Domando o Valentão
img img Domando o Valentão img Capítulo 2 No.
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Capítulo 2 No.

PONTO DE VISTA DE JULIETA OLIVEIRA

Tirando as minhas roupas, eu observei meu reflexo no espelho. Havia várias lesões e hematomas na minha mandíbula e no meu pescoço.

Minhas mãos foram até lá na mesma hora, enquanto eu relembrava o incidente que ocorrera na noite passada. Um soluço escapou da minha boca quando passei os dedos pelas marcas.

Quem era aquele homem?! Por que ele estava me chamando de Eva? E me acusando de ter traído ele? O que ele queria comigo?!

Ele era um mistério para mim. Eu nunca tinha passado por algo assim antes. Eu era praticamente invisível para o mundo, vivia uma vida desinteressante e nunca fui popular na escola. Na verdade, eu sempre era tachada como nerd.

Bem, a verdade era que não podia me dar ao luxo de me divertir como os demais graças à minha situação familiar. Meu objetivo sempre foi estudar bastante, conseguir um emprego decente e viver feliz com meus pais.

Eu fiz um bico ao olhar para os hematomas... Eu não posso sair desse jeito!

Minha mãe vai definitivamente querer saber o que aconteceu, e Lisa vai me encher de perguntas também.

Eu coloquei um moletom que cobria toda a parte superior do meu corpo.

'Não se preocupe... Eu não vou te machucar, querida...

VOCÊ É MINHA E VOU TE TER PRA MIM EM BREVE...'

Aquelas palavras não paravam de ecoar na minha cabeça.

Será que ele iria voltar?!

Eu ainda estava apavorada de ter que voltar para a cafeteria, me sentindo completamente assombrada pelas memórias que eu tinha dele. Ele não parecia ser tão velho, no máximo alguns anos mais velho do que eu, e parecia provavelmente ser um universitário.

Por que ele estava me acusando de tantas coisas que eu não fiz? Ele aparentava estar tão magoado que não parara de chorar, parecendo estar sendo torturado.

Meus dedos se agarraram à mesa de madeira, minhas unhas cravando na superfície inflexível, ainda em choque com aquela situação.

"Com licença, eu gostaria de pedir um cappuccino", alguém interrompeu minha reflexão, me tirando dos meus pensamentos.

"Desculpa, vai estar pronto em um momentinho, senhor." Eu pedi licença e entrei na cozinha. O que estava acontecendo comigo? Eu não conseguia me concentrar no meu trabalho desde aquele incidente!

Logo escureceu, e eu cuidadosamente examinei a cafeteria, conferindo se havia alguém ali ou não. Meu coração batia forte em meu peito sem que eu percebesse. Eu estava esperando encontrar alguém?

Eu comecei a limpar a mesa, ainda incapaz de controlar minha respiração enquanto aqueles novos sentimentos de confusão, angústia e melancolia tomavam conta do meu ser.

Eu estava prestes a ir até o balcão quando alguém agarrou meu braço com força, me fazendo gritar de medo.

"Ei Julieta! Sou eu, Lisa! Por que você ficou assustada desse jeito?", Lisa disse dando uma risada.

"Não me assuste assim!" Eu reclamei, respirando pesadamente enquanto soltava meus braços do aperto dela.

Lisa começou a rir da minha cara de novo. Ela passou os braços ao redor do meu pescoço e me abraçou. "Ouvi dizer que, ao que tudo indica, nós vamos receber os resultados da prova de admissão em 2 ou 3 dias. Eu tô tão nervosa. Não faço ideia do que vai acontecer com a gente!"

O quê?! Os resultados da prova da Universidade de São Jorge vão ser anunciados em 2 ou 3 dias?!

A Universidade de São Jorge era a universidade dos meus sonhos, eu vim estudando para ser aprovada nela desde o primeiro ano do ensino médio.

Eu queria tanto ser aprovada naquela universidade e faria qualquer coisa para conseguir uma vaga, já que o futuro da minha família dependia daquilo. Eu queria dar todo o conforto possível aos meus pais. Já que a Universidade de São Jorge era uma das melhores do mundo, ser formado por esta universidade tem um grande impacto na carreira de alguém.

Eu e Lisa terminamos nossos afazeres e eu acenei dando tchau para ela, já que a casa dela ficava na rua da frente.

Ah, droga! Esqueci de comprar o veneno de rato que minha mãe havia pedido.

Como de costume, estávamos tendo problemas com ratos em casa. Nós morávamos em um apartamento barato, que era o que nós podíamos bancar.

Comecei a caminhar na direção contrária da minha casa para comprar o veneno. A loja ficava um pouco longe de casa, sendo muito mais fácil ter parado para comprar quando estivesse saindo da cafeteria, mas eu andava muito distraída ultimamente.

