O Retorno de Helena
img img O Retorno de Helena img Capítulo 4 Sede do Grupo Duarte
4
Capítulo 6 O jantar em família img
Capítulo 7 Ele não tocou mais no assunto img
Capítulo 8 Cortante como aço img
Capítulo 9 O cheiro do cigarro que ele fumava img
Capítulo 10 O sol já estava se pondo img
Capítulo 11 Uma boneca img
Capítulo 12 Deixar o grupo Duarte img
Capítulo 13 O fim de tudo img
Capítulo 14 A camisa de Marcos img
Capítulo 15 Cabelos úmidos img
Capítulo 16 Casa de repouso Sonho Azul img
Capítulo 17 O brilho dos faróis img
Capítulo 18 Gravata de seda preta img
Capítulo 19 Folhas caídas img
Capítulo 20 Seu corpo inteiro img
Capítulo 21 Helena fez isso img
Capítulo 22 Ela subiu e ele a seguiu img
Capítulo 23 Uma semana depois img
Capítulo 24 Festa de aniversário img
Capítulo 25 Suíte do hotel. img
Capítulo 26 Terraço do edifício img
Capítulo 27 As estações do ano img
Capítulo 28 Calor no peito img
Capítulo 29 Marido atencioso img
Capítulo 30 Passos firmes img
Capítulo 31 Quase hipnotizada img
Capítulo 32 Passos vindo da escada img
Capítulo 33 Olhar profundo img
Capítulo 34 No quarto VIP do hospital img
Capítulo 35 Surpreso e pegou o celular img
Capítulo 36 Estava doente img
Capítulo 37 A minha esposa é muito boa img
Capítulo 38 Não foi por um encontro img
Capítulo 39 Meia hora depois img
Capítulo 40 Tinha a ver com amor img
img
  /  1
img

Capítulo 4 Sede do Grupo Duarte

---

Meia hora depois, Marcos chegou à sede do Grupo Duarte.

A secretária já o aguardava no estacionamento.

Assim que o carro parou, ela correu para abrir a porta.

Marcos saiu do veículo com elegância, o terno perfeitamente alinhado e o rosto impassível.

Mesmo em silêncio, sua presença era forte - firme, refinada, e impossível de ignorar.

Algumas funcionárias próximas não conseguiram deixar de olhá-lo, admiradas.

Mas Marcos parecia não notar.

Por dentro, algo nele ainda estava inquieto...e o nome de *Helena* não saía de sua mente.

Os dois entraram juntos no elevador privativo.

A secretária , segurando alguns documentos, se aproximou e falou em voz baixa, como se tivesse medo de ser ouvida:

- Senhor Marcos, sobre o projeto América... a Sra. Helena adicionou uma nova pessoa à equipe.

Marcos levantou o olhar, observando os números vermelhos do painel do elevador subirem lentamente.

Depois de um breve silêncio, soltou um leve riso, frio e contido:

- Ela tomando decisões sozinha?....

---

Durante a reunião, Marcos e Helena acabaram se encontrando.

Embora ainda fossem marido e mulher, o clima entre eles era tenso - quase gelado.

Os executivos da empresa perceberam o contraste.

Antes, Helena era a esposa calma e discreta, muitas vezes ofuscada pela presença de Marcos.

Mas agora, sentada à mesa de reuniões, ela parecia outra pessoa - segura, elegante e determinada.

Vendo os dois discutirem questões de negócios com a mesma firmeza, os gerentes do Grupo Duarte , ficaram impressionados.

---

Quando a reunião terminou, o sol já começava a se pôr.

Helena voltou para sua sala, recostou-se no sofá de couro e massageou as têmporas, tentando aliviar a tensão.

A assistente Neia entrou com um copo de água e o colocou sobre a mesa.

- Sr. Helena, - disse ela suavemente - o advogado particular do senhor Marcos ligou.

Ele quer marcar um encontro com a senhora no café do primeiro andar.

Helena abriu os olhos lentamente.

Por um momento, ficou em silêncio...

Depois, com um leve suspiro, respondeu:

- Tudo bem. Diga a ele que eu estarei lá em dez minutos.

Helena pegou o elevador privativo, e desceu no primeiro andar.

Gustavo Ávila usava um terno inglês de três peças, perfeitamente ajustado ao seu corpo alto e elegante.

Seu rosto, de traços firmes e olhar sério, transmitia aquela mistura de disciplina e charme que parecia natural nele.

Ao ouvir os passos de Helena se aproximando, ele levantou o olhar.

Nos olhos escuros e tranquilos dele, surgiu um leve brilho de surpresa.

