Traição do Marido, Veneno Mortal
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Capítulo 3

"Sim, Danilo", eu respondi, a voz vazia. Desliguei o telefone.

Gabriel socou a parede. "Eu vou lá! Eu vou arrancar a cabeça dele!"

"Não, Gabriel", eu disse, a exaustão pesando em cada palavra. "Não adianta. O amor não pode ser forçado. E eu não quero que vocês briguem por minha causa."

Ele estava pálido. "Mas o seu estado! Você mal consegue ficar de pé!"

"Eu estarei bem. Apenas me ajude a pegar algumas coisas."

Ele hesitou, mas depois assentiu. "Tudo bem. Mas eu vou com você. Não vou te deixar sozinha para enfrentar aquilo."

Eu assenti. Pelo menos eu tinha Gabriel.

Quando chegamos à casa, Danilo e Alessandra estavam no jardim, rindo. Ela estava aninhada em seus braços, os olhos dele cheios de um carinho que ele nunca me dedicou.

Meu coração se apertou. Ele nunca olhou para mim assim. Nunca me tocou com tanta ternura.

Danilo nos viu. Seus olhos se estreitaram. "O que você está fazendo aqui, Gabriel? Não deveria estar trabalhando?"

Gabriel avançou, a raiva em sua voz. "Você não vai acreditar no que ele fez, Heloísa!"

Danilo olhou para mim com desprezo. Ele pensou que eu tinha trazido Gabriel como meu "ajudante".

Gabriel me interceptou. "Eu vim porque quis. Ele precisa saber o que você tem feito por ele nos últimos três anos!"

Ele se virou para Danilo, apontando um dedo. "Heloísa o amou. Ela trabalhou ao seu lado, reconstruiu sua empresa. Todos a admiram! E você? Você a trata como lixo!"

Danilo franziu a testa, desviando o olhar.

Alessandra, com um sorriso vitorioso, acariciou o braço de Danilo. "Eu entendo, Gabriel. Heloísa é uma mulher admirável. Mas o amor... o amor não pode ser forçado, não é?" Ela olhou para Danilo. "Danilo e eu somos almas gêmeas. Nosso amor é inquebrantável."

Gabriel riu, uma risada amarga. "Seu amor? Se fosse tão inquebrantável, por que você o abandonou por dinheiro, Alessandra?"

O rosto de Danilo escureceu. "Cale a boca, Gabriel! Não fale mal da Alessandra!" Ele se virou para mim. "Ela me deixou por causa dos seus pais! Eles a chantagearam!"

Gabriel tentou argumentar, mas eu o interrompi. "Não, Gabriel. Não vale a pena."

Eu olhei para Danilo. "É minha culpa. Sempre foi. Eu aceito. Não há necessidade de discutir mais."

Eu me virei para Alessandra. "Você pode tê-lo. Ele é seu. Eu não serei mais um obstáculo."

Eu me dirigi ao meu quarto. Gabriel me seguiu.

Por três anos, dormimos em quartos separados. Ele só vinha ao meu quarto quando precisava de algo.

Eu juntei algumas roupas e uma toalha. Eu viveria no hospital.

Quando voltei para a sala, Danilo estava me esperando.

"O resto pode jogar fora", eu disse, minha voz baixa. "Não importa mais."

Um lampejo de remorso passou pelo rosto de Danilo, mas ele se recuperou rapidamente.

"Não aja como se fosse a vítima aqui, Heloísa", ele disse, sua voz dura. "A verdadeira vítima é Alessandra."

Ele tirou uma chave do bolso. "Eu comprei um apartamento para você. Considere isso como uma compensação pelos anos perdidos."

"Não, obrigada", eu disse, virando as costas. Eu não queria nada dele.

Gabriel se interpôs entre nós. "Você realmente vai expulsá-la assim? Enquanto ela está doente?"

"Isso não é da sua conta, Gabriel", Danilo rosnou.

Alessandra se aconchegou em Danilo. "Eu farei Danilo feliz, Gabriel. Não se preocupe."

Gabriel lançou um olhar de desprezo para Alessandra. "Você vai se arrepender, Danilo. Você vai se arrepender amargamente."

Ele me pegou pela mão. "Vamos, Heloísa."

            
            

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