Sussurros do Prazer: Jogos do Desejo
img img Sussurros do Prazer: Jogos do Desejo img Capítulo 5 A Prima Proibida - Capítulo 5
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Capítulo 6 A Prima Proibida - Capítulo 6 img
Capítulo 7 A Prima Proibida - Capítulo 7 img
Capítulo 8 A Prima Proibida - Capítulo 8 img
Capítulo 9 A Prima Proibida - Capítulo 9 img
Capítulo 10 A Prima Proibida - Capítulo 10 img
Capítulo 11 A Prima Proibida - Capítulo 11 img
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Capítulo 5 A Prima Proibida - Capítulo 5

A cama era um mar de tormenta. Kethlen se revirava entre os lençóis de algodão, o corpo em um estado de agitação insuportável. Cada nervo parecia exposto, cada centímetro de sua pele sussurrando o nome dele. O toque fantasma de sua mão na sua cintura, o calor de seu corpo envolvendo-a na cozinha, o olhar que prometia coisas que ela mal ousava imaginar – tudo isso rodopiava em sua mente, um turbilhão de desejo e culpa. A umidade entre suas pernas era uma realidade constante e vergonhosa, um latejar úmido e insistente que a mantinha acordada, em um estado de excitação febril.

Ela tentou se concentrar na textura áspera do lençol, no som do vento sussurrando nas folhas da mangueira do quintal, em qualquer coisa que não fosse ele. Mas era inútil. A casa inteira parecia impregnada com a presença de Gael. O silêncio era pesado, carregado da respiração dele que ela imaginava do outro lado do corredor, forte e regular, soprando sobre a pele nua de seu peito.

A sede, de repente, tornou-se uma necessidade urgente, uma desculpa para sair daquele quarto que tinha se tornado uma prisão de seus próprios desejos proibidos. Talvez a água fria acalmasse o fogo que lhe consumia as entranhas. Deslizou para fora da cama, seus pés descalços encontrando o piso de madeira frio. Não se deu ao trabalho de vestir um roupão. A camiseta curta e a calcinha de seda eram sua única armadura. Abriu a porta do quarto com cuidado, tentando não fazer ruído.

O corredor era um túnel de escuridão profunda, apenas fracamente iluminado pela luz pálida da lua que entrava pela janela do fundo. O ar era mais frio ali, e ela cruzou os braços sobre os seios, os mamilos endurecendo instantaneamente contra o tecido fino. Deu dois passos na direção da escada quando uma forma sólida se moveu nas sombras, mais perto do que ela esperava.

Ela deu um salto, um pequeno grito sufocado preso na garganta.

- Só eu - a voz de Gael emergiu da escuridão, grave e rouca, como se ele também estivesse acordado há horas.

Kethlen encostou-se contra a parede, a mão no peito, sentindo o coração disparado.

- Gael, Deus, você me assustou - ofegou.

Ele saiu das sombras. Estava vestindo apenas um shorts de dormir de algodão, baixo no quadril, que deixava à mostra o V definido do seu abdómen e a linha de pelos que desaparecia sob o elástico. Seu torso, nu, era uma escultura pálida na penumbra, os músculos definidos criando sombras sedutoras. Ele parecia maior, mais imponente, no escuro.

- Não consegui dormir - ele disse, e era uma confissão que ecoava a dela.

- Eu também. Vim buscar água.

Eles ficaram parados, imóveis, se encarando através da escuridão. A tensão da cozinha, longe de se dissipar, condensara-se naquele corredor silencioso, tornando-se uma entidade viva e palpável. Kethlen conseguia ouvir a própria respiração, ofegante e rápida. Conseguia ver o lento levantar e descer do peito dele.

Ele deu um passo à frente. Depois outro. Até que estava a centímetros dela. O calor do seu corpo era um convite, um ímã. Ela não conseguia se mover, paralisada não pelo medo, mas por uma antecipação agonizante.

- Keth - ele sussurrou, e seu nome, naquela forma abreviada, soou como a coisa mais íntima que ela já tinha ouvido.

Ele não a tocou. Não imediatamente. Primeiro, sua mão se ergueu e apoiou-se na parede, ao lado de sua cabeça, encurralando-a. Seu olhar era um fogo negro que a queimava.

- Não aguento mais fingir que não é você que eu quero, Keth. Desde sempre.

A declaração, tão direta, tão crua, atingiu-a como um soco no estômago. Todas as defesas, todas as racionalizações, desmoronaram. Ela abriu a boca para falar, para protestar, mas as palavras que saíram foram um fraco sussurro de realidade.

- Somos primos, Gael. É... errado.

Um sorriso lento e perigosamente sedutor curvou seus lábios. Ele inclinou a cabeça, e seu hálito, quente e com um leve vestígio de vinho, acariciou seu rosto.

- O que é mais errado? - ele sussurrou, sua voz um rosnado profundo que vibrou em seus ossos. - Isso, ou passar a vida inteira me perguntando como é o gosto da sua boca?

Era a pergunta final. A que não tinha resposta racional. A que só podia ser respondida com o corpo, com a alma, com a rendição total.

Ele não esperou por uma resposta. Sua mão livre desceu e encontrou a curva de sua cintura, firme, possessiva. A palma da mão, áspera e quente, queimou através do tecido fino da sua camiseta. Seus dedos se apertaram contra sua carne, puxando-a levemente na direção dele. Kethlen gemeu baixo, um som de pura necessidade, e seus olhos se fecharam.

Foi o convite que ele esperava.

Ele fechou a distância final.

O primeiro beijo não foi um ataque, foi uma conquista. Seus lábios encontraram os dela com uma lentidão exquisitante, uma exploração meticulosa. Eram mais macios do que ela imaginara, mas a pressão por trás deles era inegável, exigente. Ele sabia beijar. Deus, como sabia. Sua boca se moveu contra a dela, um vai e vem hipnótico que fez com que seus joelhos perdessem toda a força. Ela afundou contra a parede, e seu corpo moldou-se ao dele num ato de rendição instintiva.

                         

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