Ele nunca tinha visto Helena daquele jeito.

Em sua lembrança, Helena era sempre a mulher impecável - vestidos caros, postura elegante, sempre ao lado de Marcos em eventos de negócios, com um sorriso educado e discreto.

Mas todos no círculo social sabiam: Marcos não a amava. Marcos já tinha outro alguém.

Hoje, porém, Helena estava diferente.

Ela havia trocado o vestido formal por uma blusa de tricô leve, confortável, que realçava sua silhueta com simplicidade. O cabelo, liso e escuro, caía solto sobre os ombros, com algumas mechas rebeldes que davam a ela um ar suave, quase vulnerável.

Por um instante,Gustavo se distraiu observando-a.

Helena sentou-se diante dele, o olhar firme e sereno.

"Marcos pediu que fosse você quem me procurasse?" - perguntou ela, com a voz calma, mas carregada de significado.

Gustavo manteve o olhar calmo e a postura impecável de sempre.

Ele abriu a pasta, tirou um documento e o empurrou suavemente para Helena.

"De acordo com o contrato pré-nupcial," disse com serenidade, "se a senhora insistir no divórcio, talvez as condições não sejam muito favoráveis."

Helena pegou o documento, folheando lentamente as páginas.

Quando chegou à última, ficou imóvel por alguns segundos.

Quatro anos antes, foi ali mesmo que Marcos havia segurado sua mão pela primeira vez - o começo de uma história que agora terminava em silêncio.

Ela respirou fundo, e com a voz tranquila, respondeu:

"Mesmo que as condições não sejam boas, eu quero seguir em frente. Dr Avelar , e por favor... Não me chame de Sra.Duarte. Me chame de Helena."

Gustavo, acostumado a lidar com separações de gente poderosa, já tinha o coração endurecido como ferro.

Ele levou a xícara aos lábios, tomou um gole de café e perguntou num tom leve, quase distraído:

"Posso perguntar uma coisa? Por que decidiu se divorciar agora? Você não amava o Marcos?"

Helena desviou o olhar, um sorriso amargo cruzando seu rosto.

"Amor?" ela murmurou. "Sim... eu amei.

Talvez demais. Mas às vezes amar não é o suficiente para continuar."

O advogado ficou em silêncio por um instante, observando-a.

Havia uma tristeza contida nos olhos de Helena, mas também uma força nova - algo que deixava claro que ela não voltaria atrás.

O mundo inteiro sabia que Helena amava Marcos - todos, menos ele.

Ou talvez ele soubesse, mas simplesmente não se importasse mais.

Naquele instante, havia em Helena uma beleza frágil e delicada, uma vulnerabilidade que a tornava ainda mais irresistível.

Aos olhos exigentes de Gustavo Ávila, ela estava mais deslumbrante do que nunca - não no brilho de uma mulher vaidosa, mas na serenidade de quem finalmente decide se libertar.

Enquanto ele refletia, a porta do café se abriu de repente.

Uma silhueta alta, de passos firmes e postura impecável, entrou no ambiente - o ar ao redor pareceu se alterar por completo.

Não era qualquer homem.

Era Marcos.

Assim que entrou, seus olhos se fixaram em Gustavo, e depois em Helena.

A expressão dele era séria, tensa, carregada de pensamentos que não dizia em voz alta.

Por um breve momento, algo dentro de Marcos se agitou.

Ver a esposa ali, sentada diante de outro homem - mesmo que fosse o advogado - o incomodou de uma forma que ele não soube explicar.

Um desconforto inesperado o atravessou, como se algo dentro dele começasse a se partir, ainda que ele tentasse fingir indiferença.

Marcos inclinou levemente a cabeça, em um gesto contido.

Gustavo Ávila sorriu de forma discreta e educada, levantando-se.

"Vou deixá-los a sós", disse, afastando-se e saindo do café, deixando aquele espaço para o casal que um dia dividira o mesmo teto - mas agora, apenas o silêncio.

Assim que Gustavo saiu, Marcos voltou o olhar para Helena.

Seus olhos percorreram a figura dela e, com um leve franzir de sobrancelhas, comentou:

"Por que está vestida assim? Troque de roupa. Depois vamos juntos jantar com meus pais."

Helena sabia muito bem que "jantar com a familia " para Marcos era encenar uma demonstração de casamento perfeito perante a familia Duarte.

Ela poderia dizer não ,porem tinha interesse em jogar o mesmo jogo de Marcos interessada na divisão dos bens após o divorcio,

Com esse pensamento voltou ao escritório e trocou de roupa.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022