Capítulo 5 ❄️ Capítulo 5: A Fúria da Lua

A Angústia do Despertar

O beijo proibido de Arion ainda ardia nos lábios de Elara, mas agora, outra sensação a consumia: um calor febril que parecia vir de dentro de seus ossos. Era noite de Lua Cheia, e embora o céu estivesse escondido por nuvens densas, a pressão mística era palpável.

Elara estava sentada na cama, agarrada a um cobertor. A dor que irradiava de sua coluna era insuportável, não a dor de uma doença, mas a dor de uma ruptura, de algo que a Vó Sofia e Ana haviam avisado que estava dormente. Sua herança híbrida estava despertando.

- Bruxa Loba, ela pensou, aterrorizada, o que está acontecendo comigo?

O instinto gritava para ela correr, mas a dor a paralisava. Foi quando ela ouviu. Um rosnado baixo, vindo de fora. E o cheiro: o perfume de âmbar e flores secas, misturado com fúria primal. Morgana havia chegado.

A Invasão e a Luz Ancestral

O instinto gritava para ela correr, mas a dor a paralisava. Foi quando ela ouviu. Um rosnado baixo, vindo de fora. E o cheiro: o perfume de âmbar e flores secas, misturado com fúria primal. Morgana havia chegado.

A porta da frente não foi aberta; ela explodiu para dentro com uma força brutal, lançando lascas de madeira por toda a sala. No quadro da porta, sob a luz fraca, estava Morgana em sua forma lupina gigantesca.

"Lobos não pedem licença, aberração mestiça," a voz de loba de Morgana era um sussurro gutural. "Você é o erro da Deusa da Lua! Sua mãe te escondeu, mas eu vou provar a Arion que você é a fraqueza dele!"

Morgana avançou. Elara, acuada, sentiu o ápice da dor da transformação. O medo e o pânico se misturaram.

Primeiro Ataque: Morgana saltou sobre Elara. A humana rolou instintivamente para o lado, e as garras da loba acertaram a parede com a força de um martelo. A parede de madeira rachou, e uma fresta se abriu. Exatamente nesse momento, a Lua Cheia se libertou das nuvens, e um feixe de luz prateada, intensa e pura irrompeu pela fresta.

O feixe de luz prateada formou um círculo exato sobre o corpo de Elara. Naquele instante, seu corpo brilhou, e ela sentiu o poder percorrer suas veias.

Em sua mente, ela ouviu a voz gentil, mas firme, de sua avó, Sofia.

"Deixe a energia da Deusa da Lua irradiar pelo seu corpo," a voz de Sofia ecoou, guiando-a.

O Poder da Nevoa da Lua (Manifestação Surpreendente)

Morgana, atordoada pela luz e pelo brilho súbito, hesitou, mas seu ódio era maior. Ela tentou um segundo ataque, mais rápido e mais mortal, mirando no pescoço de Elara.

Elara reagiu, não com medo, mas com o instinto guiado de Sofia. Ela estendeu a mão na direção da loba. O poder do Gelo da Nevoa da Lua jorrou de seu corpo como uma onda de choque prateada e congelante.

A onda de energia fria atingiu Morgana no peito. A loba urrou de dor e foi arremessada para trás com violência. Seus olhos verdes estavam arregalados, não apenas de dor, mas de choque e terror. O poder da mestiça era real, e não era o que ela esperava.

Elara estava ofegante. Suas mãos estavam frias, e uma fina camada de gelo cobria a madeira ao seu redor.

Morgana se levantou, cambaleando. "Impossível... magia! Você é uma... Bruxa!" Sua fúria se misturou com um medo primitivo da magia da Lua.

Mas antes que Morgana pudesse saltar novamente, um uivo cortou o ar da floresta. Não era um uivo de aviso, era um rugido de fúria Alpha. O som estava muito mais perto do que deveria estar.

Morgana hesitou. Ela deu uma patada violenta na parede de madeira, abrindo uma rachadura maior e fazendo com que Elara fosse jogada para trás, batendo a cabeça e ficando tonta.

"Isso é só o começo, Mate Proibida," Morgana sibilou, antes de se virar e sumir na escuridão da floresta.

Elara ficou ali, tonta e apavorada. Suas mãos estavam frias e trêmulas. Ela havia se defendido. Antes que pudesse processar o que havia acontecido, a porta se abriu com uma nova força.

Desta vez, era Arion, em sua forma lupina gigantesca, com os olhos azuis faiscando de fúria e o cheiro de cedro e pimenta. Ele viu o buraco na parede, o chão gelado e Elara ferida. A fúria dele era dirigida à loba que ousou tocar o que era dele.