A Assistente Quente do Professor
img img A Assistente Quente do Professor img Capítulo 2 * Uma Ideia *
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Capítulo 6 * Fotos * img
Capítulo 7 * Como Homem * img
Capítulo 8 * Ter o que Deseja * img
Capítulo 9 * Gostosa * img
Capítulo 10 * Não Me Deixe Sozinha * img
Capítulo 11 * Melhor Amigo * img
Capítulo 12 * Outros Garotos * img
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Capítulo 2 * Uma Ideia *

- Não toque em mim. - Ordenou com ódio, até ver que a pessoa que empurrou sequer saiu do lugar, seja pela altura, ou o peitoral largo que tocou.

Ela deu alguns passos para trás erguendo o olhar para chegar ao homem ao seu lado, e estava claro que a sombra dele lhe cobriu por inteira. Seus lábios abriram para soltar um intenso palavrão, mas se fecharam quando conseguiu chegar aos olhos verdes do homem, olhos brilhosos e verdes atrás de óculos transparentes, combinado a sobrancelhas grossas e o cabelo negro penteado para o lado.

Lumiar suspirou alto descendo o olhar para os lábios, o peitoral, e voltou a diretora que reclamava da sua saia curta, das botas de salto que não era permitido, do cabelo solto, da sua camisa aberta como se estivesse indo para uma festa e não para a escola... Quem aquela mulher estava querendo difamar.

- Eu me visto como bem entender - Devolveu após acordar do seu transe, olhou para o homem que dobrou o pescoço erguendo uma mão para colocar no bolso esquerdo da calça... Quem era aquele homem? - Você não tem que ditar o que tenho que usar aqui dentro.

- Mas é claro que eu tenho, sou a diretora e temos uniformes. Mandarei entregar um na sua casa, por conta da escola, apenas para você ter o prazer de usar. - Declarou a mais velha outra vez, cruzou os braços. - Me desculpe professor Michel, não se preocupe com essas declarações, ah algumas alunas que não dão valor a nossa escola.

- Você é professor? - Isa riu passando para frente do homem - E é professor de que? Luta? Você está querendo bater na gente nas aulas agora? Aí diretora, não precisa ser violenta.

- Eu não sou professor de luta - Sua voz era grossa, fez com que Isa recuasse na mesma hora para de trás de Lumiar que mantinha o olhar concentrado naquele homem, desde os lábios grossos e a altura que chamava atenção, sem contar com os braços largos que se mostraram rebeldes na camisa.

No fim, chegou aos olhos e se assustou quando notou estarem simplesmente voltados a si como se ela fosse o que exatamente? Desviou para a diretora que terminava de dar seu sermão:

- E se mesmo assim não resolver, colocaremos um fim na sua vida acadêmica nessa escola porque não vamos aceitar desrespeito com diretos e professores, senhorita Sindel. Passar bem... Vamos professor.

A garota calada assistiu quando o homem passou por si, ainda a encarando friamente, será que ele queria lhe dizer algo? Iria reclamar só porque foi empurrado? Mas ele nem saiu do lugar?

- Que cara idiota. - Isa murmurou - Viu como ela para a gente? Ele vai nos bater isso sim. Preciso contar isso ao meu namorado; ele jamais vai permitir que outro homem fique me olhando como se eu fosse um alvo a ser abatido e humilhado. Professorzinho de merda! - Deu as costas voltando pelo mesmo corredor.

Entretanto, Lumiar permaneceu ali e avistou ao longe quando eles pararam para falar sobre o quadro diante deles, porém, o professor ainda olhou para trás... O que ele estava olhando? Era um desafio? Encarou de volta, ela não era uma garota que se intimidaria fácil.

- Nessa escola há muitos alunos importantes, eles acham que são a realeza, mas sempre deixamos claro que essa escola tem regras a seguir - Contou trazendo a atenção outra vez do professor - Então fique tranquilo e seja bem vindo outra vez. Ter outro Michel dando aula nessa instituição é grande importância.

- Acredito que sim. Você esteve na época do meu pai, Daniel, não é? - A mulher assentiu. - Eu dei aulas em muitos lugares, e conheci muito bem essa minoria de adolescentes ricos que acham que podem crescer em cima dos professores apenas porque seus pais são importantes.

- Temos uma aqui também, Lumiar Sindel, filha da prefeita da cidade - O homem cruzou os braços, interessado - Briga com todos os professores e alunos bolsistas, responde, grita e se veste como bem entende, conseguimos a mandar para a detenção, mas nenhum professor aguenta sua zombaria. Sem contar que as notas caem cada vez mais e sua mãe acha que a culpa é nossa.

- Hm... E ela dar assistência a algum professor? - A mulher quis rir. Entraram outra vez na sala da diretora que trilhou seu caminho até a mesa principal.

- Nem as aulas ela assiste, acha que viraria assistente de algum professor? Lumiar ainda está aqui por causa do dinheiro de sua mãe, caso contrario, não precisaríamos de uma aluna péssima manchando nossa reputação.

- Entendi.

- Aqui está sua grade de horário, espero que goste de dar aulas e fique por mais tempo - O homem pegou e assentiu rapidamente.

- E sobre o laboratório - A mulher estreitou o olhar - Sou professor de biologia e química - Contou como se fosse obvio.

- Infelizmente houveram muitos acidentes no laboratório e depois de algumas discussões, ele foi fechado para reforma, mas não temos verba para isso.

- Acabaram de reformar o campo de futebol, pelas terceira vez em dois anos - A diretora levantou. - Tanto o campo de futebol como o laboratório é uma sala de aula, precisam ter o mesmo valor.

- Mas os doadores não querem ver tubos e explosões em uma sala no último andar do prédio - David cruzou os braços - querem ver adolescentes se formando em atletismo... O campo é um investimento tanto para os adolescentes quanto para a cidade.

- Ah, eu entendi. Obrigado, mesmo assim vou dar uma olhada no laboratório e irei dar a minha primeira aula.

- Fique a vontade, a escola é sua como já disse. E qualquer coisa pode me avisar, às vezes os alunos pegam pesados demais com os professores e dar advertências agora não resolve nada.

David assentiu e saiu sem dizer mais nada. Seguiu pelos corredores e escadas até chegar a seu cantinho de amor mais profundo, que no momento estava empoeirado, escuro e totalmente inabitável. Era incrível como as pessoas deixavam a ciência de lado para correrem atrás de uma bola em busca de fama e dinheiro.

Conhecimento?

Educação?

Onde ficava?

Sorriu de canto ao parar diante de uma das janelas e abrir uma fresta na cortina para que tivesse luz.

- Se eu conseguir um bom investidor eu posso reabrir essa droga... - Sorriu malicioso. - E sei bem o que fazer.

            
            

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