- Eu não estou pedindo para você ser minha escrava, estou pedindo para ser minha assistente pessoal aqui na escola - Ela abriu outro sorriso cruzando os braços - O que você está achando engraçado?
- Eu sei que sou muito bonita e minha mãe muito rica, - Jogou o cabelo para trás - e você também é muito bonito, alto e deve achar que pode seduzir todas as garotinhas desse lugar com esse seu corpo grande, mas isso não funciona comigo. - David a olhou dos pés a cabeça e desviou o olhar, rindo. - Agora eu que sou uma piada para você?
- Sim. Você é uma piada para mim - Lumiar perdeu o sorriso - Por acaso você acha que estou aqui para seduzir garotas mimadas e idiotas como você? Claro que não. Estou aqui para dar aulas e conhecimento a adolescentes ridículos que acham que podem ser mais espertos. E ainda que fosse o caso, você não faz o meu tipo - riu mais e Lumiar bateu as duas mãos na mesa, brava.
- Escuta aqui seu professor medíocre de merda, eu sou a filha da prefeita dessa cidade e posso fazer com que nunca mais você arrume um trabalho, porque vocês professores ridículos fazem tudo que ela manda porque depende do dinheiro dessa cidade.
- Escuta aqui você, Lumiar Sindel... - Ele levantou também se apoiando na mesa, a garota não se assustou quando o rosto dele veio de encontro ao seu, olhou para cima mantendo o contato visual perto... Perto o suficiente para sentir seu cheiro. E que cheiro era aquele? - Eu que posso fazer com que sua mãe nunca mais consiga se reeleger nessa cidade depois da filha dela achar que pode mandar em tudo e em todos. - Bateu na mesa um simples gravador e apertou para repetir as últimas frases ditas pela garota.
Lumiar escutou tudo com atenção e subiu o olhar novamente para o homem que estava ainda mais perto. Seu corpo travou outra vez, a quentura, o arrepio, entreabriu os lábios olhando para os dele... E estava perto.
BEM PERTO.
- Você falando é muito bonita, mas calada é mais ainda. - Ela só assentiu - Quero que seja minha assistente e quero que todos dessa escola saibam, vai trabalhar comigo no laboratório e fazer com que sua mãe o patrocine. - Lumiar estreitou os olhos se afastando, finalmente.
- O que? Laboratório? A escola tem isso? - Ele fechou os olhos voltando a se jogar na cadeira.
E cada movimento seu foi assistido por ela, desde as mãos que se ergueram para bagunçar mais os cabelos... E o peito que esticou? A camisa que subiu mostrando sua cintura, e aquele volum...
- É por causa dessa sua pergunta estupida agora, que precisamos reabrir o laboratório, como te disse, estou aqui para ensinar, vocês podem não usar isso no mundo de fama de vocês, mas há pessoas que tem interesse e conhecimento hoje em dia é tudo. - Lumiar tirou a bolsa do ombro colocando em cima da mesa e começou a revira-la - Se a filha da prefeita da cidade demonstrar interesse, é capaz de ela fazer alguma coisa.
- Antes de eu aceitar ser sua assistente... O que nunca vai acontecer... - Ela ergueu uma das mãos com um pequeno tablet encapado e simplesmente lançou em direção a David que o pegou antes que chegasse entre suas pernas - Conserta o que você quebrou. Ou eu vou espalhar para todo mundo e contar a minha mãe que além de tomar meu celular, você quebrou meu tablet e me ameaçou com um gravador.
David jogou o objeto de volta na mesa e a garota se assustou.
- Acha que consegue me manipular? - Ele levantou de uma vez rodeando a mesa e Lumiar se segurou nela ao virar. Ambos tornaram a se encarar, mas dessa vez, David sentiu pena ao vê-la tropeçar em seus saltos altos e cair sentada na mesa querendo fugir. Ele deveria rir, mas não iria fazer isso - Eu sei lidar com mimadas como você, então um tablet quebrado ou seu dinheiro, mãe, não vão fazer com que eu me rende a você.
Outra vez, ela estava presa naquele olhar brilhoso, ele cobrindo seu corpo inteiro com uma sobra grande, e aquela boca? E AQUELA BOCA?
- E o que te faria render-se a mim? - David estreitou os olhos se afastando aos poucos... Será que ele tinha feito algo errado?
- O que?
- É... O que te faria render-se a mim? - Repetiu e ele continuou calado sem entender - Eu estou sentindo uma coisa diferente, algo como uma quentura pelo corpo, calor, arrepios, isso desde que eu te vi.
- A nossa conversa se encerra aqui - Deu as costas a garota voltando para seu lado na mesa, porém, ela abriu girou sobre a madeira o recebendo do outro lado - O que você está fazendo?
- Eu não quero você atrás de mim, não ligo para sua chantagem, não ligo para seu laboratório, ou qualquer coisa que queira dizer e fazer com que eu atenda a seus pedidos e ordens. - David estreitou seus olhos, incrédulo. Daquele tipo de garota ele nunca enfrentou. - Eu não vou ser dominada por um homem ri-dí-cu-lo... com você, David Michel.
Separou cada sílaba ao se aproximar mais do rosto do homem. Nem mesmo a sua mãe com toda autoridade do mundo lhe pararia, não seria um mero homem cheio de marra... Que... Lumiar estranhou quando de repente, as mãos dele chegaram a seus braços, cada uma de um lado deslizando para os ombros e então, apenas uma agarrou seu queixo a trazendo mais perto.
- Você pode falar o que quiser enquanto me chamar de professor... essa é a sua sala de aula e você deve questionar. - A trouxe ainda mais perto encostando seus narizes - Mas não diga que como homem eu jamais te dominaria... Você é que jamais aguentaria um comando de um homem como eu.
A soltou de uma vez fazendo a menina se espalhar pela mesa, David a olhou da cabeça aos pés afastando qualquer pensamento impuro e tratou de pegar suas coisas, o tablet quebrado e saiu da sala.
Lumiar tocou em seu queixo e desceu por seu pescoço, seios e parou sob sua calcinha...
- Eu estou excitada.