Os Trigêmeos da CEO
img img Os Trigêmeos da CEO img Capítulo 5 Um Dia no Limite
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Capítulo 6 Uma Escapada Necessária img
Capítulo 7 O Encontro no Bar img
Capítulo 8 O Impacto do Encontro img
Capítulo 9 A Descoberta img
Capítulo 10 A Decisão img
Capítulo 11 A Notícia img
Capítulo 12 O Início da Gravidez img
Capítulo 13 O Segredo Prestes a Cair img
Capítulo 14 A Tensão Silenciosa img
Capítulo 15 O Apoio de Sara img
Capítulo 16 Tomando Decisões img
Capítulo 17 Emoção e Medo img
Capítulo 18 O Nascimento dos Trigêmeos img
Capítulo 19 Primeiros Dias com os Trigêmeos img
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Capítulo 5 Um Dia no Limite

O som do despertador interrompeu o sono de Mariana, mas em vez de desligá-lo imediatamente, ela permaneceu deitada por alguns segundos, olhando para o teto. Não havia descanso. Hoje é o dia, pensou. Hoje, a empresa pode mudar de rumo. Isso a dava forças para se levantar e enfrentar o que sabia que seria um dos dias mais difíceis de sua carreira.

Era cedo, apenas seis horas da manhã, mas Mariana já começava a revisar mentalmente as tarefas do dia. Uma das suas maiores preocupações era a reunião com os investidores. Um grupo importante deles havia pressionado ultimamente por uma atualização sobre a expansão da empresa, e, embora Mariana estivesse certa sobre a direção a seguir, a verdade é que as expectativas sobre ela aumentavam a cada momento.

O café, seu fiel companheiro, era a primeira coisa que ela precisava para começar. Enquanto aguardava a cafeteira fazer seu trabalho, ela verificou rapidamente os e-mails no celular.

E-mail de Clara:

"Mariana, os investidores chegam às 10h. Tivemos alguns problemas com a plataforma de analytics, os dados não estão alinhados com as projeções que havíamos apresentado. Preciso que você revise isso antes da reunião. Estou com a equipe técnica trabalhando nisso, mas precisamos do seu aval."

Mariana bufou. Se havia algo que ela odiava mais do que surpresas, era problemas surgindo dessa maneira, com tão pouco tempo para resolvê-los.

Mensagem de Pablo:

"Mariana, você pode revisar os números do último trimestre? Não estou certo de que os relatórios que recebemos estão corretos. Acho que há uma discrepância nas conversões."

- Não pode ser! - murmurou para si mesma, sentindo a ansiedade começar a tomar conta dela. Ela estava tão focada nas operações diárias que não percebeu que o quadro geral começava a desmoronar.

Com uma xícara de café na mão, ela se apressou para o escritório. Clara já a esperava com um ar de urgência.

- Mariana, temos um problema - disse Clara assim que entrou. Ela estava sentada diante do computador, olhando para uma série de gráficos que não batiam. A tela mostrava números errados que afetavam as projeções futuras da empresa.

Mariana se aproximou rapidamente.

- O que está acontecendo? - perguntou, franzindo a testa enquanto olhava os gráficos.

- Os dados dos últimos dois meses não coincidem com os anteriores. Eu revisei com a equipe técnica, e parece que algo deu errado na sincronização da base de dados. Os registros não estão sendo atualizados corretamente. Não é algo que possamos corrigir rapidamente.

Mariana sentiu seu coração bater mais rápido. Os investidores já esperavam um relatório claro, e agora ela tinha que lidar com essa crise. Ela estava prestes a abrir a boca para dar uma resposta, quando o telefone tocou. Era Pablo.

- Mariana, você tem um minuto? Preciso que olhe os números. Tem algo estranho nas conversões da última campanha. Se não resolvermos isso agora, podemos perder a confiança dos clientes.

Mariana passou a mão pelos cabelos, frustrada. A pressão estava insuportável. Ela sabia que não podia deixar o medo tomar conta dela.

- Pablo, precisamos resolver isso. Enfrente isso com a equipe, faça o que for possível, mas garanta que o que vamos apresentar hoje seja sólido.

- Eu vou fazer isso, vou fazer - respondeu ele rapidamente, e desligou.

Clara olhou para Mariana, que não conseguia parar de pensar em como iria gerenciar tudo aquilo em tão pouco tempo.

