Três Marcas de Sangue
img img Três Marcas de Sangue img Capítulo 3 A Liberação
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Capítulo 6 O Preço do Sangue Frio img
Capítulo 7 O Luto e o Remorso img
Capítulo 8 O Confronto com Silas img
Capítulo 9 O Chamado da Matilha img
Capítulo 10 A Luta Mista img
Capítulo 11 O Santuário Esquecido img
Capítulo 12 O Ensinamento da Obsidiana img
Capítulo 13 O encontro Triplo img
Capítulo 14 O Dilema na Porta img
Capítulo 15 O Sangue do Princípe img
Capítulo 16 O Poder do Tribrido img
Capítulo 17 O Mapa de Havenwood img
Capítulo 18 A Fuga Pela Névoa img
Capítulo 19 O Combate na Estrada img
Capítulo 20 O Preço da Traição img
Capítulo 21 O Cobrador de Dívidas img
Capítulo 22 A Dívida de Sangue img
Capítulo 23 O Vínculo de Sangue img
Capítulo 24 A Ponte Queimada img
Capítulo 25 Rumo ao Norte img
Capítulo 26 O Ritual de Cura na Água img
Capítulo 27 O Legado de Alana img
Capítulo 28 O Risco do Caminho da Tempestade img
Capítulo 29 A Sentinela do Caminho img
Capítulo 30 O Juramento da Obsidiana img
Capítulo 31 A Verdade do Gelo e do Fogo img
Capítulo 32 Presença nas Profundezas img
Capítulo 33 O Conselho do Lobo Ferido img
Capítulo 34 A Cidade da Cinza img
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Capítulo 3 A Liberação

​Não foi um movimento cuidadoso; foi um ato de desespero. O Pingente rasgou o tecido de sua blusa e caiu no chão. O som do metal atingindo a madeira ecoou no silêncio, mas foi rapidamente abafado pelo rugido que Lyra não pôde mais conter.

​A Obsidiana rachada liberou toda a energia mágica que havia absorvido. Uma onda invisível de poder Bruxo explodiu, empurrando o vampiro para trás e chocando-o contra a parede com a força de um pequeno carro. Ele soltou um ruído áspero de surpresa e dor.

​Lyra não esperou. No instante em que a prata deixou sua pele, o Lobisomem foi libertado. A dor da transformação sob o estresse da gravidez foi excruciante, mas Lyra a abraçou. Seus ossos se estalaram, não completamente, mas o suficiente para injetar nela uma força brutal e uma velocidade que ela não sentia há meses. Seus olhos passaram de castanho opaco para um dourado líquido e furioso. Presas se alongaram ligeiramente.

​- Você disse patética? - O som que saiu da garganta de Lyra não era humano; era um rosnado guttural, amplificado pela fúria.

​O vampiro se levantou, mas agora ele via a diferença. Ele via o perigo. O cheiro de Canela e Mofo foi ligeiramente sobrepujado pelo cheiro de Terra, Pinho e Tempestade que emanava de Lyra.

​Mas havia algo mais. Um terceiro cheiro. Frio, metálico e imensamente potente, emanava da sua barriga. O poder do Tridrido, sem a supressão do pingente, era um farol.

​O vampiro rangeu os dentes. - Você é uma tola! Você o revelou!

​Lyra usou a velocidade que lhe restava. Não atacou diretamente; usou a magia ambiente. Em um piscar de olhos, ela estendeu a mão para a claraboia quebrada. As partículas de vidro flutuaram no ar, envoltas em um brilho roxo-claro, e em seguida se transformaram em estilhaços afiados.

​Ela não os atirou. Ela os rodeou de fogo.

​No meio da sala escura, um anel de estilhaços flamejantes voou em torno do vampiro, criando um calor insuportável e cortando a sua velocidade. Não era um ataque para matá-lo, mas para ganhar tempo. O fogo era uma arma antiga contra a qual os Vampiros se protegiam.

​Lyra sabia que a sua vantagem seria breve. O Tribrido o drenava rápido.

​Ela se virou e, sem olhar para trás, correu em direção à porta do apartamento. Sua única chance era escapar para a noite.

            
            

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