Enquanto eu ia fazer a compra, a rua na qual eu estava foi ficando cada vez mais deserta, provavelmente porque estava ficando tarde. Comprei rapidamente o que precisava e acelerei o passo, tentando chegar em casa com segurança.

Escutei passos vindo em minha direção e meu coração começou a bater loucamente em meu peito, eu nunca tive medo de andar sozinha à noite, mas depois daquele incidente, eu estava apavorada.

Eu me virei para olhar para trás, mas não havia ninguém. No entanto, quando voltei a olhar para frente seguindo meu caminho, repentinamente dei de encontro com alguém. Aquilo me fez sentir como se tivesse subitamente dado de encontro com uma parede dura ou com uma pedra. Eu olhei para cima, sentindo as minhas bochechas queimando, e então engoli em seco. Minha pele estava formigando.

O homem estava usando máscara e boné pretos. Na verdade, tudo que ele estava vestindo era preto: ele usava um moletom preto, jeans e sapatos pretos, luvas pretas... sua roupa inteira era preta, mas tudo parecia ser também muito caro.

No momento seguinte, meus olhos foram atraídos em direção aos olhos daquela pessoa e meu coração parou quando eu vi a forma intensa como ele me encarava. Uma dor incomoda e latejante se espalhou pelo meu peito enquanto nós olhávamos um para o outro. Eu não conseguia ver seu rosto com clareza, já que ele estava de máscara e o boné também ajudava a disfarçá-lo, mas era claro que ele estava me encarando.

"Então... me desculpe... eu... eu... não estava prestando atenção, foi culpa minha", eu gaguejei, ruborizando sob o escrutínio dele. Será que ele estava irritado comigo porque eu esbarrei nele? Ele me encarava intensamente, como se eu fosse de uma espécie alienígena.

Como ele não tinha reagido nem se afastado, eu perdi o interesse e decidi ir embora, já que ele estava me assuntando um pouco, além de ser um completo estranho.

Eu me mexi desajeitadamente, decidindo ir embora, mas ele bloqueou meu caminho. O movimento dele me pegou de surpresa, me fazendo congelar. Tudo que eu pude fazer foi retribuir seu olhar intenso.

"Com licença! Você está bloqueando meu caminho, por favor, saia da frente." Eu falei, tentando soar séria, mas minha voz meio estridente e trêmula denunciou como eu me sentia.

Ele analisou meu rosto por vários segundos, seu coração batendo freneticamente contra meu peito, e eu mal conseguia respirar.

O olhar dele agora estava fixo em um ponto à sua frente. Ele tinha aquele olhar distante no rosto, que dava a impressão de que ele estava ali apenas de corpo presente, sua mente perdida em outro lugar.

"Li... licença. Você... você... está... na minha.. na minha frente, senhor. Eu preciso... ir... embora." Eu continuei a gaguejar, sentindo vontade de chorar.

Ele inclinou a cabeça para o lado como um psicopata, fazendo com que eu me tremesse inteirinha de medo. Era como se ele estivesse tentando processar minhas palavras.

Ele continuou me observando de uma forma perturbadora, como se estivesse tentando descobrir todos meus segredos mais profundos. Eu recuei instintivamente quando ele agarrou minha mão, virando a palma para cima.

Eu fiquei completamente paralisada. Meu peito se inflou com o calor e aspereza da mão dele sob a minha.

Ele colocou algo na palma da minha mão e então a soltou completamente. Eu olhei para minha mão e era minha pulseira.

Minha pulseira tinha caído?

Eu encarei boquiaberta a pulseira em minha mão, ainda em choque, e percebi o quão errada eu estava por ter achado que aquele homem era um maluco. Talvez aquele cara estivesse me seguindo para me entregar isso. Eu sou uma tonta.

"Obri-", as palavras morreram em minha boca quando o estranho abruptamente começou a andar na direção oposta, se afastando de mim. Ele nem sequer me deu uma última olhada ao ir embora.

Que estranho...

No dia seguinte...

Eu não conseguia parar de pensar na noite passada enquanto olhava para minha pulseira. Aquele homem era esquisito, mas eu nunca tinha o visto pela rua antes... será que ele é novo por aqui?

Foi quando, de repente, eu ouvi Lisa gritar.

Ela vinha correndo em direção... ao meu quarto.

"Julieta! Julietaaaaaaaaa..."

"O que houve, Lisa? Você está bem? Por que você parece tão assustada?", eu questionei, a preocupação clara em meu tom.

"O..... cof, cof, cof...", ela começou a tossir.

"O que aconteceu? Aqui, beba um pouco de água", eu lhe entreguei um copo da água, percebendo que ela estava em pânico. Vê-la daquele jeito me deixou tensa.

            
            

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