino.

- Vou ver se Luci comeu; ela tem a mania de ficar olhando o exército lutar na ala de treino. Eu já a proibi de ir até lá, porém aquela filhote me desobedece.

- Luci é das minhas - diz Apollo sorrindo, porém logo fica sério quando Luk o olha com cara feia. - Melhor eu ir tomar banho.

- Eu também acho melhor você ir, antes que eu enfie essa adaga em você - diz Luk, fazendo Apollo sair rapidamente de sua sala em alguns segundos.

[...]

No dia seguinte...

- Luci! - Luk grita e, em seguida, passos rápidos na escada e risos infantis tomavam conta do ambiente.

- Tio! - grita Luci, correndo em direção a Apollo.

- O que a minha lobinha aprontou desta vez? - pergunta ele, pegando a sobrinha no colo.

- Papai ficou bravo porque pulei na cama dele - diz Luci. - Só que meus pés estavam sujos.

Apollo soltou uma gargalhada.

- Achei você! - diz Luk. - Seu tio não vai te proteger.

- Deixa ela, Luk - diz Apollo. - Ela é apenas uma criança.

- Mas precisa de limites - diz Luk. - Essa é a última vez; se voltar a acontecer, você estará proibida de ter aula de luta.

- Não, papai - diz Luci, com seus olhinhos se enchendo de lágrimas. - Por favor. Me desculpa.

- Será a última vez, não se esqueça disso - Luk se senta e começa a tomar seu desjejum. - Vou partir em alguns minutos, tentarei voltar ainda hoje. Luci, se comporte.

- Sou um anjo - diz Luci, sorrindo sapeca.

- Você é uma loba - diz Apollo.

- Vou te arranhar com minhas garras - diz Luci, mostrando suas pequenas garras para o tio.

- Nossa, que lobinha mais feroz - diz Apollo. - Solta um rugido para o tio.

Assim, Luci solta um pequeno rugido que parecia mais com um miado. Apollo não aguenta e acaba soltando uma gargalhada.

- Você parece uma gata, não uma loba - diz Luk.

- Parem vocês dois! - diz Luci, brava, enquanto cruza os braços.

- Vocês se entendam, eu estou de saída - diz Luk, se levantando. - Apollo, tenha cuidado com Luci. Filha, toma conta do seu tio.

- Vou me comportar, papai - diz Luci, saindo do colo do tio e indo até seu pai, que a pegou no braço e a abraçou fortemente.

- Eu te amo - diz Luk, beijando os cabelos da filha.

- Te amo, papai - diz ela, agora sendo colocada no chão.

- Se cuidem, eu volto o mais rápido possível.

Assim, Luk vai embora, deixando Luci sob os cuidados do tio, ou vice-versa.

[...]

- Tio, me ensina alguns truques de luta?

- Claro, lobinha. Vamos aprender algo muito importante: como se proteger - anunciou Apollo, segurando um bastão de treino.

Luci olhou para o tio com interesse, pronta para absorver cada palavra e movimento.

- Como? - ela perguntou, sua voz cheia de curiosidade.

Apollo se ajoelhou diante dela e começou a explicar os princípios básicos da autodefesa.

- Primeiro, precisamos estar cientes do nosso espaço e manter uma postura firme - instruiu Apollo, demonstrando uma posição defensiva.

Luci imitou seu tio, concentrando-se em manter-se firme e atenta.

- Isso mesmo, Luci. Agora, se alguém tentar te agarrar, você precisa saber como se libertar - explicou Apollo, guiando-a através de um movimento de escape.

Eles passaram horas praticando diferentes técnicas de autodefesa, desde bloqueios simples até manobras mais avançadas. Apollo incentivou Luci a se esforçar, elogiando seu progresso a cada novo movimento aprendido.

À medida que o treinamento avançava, Luci começou a ganhar confiança em suas habilidades. Seus movimentos se tornaram mais fluidos e precisos, refletindo a dedicação e o empenho que ela colocava em cada exercício.

Ao final da lição, Apollo olhou para Luci com orgulho brilhando em seus olhos.

- Você se saiu incrivelmente bem, Luci. Estou muito orgulhoso de você - disse ele, abraçando-a com ternura.

Luci sorriu amplamente, radiante com a sensação de realização.

- Obrigada, tio Apollo. Eu me sinto mais forte agora - respondeu ela, sua voz transbordando de determinação.

- Que bom, mas não se esqueça de que ainda terá muito a aprender. Afinal, daqui a alguns anos você se transformará. Será uma grande loba.

- Irá doer, tio? - pergunta ela, com um pouco de medo na voz.

- Você vai conseguir, meu amor; pode até doer um pouco no começo, mas logo você estará correndo na sua forma animal por toda essa imensa floresta. E esquecerá toda a dor que passou. Você vai conseguir.

- Obrigada, tio. Se alguém mexer com o senhor, eu irei mordê-lo - diz Luci.

- É assim que se faz - diz ele, fazendo um "toca aqui" com Luci; ela sorria animadamente.

- Tio, posso ir até a cozinha comer um biscoito? Estou com fome - diz ela, tocando a barriga e fazendo careta.

- Pode ir, traz alguns para mim? - pede ele.

- Claro, volto em alguns minutos.

Assim, Apollo observa Luci correr em direção ao castelo. Andrea, mãe de Luci, morreu durante o parto. Foi muito difícil para Luk; ele sofreu muito e ainda sofre com isso. Mas, gradualmente, o tempo vai curando todas as feridas.

            
            

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