Capítulo 9 Elas são idênticas

Atendendo o pedido da mulher, Leila parou em sem mais um passo e observou a mulher ainda com um sorriso no rosto, "Sra. posso saber com quem esta me confundindo?" perguntou a mulher com uma voz suave que em circunstancias normais poderia encantar qualquer pessoa ate mesmo a mulher a sua frente se estivesse em seu perfeito estado de espirito.

Mais como Gina poderia se importar com isso? "o que? como... como assim confundindo? você não e ela?" questionou a mulher já sem entender como poderiam haver duas pessoas tão idênticas, ela sentia que sua cabeça iria explodir a qualquer momento "posso saber de quem a Sra. esta falando?" perguntou Leila com curiosidade estampada em seu rosto, "não, não e ninguém, eu devo ter confundido você com outra pessoa" se apressou a mulher em dar uma desculpa.

Ela ainda não podia acreditar que ela não era aquela mulher do passado, mais no momento nada podia fazer se não inventar uma desculpa, ela com certeza mandaria alguém investigar esse assunto, "nesse caso, posso saber em que lhe posso ajudar?" questionou Leila ainda encarando a mulher, Gina ainda estava divagando em sua mente quando escutou a mulher fazer essa pergunta que a trouxe de volta.

A mulher deu uma boa olhada na professora que quanto mais olhava mais se parecia com sua meia irmã, ela recuperou a compostura e voltou a sua arrogância de sempre "o meu marido disse que você levou o meu filho de volta" comentou a mulher se aproximando dela passo a passo em seus estiletes, "foi so uma gentileza, não precisa se preocupar Sra" respondeu a professora sem retrair o olhar da mulher, sua postura demostrava firmeza e confiança o que de alguma forma surpreendeu a mulher.

"eu acho que você me entendeu mal professora, eu não estou aqui para agradecer a você" declarou a mulher erguendo seu queixo com superioridade, Leila olhou para a mulher muito familiar a sua frente e teve vontade de estrangula-la, mais ela se conteve sabendo que não podia agir por impulso "então o que a Sra. quer?" perguntou ela mostrando ainda um sorriso genuíno enquanto cerava os punhos em segredo.

"vim avisa-la para ficar longe da minha família, principalmente do meu filho" alertou Gina revelando um olhar cruel em seus olhos, "e se eu não quiser?" perguntou a professora desafiadoramente "alem do mais, que qualificações uma mãe irresponsável tem de vir reclamar comigo?" continuou ela já se aproximando da mulher que ficou atordoada com suas palavras.

Gina não espera que a professora não so a desafiasse, como também teve a ousadia de chama-la de irresponsável, a mulher ficou tão furiosa que ergueu a mão para esbofeteá-la mais foi pega no segundo seguinte "comporte-se Sra. não pense que não ouso em denuncia-la por agressão" alertou a professora sacudindo a mão da mulher, em seguida tirou um pano da bolsa e enxugou suas mãos o que aumentou a fúria da mulher.

Essa era a primeira vez que Gina foi humilhada em sua vida, ela nasceu e cresceu num berço de ouro onde todos a tratavam como princesa e depois de se casar com Gustavo ela passou a ser venerada como uma rainha por todos e agora essa maldita professorazinha a estava humilhando dessa forma, "você... você espere e veja so" dito isso a mulher se virou e foi embora, ela não era muito boa em trocar palavras com as pessoas afinal tudo que ela queria ela tinha, nesse caso ela buscaria formas de lidar com a mulher insolente.

Assim que a mulher se foi Leila deu um suspiro de alivio, ela não esperava se encontrar tão cedo com essa pessoa e quase perdeu o controle de suas emoções, mais ela estava grata que no final conseguiu se segurar e a mulher se foi, mais ainda assim sabia da tempestade que a esperava pelo que fez agora a pouco, Gina nunca foi uma mulher generosa e sempre buscou se vingar ate das pequenas coisas imagina da humilhação de hoje...

