Gênero Ranking
Baixar App HOT
A Babá do Bilionário: O Preço da Semelhança
img img A Babá do Bilionário: O Preço da Semelhança img Capítulo 3 A obstinação do CEO
3 Capítulo
Capítulo 8 A serviçal img
Capítulo 9 Depreciando a babá img
Capítulo 10 Minha esposa img
Capítulo 11 Uma atração perigosa img
Capítulo 12 A Área Proibida img
Capítulo 13 A inexperiência da babá img
Capítulo 14 A confissão img
Capítulo 15 Perigosa img
img
  /  1
img

Capítulo 3 A obstinação do CEO

O corpo reagiu no segundo em que Evelyne cravou os dentes no lábio inferior do patrão, puxando devagar antes de morder com força. Cian a soltou tão rápido quanto a havia agarrado e deu um berro:

- Porra!

Ele levou a mão ao ferimento e sentiu um fio de sangue que o trouxe à realidade. "Ela não é a Mariane", ele voltou a si em meio à confusão e à dor.

- Nunca mais entra no meu quarto outra vez! - exigiu ela, exasperada.

Enquanto bufava, dizia para si em pensamentos: "Enquanto bufava, dizia para si em pensamentos: "Ah, não. Tenho que aturar esse puto!"

O desejo violento de Cian foi substituído por uma repulsa gélida. O uísque tinha nublado seus pensamentos, deixando-o pensar que poderia ter a falecida esposa em seus braços outra vez.

- A polícia vem te buscar amanhã! - Ele ameaçou e lhe deu as costas, deixando o cheiro de uísque no ar.

A porta fechou com a mesma indiferença com que foi aberta. Evelyne continuou esmagada contra a parede conforme as suas mãos subiram para tocar os lábios latejantes.

A eletricidade do contato daquele beijo ainda a percorria.

Ele era arrogante e perigoso, mas o fogo do desejo do patrão era um recurso que Evelyne estava disposta a usar em seu favor.

"Vem com tudo, Verran, porque eu vou te destruir usando esse seu ponto fraco."

Naquela mesma noite, antes de dormir, ela arrastou uma escrivaninha para frente da porta. Ao menos, aquele móvel de madeira faria barulho se aquele homem entrasse em seu quarto outra vez.

Na manhã seguinte, Evelyne acordou com sua cama se movendo. Instintivamente, ela despertou, agarrando uma pequena estatueta que tinha colocado embaixo do travesseiro. Entretanto, ela parou antes de acertar a garotinha que começou a pular em sua cama.

- Bom dia, mamãe!

"Ah, meu Deus", tocando a testa, Evelyne exclamou internamente.

- Querida, sou sua babá, não sou sua mãe.

A garota parou de pular, caindo sentada na cama. Com a cara emburrada, Maya fitou Evelyne.

- Você não me ama mais... - a menina cruzou os bracinhos. - Não fique zangada comigo, mamãe.

Dizem por aí que existem sete pessoas iguais a nós no mundo, ou com setenta e cinco por cento de semelhança; mas, no fundo, Evelyne entendia o motivo da confusão da menina.

"Usa isso, Evelyne." A voz intrusiva sussurrava em seus pensamentos. "Conquiste a garota e terá o pai na palma da mão."

- Vem! - Ela saiu da cama, pegando a garotinha no colo. - Tenho que te arrumar para o café da manhã.

- Já escovei os dentes, mãe.

- Querida, sou a sua babá.

- Eu te amo, mamãe! - Os bracinhos de Maya envolveram o pescoço da babá.

Mesmo que não tivesse a firmeza maternal, Evelyne sentia a familiaridade daquele abraço e o amor incondicional daquela criança. A descida da babá com a filha do CEO para o café da manhã foi a primeira de muitas execuções públicas. Vestida com o uniforme de babá, ela era a personificação da subserviência forçada.

Maya estava sentada, concentrada em seu cereal, e a governanta pairava perto do buffet, focada em Evelyne. O senhor Verran surgiu com seu habitual terno preto. O rosto estava ainda mais franzido e sua boca exibia um pequeno ferimento.