- O que fazemos, Mariana? - perguntou Clara, preocupada. Mariana sabia que sua assistente confiava em seu julgamento, mas também entendia que esse era um desafio gigantesco.

Mariana respirou profundamente.

- Vamos resolver. Precisamos revisar tudo o que temos agora, corrigir os erros e ter uma apresentação pronta para os investidores. Eu não posso falhar nisso. Não podemos perder essa oportunidade.

Clara assentiu e se levantou para ligar para os técnicos enquanto Mariana se sentava à frente de seu computador, revisando cada dado, cada relatório. O relógio passava rápido, e a sensação de pressão só aumentava. O telefone tocava constantemente, com mais más notícias, mais problemas para resolver.

Era uma constante ida e vinda de decisões que não deixavam tempo para reflexão. Como deixei chegarmos a esse ponto? pensou Mariana, enquanto escrevia e-mails de última hora, supervisionava relatórios e guiava sua equipe. Sentia como se cada minuto que passava a aproximava mais do limite do cansaço.

- Mariana, você se importaria de ver isso? - disse Clara, interrompendo sua concentração. Ela tinha um par de gráficos nas mãos que finalmente começavam a se alinhar.

Mariana se aproximou rapidamente, com o rosto tenso.

- O que é isso? - perguntou, olhando para os números que agora pareciam mais claros.

- Conseguimos resolver a sincronização. Os dados agora estão alinhados corretamente. Mas precisamos de tempo para garantir que o relatório esteja definitivo.

Mariana olhou para o relógio. Restava apenas uma hora para a reunião. Ela não podia continuar esperando.

- Faça o que puder, Clara. Mas não quero perder um único detalhe. Garanta que tudo pareça perfeito.

Clara assentiu, e naquele momento, Mariana sentiu uma centelha de esperança. Talvez, só talvez, houvesse uma chance de salvar tudo.

A hora chegou rapidamente. Os investidores começaram a chegar, um a um, com rostos sérios e grandes expectativas. Mariana se levantou da cadeira, ajustou o paletó e respirou fundo. Ela podia sentir a pressão no peito, mas não podia fraquejar agora. Não podia permitir que seus medos a paralisassem. Esta era sua chance.

A sala de reuniões estava cheia. Os investidores estavam sentados à mesa, observando atentamente Mariana e sua equipe.

- Bom dia a todos - disse Mariana, com voz firme, enquanto tomava seu lugar à frente. Era um ato de confiança em si mesma que lhe custou um enorme esforço, mas que ela sabia que precisava fazer. Agora ou nunca.

- Hoje estamos aqui para discutir o rumo que a empresa tomará nos próximos meses, e como planejamos enfrentar os desafios do mercado - continuou, olhando para os rostos expectantes à sua frente. Ela sabia que as decisões tomadas hoje afetariam tudo o que ela havia trabalhado para construir.

Ela começou a apresentar os dados revisados, explicando os desafios técnicos que haviam surgido, mas também destacando as soluções que sua equipe havia encontrado em tempo recorde. Ela não podia se permitir vacilar. Sabia que os investidores queriam ver confiança, e isso era exatamente o que ela daria a eles.

À medida que a apresentação avançava, Mariana se sentiu mais segura. Embora a pressão ainda estivesse presente, a confiança em sua equipe e em sua capacidade de resolver problemas a impulsionava para frente. Afinal, ela não estava sozinha nisso. Ela havia conseguido formar uma equipe competente, na qual confiava, e isso lhe dava forças.

A reunião concluiu com uma nota positiva. Embora alguns investidores tenham demonstrado dúvidas, Mariana conseguiu manter o controle e garantir que a situação não os abalasse. Foi um dia exaustivo, mas ela havia enfrentado o desafio.

Ao sair da sala de reuniões, Clara a olhou com um sorriso.

- Conseguimos, Mariana. Você conseguiu.

Mariana sorriu, embora não tivesse forças para comemorar. A vitória, embora significativa, era apenas temporária. Sabia que amanhã haveriam novos desafios. Mas, por agora, ela havia ganhado uma batalha.

- Sim, conseguimos. Mas ainda há muito a fazer. Vamos seguir em frente.

Com o peso do dia ainda sobre seus ombros, Mariana voltou para seu escritório. Enquanto apagava as luzes, uma parte dela pensou no que Sara havia dito. Nem tudo é trabalho, Mariana. Mas, por agora, o trabalho era a única coisa que poderia lhe dar paz.

                         

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