E como esperado, assim que a mulher chegou em casa ela foi direto para o escritório de Gustavo para reclamar do que havia acontecido, vendo que seu espaço foi invadido sem sua autorização o homem sentado atrás de uma mesa ergueu uma sobrancelha em sinal de desgosto quando viu o invasor parada a sua frente, "você precisa fazer alguma coisa" exigiu a mulher que ainda parecia estar com raiva pois o seu rosto estava distorcido.

"fazer o que?" perguntou o homem ainda encarando a mulher com desgosto estampado em seu rosto, vendo o desagrado do marido com sua atitude rude a mulher se recompôs se acalmando um pouco antes de continuar "a professora, ela me insultou e me humilhou" queixou a mulher mostrando sua indignação com o sucedido, Gustavo que estava aborrecido anteriormente, ficou curioso instantaneamente com o que sua esposa disse "como ela ofendeu você?" perguntou o homem friamente sem mudar o seu semblante.

Sendo questionada assim a mulher ficou embaraçada em repetir as palavras e ações da professora, ela nunca foi tratada assim antes e revelar isso diante do marido era vergonhoso para ela, mais ainda assim ela precisava contar o que aconteceu, engolindo em seco ela mostrou uma expressão lamentável antes de começar a contar "ela me chamou de mãe irresponsável e disse qua não estou qualificada para falar com ela" derramou ela antes de continuar "alem do mais ela me empurrou, olha" exagerou a mulher mostrando seu braço branco onde havia algumas marcas de dedos que não se sabia de onde vieram.

Vendo o braço da mulher o rosto de Gustavo escureceu instantaneamente, embora ele não gostasse de sua esposa, ainda assim ela era sua esposa e era sua responsabilidade cuidar dela e não deixar que os outros a intimidassem mesmo sabendo que ela não era uma pessoa fácil de lidar e as vezes causava problemas deliberadamente para outros, mais o que ele podia fazer se não suportar? ele precisava fazer algo para que as pessoas não menosprezassem o sobrenome de sua família.

"porque você foi procura-la?" perguntou o homem já fazendo uma ideia do que pode ter acontecido, ele conhecia sua esposa e sabia que foi ela quem foi atrás da professora talvez para insulta-la ou ameaçá-la pelo que aconteceu a dias atrás, "eu so fui agradece-la por ter trazido Rick de volta, mais ela simplesmente começou a me insultar" mentiu a mulher descaradamente sem nenhum remorso, sem vontade de continuar falando com a mulher a sua frente Gustavo apenas proferiu as seguintes palavras "não se meta mais com ela, eu cuido disso" dito isso o homem voltou a se concentrar nos documentos em sua mesa.

Vendo que ele não queria mais falar com ela a mulher se virou e foi em bora, mais como ela poderia estar satisfeita apenas com isso? sem falar que a aquela mulher era muito parecida com sua meia irmã, ela tinha que dar um jeito de afasta-la antes que seu marido a visse e achasse o mesmo que ela, com esses pensamentos a mulher foi pra o seu quarto e ligou para um numero já existente em seu celular.

'eu preciso que você investiguem uma pessoa' ordenou a mulher assim que a ligação foi completada 'quem a Sra precisa que eu busque?' se prontificou a pessoa do outro lado da linha, "ela se chama Leila Falcon, a professora do meu filho" informou a mulher sem esconder a ansiedade que sentia 'esta certo Sra. já sabe das minhas condições' dito isso a pessoa do outro lado encerou a ligação sem se importar mais com o que a mulher diria.

Gina xingou o homem por ser rude com ela, mais ela sabia que o homem era bastante profissional e traria os resultados que ela precisa o quanto antes, com isso a mulher abriu sua conta bancaria no celular e fez uma transferência do pagamento adiantado ao homem, so assim a mulher pude se sentir mais relaxada.