O seu coração deu um salto quando o viu. Evelyne desviou o olhar e continuou cuidando da menina. Finge que não sabe de nada. Faz a sonsa. Em pensamentos, ela fazia uma prece para que Cian não cumprisse a ameaça feita na noite anterior. Logo, ele já estava sentado na cabeceira da mesa longa. Seus olhos cinzentos se fixaram nela com uma intensidade que a fez prender a respiração.

- Bom dia, Srta. Mendes. Vejo que se adaptou rapidamente ao seu novo vestuário. - A voz de Cian era seca e polida.

- Bom dia, senhor. A Sra. Lúcia foi eficiente.

- A eficiência é a base de tudo aqui. Inclusive o silêncio - foi curto e grosso. - Entendeu?

Estava claro que Cian se referia ao que aconteceu em seu quarto na noite anterior.

- Sim, senhor. - Entendi que você está com medo que eu abra a boca, seu idiota.

Eles tomaram o café da manhã lidando com aquele clima quase insuportável. Alheia, a pequena Maya tagarelava sobre um desenho, e Evelyne sorria e respondia com a doçura que o trabalho de babá exigia.

- Mamãe, vou pegar a minha boneca.

A governanta pigarreou, chamando a atenção de Evelyn discretamente.

- Querida, sou sua babá!

- Maya, vá pegar a boneca e não demore. - A voz de Cian estava mais suave ao falar com a filha.

- Sim, papai!

Ele esperou o momento exato, quando Maya se levantou para pegar um brinquedo e a governanta se retirou. Ele inclinou-se ligeiramente, apoiando o antebraço na mesa, e seus olhos fixaram-se no canto do olho esquerdo de Evelyne.

- Vou descobrir quem você é e o que fez.

- Sou a babá e estou cumprindo a minha função. Mas quem é essa Mariane? Por que o senhor me olha assim? - perguntou ela, com um sorriso falso e ingênuo.

- Bobagem. - Ele dispensou a resposta com um gesto de mão. - Falo dessa sua cicatriz. - Ergueu uma sobrancelha, curioso. - Parece uma marca de uma queimadura grave. Andou brigando por aí, senhorita Mendes?

Evelyne sentiu um ligeiro incômodo ao ser confrontada. Para ela, aquela cicatriz era parte de um passado que não queria lembrar, mas nas mãos do patrão, tornou-se uma arma.

- A cicatriz é marca de um acidente de infância, senhor. - Ela explicou.

- Acidentes na infância geralmente não deixam uma mulher em pânico com a menção da polícia. - Cian levou a xícara de café aos lábios, bebendo com a calma de quem acabava de lançar uma bomba.

A respiração de Evelyne falhou por um milésimo de segundo. "Calma, respira, garota... ele está blefando".

- Minha história não interfere na minha capacidade de cuidar de Maya.

- Interfere em minha capacidade de confiar em você. - Cian pousou a xícara sem tirar os olhos da babá. - O que você fez? E quem está atrás de você?

- O meu passado é irrelevante. - Ela escolheu a evasão com uma pitada de desafio. - Mas sei que o senhor é um homem que perdeu o que amava e tenta substituir a memória com o rosto da primeira pessoa que se parece com à sua esposa.

A obstinação do CEO por sua falecida mulher era um tanto estranha; não seria um problema se o patrão não estivesse sufocando a babá com sua obsessão.

- Você está passando dos limites. - Ele se levantou, cobrindo Evelyne com sua sombra ao se aproximar.

- Estou? - Sem acanhamento, a babá ergueu uma sobrancelha e sustentou o olhar.

Cian se curvou um pouco mais antes de alertar:

- Estou de olho em você, senhorita Mendes.

Lentamente, ele se distanciou e rumou para a saída.

- Não tenho medo do senhor... - ela deu de ombros, garantindo que ele ouvisse.

Subitamente, Cian parou. Ainda estava de costas enquanto a mão abria e fechava ao lado do corpo.

Anterior
            
Próximo
            
Baixar livro

COPYRIGHT(©) 2022