O Retorno de Helena
img img O Retorno de Helena img Capítulo 2 Ela queria se separar.
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Capítulo 6 O jantar em família img
Capítulo 7 Ele não tocou mais no assunto img
Capítulo 8 Cortante como aço img
Capítulo 9 O cheiro do cigarro que ele fumava img
Capítulo 10 O sol já estava se pondo img
Capítulo 11 Uma boneca img
Capítulo 12 Deixar o grupo Duarte img
Capítulo 13 O fim de tudo img
Capítulo 14 A camisa de Marcos img
Capítulo 15 Cabelos úmidos img
Capítulo 16 Casa de repouso Sonho Azul img
Capítulo 17 O brilho dos faróis img
Capítulo 18 Gravata de seda preta img
Capítulo 19 Folhas caídas img
Capítulo 20 Seu corpo inteiro img
Capítulo 21 Helena fez isso img
Capítulo 22 Ela subiu e ele a seguiu img
Capítulo 23 Uma semana depois img
Capítulo 24 Festa de aniversário img
Capítulo 25 Suíte do hotel. img
Capítulo 26 Terraço do edifício img
Capítulo 27 As estações do ano img
Capítulo 28 Calor no peito img
Capítulo 29 Marido atencioso img
Capítulo 30 Passos firmes img
Capítulo 31 Quase hipnotizada img
Capítulo 32 Passos vindo da escada img
Capítulo 33 Olhar profundo img
Capítulo 34 No quarto VIP do hospital img
Capítulo 35 Surpreso e pegou o celular img
Capítulo 36 Estava doente img
Capítulo 37 A minha esposa é muito boa img
Capítulo 38 Não foi por um encontro img
Capítulo 39 Meia hora depois img
Capítulo 40 Tinha a ver com amor img
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Capítulo 2 Ela queria se separar.

Ela retornou para casa..

Neia trouxe o acordo de divórcio.

Helena olhou o envelope por um momento, sentindo o frio se espalhar pelo corpo.

Ela queria se separar.

E queria dividir os bens - pela metade.

Sem dizer nada, ela se levantou e foi tomar banho.

No espelho, viu seu próprio reflexo pálido, cansado, mas ainda com frescor.

Vestiu um robe branco de seda, e sob a luz suave do banheiro, a mulher que via diante de si parecia outra - calma, fria, quase intocável.

Seu corpo, antes marcado pelo cansaço e pelas noites mal dormidas, ainda conservava uma elegância natural.

Não era exuberante, mas havia nela uma pureza distante, uma beleza que o tempo não conseguira apagar.

Mas, ao mesmo tempo, uma pergunta doía como uma faca:

para Marcos ela não era mais atraente... então por isso buscava outra mulher?

A imagem da jovem amante dele veio à mente - e com ela, uma dor quase física.

Helena podia até imaginar a cena: o riso leve, o toque rápido, a pressa juvenil que um dia também tiveram.

Por um instante, sentiu o sangue ferver.

Não de ciúmes - mas pela humilhação.

Helena respirou fundo,entrou no banho , sentindo a água quente escorrer pelos ombros.

Deixou que o vapor envolvesse o corpo, levando embora as últimas lembranças de um amor que já não existia.

Quando saiu do banho, estava diferente - o olhar calmo e sereno .

E então aporta se abriu , Marcos voltou.

Ele parou na entrada, impecável como sempre.

Um terno preto sob medida, os ombros largos e firmes, o olhar frio e calculado.

Sob a luz amarelada, seus traços pareciam ainda mais definidos - o retrato perfeito de um homem maduro, poderoso, e consciente do próprio encanto.

Helena não pôde evitar um pensamento amargo:

Mesmo que Marcos não tivesse fortuna alguma, só aquele rosto seria suficiente para que qualquer mulher caísse aos seus pés.

Quatro longos anos ao lado dele não poderia ser considerado desperdício.

Se olharam por alguns minutos...

Marcos deu alguns passos, aproximando-se dela.

Ficando de pé atrás de Helena ,olhou seu corpo diante do espelho.

Helena já estava vestida com um robe branco, o cabelo caindo pelos ombros como seda escura.

Mesmo sem maquiagem, havia nela uma beleza serena - o tipo de presença que o tempo não apaga, mas refina.

Por um instante, ele hesitou.

Talvez se lembrando da noite do casamento.

Na noite de núpcias, nada aconteceu entre eles.

Um mês depois, por acaso, aconteceu inesperadamente.

Naquela noite, Helena, encostada no peito dele, chamou baixinho o nome de Marcos.

Ele a segurou firme e, naquela noite, finalmente se tornaram um casal de verdade.

Foi a primeira vez de ambos.

Depois disso, a vida de marido e mulher entre os dois era... fria é distante.

Em casa, Helena era a respeitável senhora Duarte.

No grupo da Familia Duarte , ela era a presidente Helena, a mulher poderosa que controlava tudo.

Ela sempre mantinha uma aparência fria e inatingível, como se nada pudesse abalá-la.

Mesmo na cama, Marcos não ousava dizer que ela realmente se entregava.

Ela nunca havia se aberto de verdade, quanto mais mencionado o nome dele de forma carinhosa.

Helena olhou para ele através do espelho, o olhar silencioso, mas profundo.

Nos últimos dias, Marcos vinha tentando se aproximar dela, mesmo que de forma disfarçada

Ele se inclinou e sussurrou em seu ouvido, a voz rouca e baixa:

Foi você que pediu para cortarem a luz e a agua da casa do condominio não foi?- Ela e só uma amiga que estou ajudando,você está chateada?

Helena olhou para ele no espelho...

Marcos cheio de desejo, pensou bem percebeu que ela estava no seu período fértil.

Ele beijou seu pescoço sussurrando na sua orelha ,e mesmo seu aniversário... ou tem outro motivo, hein?

A senhora Duarte , ainda sabe me provocar...

As palavras dele eram provocantes, cheias de segundas intenções, e Helena entendeu perfeitamente o que ele queria.

Ele queria fazer amor , desejava ter um filho.

O pai dele ainda era o chefe da família ainda detinha grande parte das ações do Grupo Duarte, e Marcos acreditava que ter um filho aumentaria sua influência dentro da empresa.

Mas ele não sabia que, para eles, ter um filho era quase impossível.

Naquela noite em que tudo aconteceu, Helena o empurrou, mas ele a segurou com força, e o impacto acabou atingindo seu abdômen - desde então, as chances de engravidar eram mínimas.

Helena fechou os olhos suavemente, escondendo a dor que sentia.

Marcos, raramente estava de bom humor.

            
            

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