Ao entrar no salão, Apollo foi recebido por cortesãos e servos que olhavam com interesse para o recém-chegado. Ele pediu audiência com o rei, explicando brevemente sua missão e a urgência de sua visita.
O rei, um homem de postura imponente e olhar perspicaz, recebeu Apollo em seu trono. Sua expressão era séria, indicando a gravidade da situação.
Apollo expôs sua proposta com eloquência, explicando a necessidade de união contra a ameaça iminente da guerra. Ele destacou os benefícios mútuos de uma aliança e o papel crucial que o reino poderia desempenhar na luta contra o inimigo comum.
No entanto, o rei pareceu relutante. Ele ponderou sobre as ramificações políticas e os riscos envolvidos em se envolver em um conflito tão vasto.
Apollo manteve-se firme, argumentando com convicção e apresentando garantias de apoio em troca da aliança. Ele ressaltou a importância de honrar os laços entre os reinos e o dever de proteger seus súditos.
Após longas deliberações, o rei finalmente assentiu. Não sem alguma hesitação, ele concordou em oferecer seu apoio, reconhecendo a importância da causa e a necessidade de cumprir uma dívida de honra.
Apollo sentiu um peso sendo levantado de seus ombros quando o acordo foi selado. Ele expressou sua gratidão ao rei, prometendo que a aliança traria benefícios mútuos para ambos os reinos.
Com o pacto estabelecido, Apollo deixou o castelo com um senso renovado de determinação. A jornada ainda seria longa e cheia de desafios, mas ele sabia que, com aliados ao seu lado, eles enfrentariam o futuro com coragem e esperança.
[...]
Após uma semana de jornada árdua, Apollo viajou de reino em reino, enfrentando recusas e desconfianças. Apesar de seus esforços incansáveis, ele tinha poucos aliados para mostrar em sua busca pela união contra a iminente guerra.
Exausto e desanimado, Apollo decidiu fazer uma pausa em um pequeno vilarejo no caminho. Ele entrou em um modesto bar, buscando um breve alívio para suas preocupações.
Sentando-se no balcão, Apollo pediu uma bebida ao homem por trás dele. Enquanto bebia, tocou no assunto da busca por aliados, compartilhando suas frustrações com o homem.
O homem, um morador local de semblante sábio, ouviu atentamente as palavras de Apollo. Ele ponderou por um momento antes de falar, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
- Você sabia que há rumores sobre o reino dos Dragons ainda existir? - disse o homem, sua voz baixa e carregada de mistério.
Apollo ergueu as sobrancelhas, intrigado.
- Os Dragons? Eles foram destruídos há muitas décadas atrás. Como é possível que ainda existam?
O homem assentiu com um olhar sério.
- Sim, é o que se fala por aqui. Boatos circulam há anos sobre o reino dos Dragons, mas nunca houve confirmação. Parece que agora, mais do que nunca, esses rumores estão ganhando força.
Apollo absorveu as palavras do homem, uma faísca de esperança acendendo dentro dele. Se o reino dos Dragons realmente existisse, poderia ser a chave para fortalecer sua causa na guerra iminente. Ou até mesmo vencer, já que o reino de Dragons, antes de ser destruído, era conhecido por seu grande exército. O reino ficou mais fraco após a descoberta da doença do rei Damon. Essa foi uma das causas de sua derrota, ou quase, já que agora ele tem um fio de esperança de que o reino mais poderoso ainda existia, mesmo depois de tantas décadas dado como destruído e sem nenhuma esperança de se reerguer.
- Aonde esses boatos costumam levar? - perguntou Apollo, sua mente já traçando planos para seguir essa pista.
O homem deu de ombros.
- É difícil dizer. Alguns dizem que os Dragons vivem nas profundezas das montanhas, enquanto outros afirmam que eles habitam uma ilha remota no mar. Mas uma coisa é certa: se os Dragons realmente existem, encontrar seu reino não será uma tarefa fácil - diz o homem. - Os Dragons podem ter se mudado após tudo ser destruído.
Apollo assentiu, agradecendo ao homem por suas palavras. Ele sabia que a jornada estava longe de terminar, mas agora, com um novo rumor para seguir, sentia um renovado senso de propósito. Com determinação renovada, Apollo deixou o bar e partiu, pronto para compartilhar a notícia com o irmão. Ele estava disposto a descobrir a verdade por trás dos boatos.
[...]
Apollo finalmente chegou ao castelo após dias exaustivos, viajando de reino em reino, em busca de alianças para fortalecer o seu reino. Apesar das tentativas frustradas e das longas horas na estrada, um sorriso cansado ainda encontrava espaço em seu rosto ao adentrar o jardim do castelo.
O sol poente tingia o céu de tons de laranja e rosa, lançando uma luz suave sobre o cenário tranquilo do jardim. Entre as fileiras de flores perfumadas, Apollo avistou sua sobrinha Luci praticando movimentos de luta. Seus cabelos negros estavam amarrados em um rabo de cavalo, e seu rosto concentrado irradiava determinação.
Ao ver o tio, Luci interrompeu seus movimentos e correu na direção dele, os olhos brilhando de alegria.
- Tio Apollo! Você voltou! - exclamou ela, envolvendo-o em um abraço caloroso.
Apollo retribuiu o abraço com carinho, sentindo-se renovado pelo calor do afeto familiar.
- Sim, lobinha, voltei - disse ele com um sorriso cansado, mas sincero.
Enquanto caminhavam juntos pelo jardim, Apollo contou a Luci sobre suas viagens e aventuras, além dos monstros que ele enfrentou. Luci ouvia atentamente, absorvendo cada palavra com admiração pelo tio.
- Você é incrível, tio Apollo - disse Luci, admirando a determinação e coragem do tio.
Apollo sorriu. Mesmo nos momentos mais difíceis, o amor e o apoio de sua família eram um farol de esperança que o guiava adiante.
Enquanto o sol mergulhava lentamente no horizonte, Apollo e Luci permaneceram juntos no jardim, compartilhando histórias e fortalecendo os laços que os uniam. No silêncio sereno da noite, eles voltaram para o castelo, e Apollo suspirou cansado enquanto seguia até seu irmão para contar sobre os acontecimentos e descobertas.