A Assistente Quente do Professor
img img A Assistente Quente do Professor img Capítulo 3 * Sala de Aula *
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Capítulo 6 * Fotos * img
Capítulo 7 * Como Homem * img
Capítulo 8 * Ter o que Deseja * img
Capítulo 9 * Gostosa * img
Capítulo 10 * Não Me Deixe Sozinha * img
Capítulo 11 * Melhor Amigo * img
Capítulo 12 * Outros Garotos * img
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Capítulo 3 * Sala de Aula *

- Sim, e ele é enorme - Isa continuava com seu relato para o namorando quando Lumiar passou por ela se sentando ao lado.

Endireitou-se sobre a cadeira olhando para o celular, o tanto de mensagens que sua mãe passou a mandar desde aquele dia estava começando a lhe deixar ainda mais transtornada. Não podia falar alto, reclamar da comida, intimidar ou responder professores... Porque tinha que ir para a aula então, e fingir que era uma boa moça.

Ela não era uma boa moça

Olhou ao redor onde todos os seus colegas brigavam, sorriam, gritavam, namoravam... Engoliu outro xingamento com a nova mensagem "Não me traga problemas para o trabalho".

Subiu o olhar outra vez a tempo de ver a porta da sala, abrir e por ela passar aquele homem novamente. Agora trazia uma bolsa de couro que atravessava suas roupas simples, com um olhar avaliador ele estudou toda a sala e parou de andar quando lhe avistou.

Lumiar se arrepiou inteira deixando o celular de lado, sustentar aquele olhar era de esquentar seu corpo, mas esquentar por quê? Porque tinha ódio de homens grandes e fortes com um olhar brilhoso e lábios grossos?

- Bom dia - Até a voz dele soou baixa enquanto se encaminhava para a mesa. Colocou as mãos na cintura olhando par a turma que não lhe deu atenção. Suspirou.

Já havia trabalhado em escolas de ricos, escolas de pobres, particulares, públicas, internatos, só para meninas, meninos, mas nenhuma se comparava com a de Seant. O fato das classes se misturarem não deveria ser preocupante, mas os jovens com mais dinheiro acham que vão mandar herdar o mundo fazendo dos outros seus escravos desde novos.

- Eu sou David Michel - Murmurou, e novamente, foi ignorado por todos... Tornou a olhar para cada um e parou em Lumiar, a filha da prefeita. Não havia sorriso em seu rosto, mas tinha um olhar, um olhar desafiador.

Será que ele deveria rir? A menina era bonita, os cabelos loiros e curtos, os olhos castanhos e sua pele bronzeada, tinha a cara de ser aquela que chegava primeiro e era a ultima sair... Mas só a cara mesmo.

Aproximou-se dela a fim de lhe intimidar com o olhar, mas o que conseguiu foi apenas um brilho diferente e fazer com que os lábios dela se abrirem ao parar ao seu lado. Se de pé ela já ficava mais baixa, imagine sentada. Olhou dela para o celular com uma simplesmente mensagem com o contato intitulado mãe "tem um professor novo idiota, eu não vou fazer o que a senhora quer".

Ele riu. Então ele era o professor novo e idiota? Abaixou-se aos poucos ficando da altura de seus olhos, e lentamente, tomou o celular de suas mãos o desligando no movimento - Escolha interessante de palavras, mas eu não sou um professor idiota - apenas sussurrou para ela abrindo um sorriso. - Você parece ter mais autoridade aqui.

Lumiar apenas piscou... Porque seu corpo estava arrepiado com a presença dele ao seu lado? Não tinha mais voz? Era só gritar para que não fosse tocada. Logo todos viriam a para sua defesa, mas porque não saia nada?

Ele não conseguiu uma resposta dele, mas tinha seu olhar, sua atenção. Endireitou seu corpo e com um longo suspiro, David socou a mesa fazendo Lumiar se assustar com um grito agudo e todos lhe encararem em silêncio.

- Bom dia. Eu sou David Michel o seu novo professor de Química, ciências e biologia. - Escutou a correria para cada um se sentar em seu lugar e tornou a olhar pra baixo, onde os olhos bonitos da sua aluna principal estavam em sua mãe fechada sobre a bolsa nova.

Será que tinha quebrado algo? Ergueu-a devagar e ela se espantou... Os olhos voltaram a se encontrar de novo.

- Você disse que não era professor de luta - Isa murmurou ganhando atenção - Vai bater na gente agora?

- SILÊNCIO - A menina se assustou escondendo o celular. - Não sou professor de luta e não vou bater em vocês, mas nas minhas aulas eu gostaria de ter respeito. Prestem atenção se quiserem, estudem se desejarem, mas se não quiser nada disso, apenas faça silêncio.

Sua voz era grossa, rouca, como se um trovão cortasse a sala inteira deixando todos arrepiados, além da confiança e autoridade exalarem do homem. Deu as costas voltando a sua mesa onde largou o celular de ultima geração e apenas pequeno movimento fez os outros se endireitarem, conheciam bem aquele celular.

Durante os poucos minutos que se restaram ali, David explicou seus princípios antes da matéria, fez perguntas, respondeu perguntas e contou a parte fundamental de sua matéria fazendo com quem quisesse continuar na sua aula e ter uma boa nota, apenas prestasse atenção e se precisasse de aulas extras, ele estaria disponível.

Quando o sinal tocou, muitos alunos correram para fora querendo almoçar, outros porque o medo do professor era maior que ele... Entretanto, houve aqueles que permaneceram para fazer perguntas e escutaram que logo mais o laboratório seria a sala de aula, agradando os nerds e loucos pelo conhecimento da ciência.

No fim, quando respondeu as últimas perguntas, ele avistou Lumiar levantar ajeitando sua bolsa ao lado da amiga que lhe contava, provavelmente um segredo de estado.

- Senhorita Sindel - As duas lhe encararam - Podemos conversar?

- Sim. Ela quer o celular dela de volta, nenhum professor pode fazer isso, sabia? - Isa falou pela amiga e David sorriu. Aproximou-se das duas entregando a Isa m pequena folha. - Advertência? Mas o que foi que eu fiz?

- Passou a aula toda no celular. Eu disse para fazer silêncio e a sua risadinha atrapalhou. - Ela olhou do papel para o professor. - Você pode encher vários desses papéis, nenhum terá minha assinatura, ou da minha mãe, quem você acha que é?

- Eu cancelo a advertência se você sair daqui agora, eu gostaria de falar com a senhora Sindel e lhe devolver o celular, como você mesma pediu. - Isa sorriu cheia de si e saiu da sala batendo a porta.

David encarou a única garota que restou e deu as costas voltando a mesa e se sentou.

Aos poucos, viu a garota se aproximar com os olhos grandes em cima de si. Ela tinha um olhar felino, medroso e ódio... cheio de ódio com toda certeza.

- O que você quer? - Perguntou logo.

Era a segunda frase dela direcionada a si, e ambas com total falta de respeito.

- Eu quero que você seja minha assistente. - Foi direto.

            
            

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