O Alpha Quebrado e a Luna do Gelo
img img O Alpha Quebrado e a Luna do Gelo img Capítulo 4 💥 Capítulo 4: A Ira do Alpha
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Capítulo 6 🔥 Capítulo 6: A Besta, o Despertar e o Desejo Proibido img
Capítulo 7 ⛓️ Capítulo 7: A Convivência Proibida img
Capítulo 8 🤫 Capítulo 8: A Sombra da Luna Anterior e a Investigação img
Capítulo 9 💔 Capítulo 9: A Cicatriz e a Verdade img
Capítulo 10 🐾 Capítulo 10: Na Coleira do Alpha img
Capítulo 11 ❄️ Capítulo 11: O Fogo e o Gelo img
Capítulo 12 🐺 Capítulo 12: A Aliança Sombria e o Sangue da Profecia img
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Capítulo 4 💥 Capítulo 4: A Ira do Alpha

Elara voltou para a cabana como um raio. Suas mãos tremiam tanto que ela mal conseguiu girar a chave na fechadura. O saco de compras estava largado no chão da sala; a ameaça de Morgana e a revelação de Ana eram muito mais reais do que qualquer coisa que ela pudesse ter imaginado.

Ela estava no meio de um banho rápido, tentando lavar o cheiro de medo e o resquício do perfume de Morgana, quando um estrondo na sala a fez gritar e tropeçar.

Arion estava de volta.

Ele não a esperou secar. Ele estava parado na entrada do banheiro, a camisa molhada de chuva e a fúria desenhada em cada traço do seu rosto. Ele nem precisou falar; seus olhos azuis gélidos estavam em chamas.

"Você quebrou a primeira regra," ele rosnou. Não era uma pergunta, era uma declaração de guerra.

Elara se enrolou apressadamente na toalha, o pânico superando o pudor. "Eu precisei de comida! Você me trancou aqui sem mantimentos!"

Arion mal registrava as palavras dela. Sua visão estava completamente focada em Elara. Ela estava envolta apenas na toalha branca, os cabelos escuros molhados caindo sobre a pele pálida. Ele sentiu o vapor do chuveiro e o cheiro doce e fresco da lavanda, misturado ao cheiro viciante do seu Mate. Seu corpo era delicado, mas cheio de curvas atraentes, e a simetria perfeita de sua forma atingiu o Alpha em seu ponto mais primitivo. Por um instante, o desejo de jogá-la no chão e reivindicá-la suprimiu a raiva. O cheiro dela, agora limpo do medo, era a essência da tentação.

Ele deu um passo em sua direção. O cheiro de pimenta e cedro estava forte, mas havia algo mais: o cheiro fraco e irritante de âmbar e flores secas, o perfume de Morgana.

"Não minta para mim, Elara," a voz dele era um trovão contido, lutando contra o desejo. "Você saiu porque quis me desafiar. E você a encontrou."

Ele avançou, forçando-a a recuar até que as costas dela batessem na parede fria. A distância entre eles se desfez. O toque, desta vez, era proibido e inevitável.

"Ela sabe," Elara sussurrou, sentindo as lágrimas de medo e frustração nos olhos. "Morgana me confrontou no armazém. Ela me ameaçou. Ela disse que você não precisa de uma Mate fraca e que ela vai me matar!"

Arion fechou os olhos por um segundo, e o desespero de Elara pareceu penetrar a armadura dele. Quando ele os abriu, a fúria havia sido substituída por uma possessividade feroz.

"Ela não teria tido a chance de te tocar se você tivesse ficado onde eu mandei!" Ele bateu a mão na parede ao lado da cabeça dela, a toalha quase escorregando. "Você não entende a política da minha Alcateia! Você é fraca, mas você é Minha. E ninguém, muito menos Morgana, vai tocar no que é meu!"

O corpo de Elara tremeu, não mais de medo, mas de uma atração que parecia exigir a obediência. Ela levou as mãos ao peito dele, tentando empurrá-lo, mas seus dedos se fecharam na camisa úmida.

"Eu não sou sua propriedade!" ela gritou, a voz embargada.

"Você é a porra do meu Mate!" Arion gritou de volta, e a palavra saiu misturada com dor e desejo.

Naquele instante, a atração instintiva, o Destino, venceu a lei e a raiva. Arion não se conteve mais. Ele segurou o rosto de Elara entre as mãos, os polegares roçando a pele dela, e a beijou.

Foi um beijo de Alpha. Exigente, brutalmente possessivo e desesperado. O sabor da pimenta, do cedro e da chuva encheu a boca de Elara. Ela tentou resistir por um segundo, mas a química e o clichê eram muito fortes. Ela cedeu, beijando-o de volta com a mesma intensidade de quem está beijando o seu pior pesadelo e o seu maior desejo.

O beijo durou apenas um instante, mas redefiniu tudo.

Arion se afastou bruscamente, o peito arfando, os olhos arregalados, como se tivesse acabado de cometer um erro catastrófico.

"Você está proibida de me fazer quebrar as regras de novo, Elara," ele ofegou, a voz rouca. "Ou eu serei forçado a te prender em meu quarto para garantir que você esteja segura."

Ele saiu do banheiro sem esperar por uma resposta, deixando Elara encostada na parede, ofegante, confusa, e com o gosto do seu Mate proibido nos lábios.

            
            

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