Capítulo 5 O podólatra

20h00

O interfone acabou de tocar, e eu posso compartilhar com vocês que eu amo os homens, mas prefiro os pontuais. Tiro o fone do gancho e acesso a câmera da portaria através do aplicativo do celular, me certificando que trata-se do Pedro que conversei por mensagem. Eu sei que vocês devem pensar que eu não preservo minha integridade física correndo risco dessa maneira, mas meus amigos... são ossos do ofício.

Observo pela câmera e Pedro está nitidamente ansioso, olhando para os lados e mexendo os ombros como se estivesse esperando por essa noite por toda sua vida. Me divirto um pouco ao observá-lo e atendo ao interfone:

"- Meus pés estão ansiosos por serem acariciados...", e solto uma risadinha safada, demonstrando meu divertimento.

"- Belle... abre a porta, eu não estou me aguentando dentro da calça". - Na câmera eu o observo e ele morde o lábio inferior.

"- Hum... ele está duro? Como? Antes de subir quero que me conte, quero saber se já está apertando a cueca e lambuzando ela toda. Está com o pau babando, Pedro?"

"- Belle, eu estou em uma situação bastante constrangedora aqui" - A voz falha.

"- Fica calmo, Pedrinho... No prédio não temos porteiro, eu vou te liberar no momento que eu quiser, antes eu quero que você fique aí, apenas ouvindo minha voz. Eu pintei as unhas da forma que você pediu".

"- Aaaah... Bell... Como estão esses pézinhos?"

"- Estão na sandália vermelha que você pediu que eu calçasse... passei três camadas de esmalte branco e as francesinhas vieram depois. Meus pézinhos estão implorando para serem bem cuidados por um capacho feito você"

"- Aaaaah, Belle..." - ele parecia estar a ponto de estourar. "- Abre essa porta, me deixa beijar esses pézinhos".

Eu continuaria a brincadeira via interfone, mas vejo na câmera que Dona Idália está saindo do elevador - essa velha sempre aparece nos piores momentos - então autorizo a entrada do meu cliente novato, apertando o botão que destranca automaticamente a portaria.

"- Suba... é o último andar, apartamento 501. Ah... uma coisa, entre engatinhando!"

20h10

Movimentei minha poltrona confortável e a deixei de frente para a porta de entrada, me sentei e cruzei as pernas ao mesmo tempo em que equilibrava uma taça grande de vinho. Mantive meu ar impotente e fiquei esperando por Pedro, que conforme imagino, deve ter subido pelo elevador melando a cueca com toda sua virilidade e excitação que era demonstrada pela voz. Pensei rapidamente em Emílio, mas forcei que saísse da minha cabeça, naquele instante eu deveria estar 100% entregue ao meu novo cliente.

20h11

Ouço passos no corredor e ajeito a postura, parecendo ainda mais potente do que sou, beberico mais um gole de vinho e ouço a campainha do apartamento. Com a voz firmo, ordeno que entre.

A porta se abre, e ali na minha frente está Pedro. Devo confessar que o vendo pessoalmente, me senti bastante surpreendida, alto e atlético, provavelmente conseguiria ficar com as meninas que mantinha interesse, mas demonstrou nas nossas conversas certa insegurança em assumir seus fetiches, e era por este motivo que ele havia me procurado. Eu havia acertado em cheio, ele gostaria de ser tratado feito capacho!

Disfarço a surpresa e mantenho o aspecto firme no rosto, estalo os dedos rapidamente e aponto o dedo indicador para o chão, sem mencionar nenhuma palavra. Como mágica, vejo o homem alto encostar a porta e deslizar o corpo vagarosamente até o chão. Sem quebrar o contato visual comigo, Pedro primeiramente se ajoelha e consigo perceber a ansiedade misturada com tesão no movimento da sua garganta, que engole seco a cada movimento que realiza.

Agora são as mãos, vejo o corpo se inclinar para frente a mão se espalmar pelo piso frio de porcelanato do apartamento, e antes que eu precisasse orientá-lo, ele começa a se movimentar, engatinhando como um cão. Para incentivá-lo, como faz um adestrador junto à seu cão, começo a mexer meu tornozelo, balançando o pé que agora ganhou toda atenção do meu novo cliente. Os olhos que antes estavam fixos em mim e em minhas curvas agora estão atentos ao movimento do meu pé calçado no salto fino e vermelho, mexo os dedos e o provoco:

"- Isso... vem, Pedrinho! Vem bem devagarzinho, e faz apenas o que eu mandar. Entendido?"

Ele não consegue responder, o olhar fixo nos meus pés e o ouvido atento às minhas palavras, ele apenas assente com a cabeça.

"- Vamos... bom garoto! Engatinha, vem... Engatinha até a sua dona." - Descruzo as pernas, deixando em sua visão apenas a sola do meu sapato.

"- Vem, Pedro... Engatinha, vem de joelhos. Era isso que você queria ver?"

Sinto um poder estranho dominando meu corpo, e me sinto poderosa. Cruzo novamente as pernas e estalo os dedos, como quem chama seu animal de estimação. Pedro agora engatinha mais rápido e finalmente chega aos meus pés, ele mexe os lábios com certa desorganização como um animal adestrado que procura dominar seu desejo de atacar, descruzo minhas pernas lentamente e encosto a sola da minha sandália no rosto do meu novo capacho, empurrando para o lado enquanto falo, friamente:

"- Sem tocar nos meus pés até eu mandar, entendeu?" - ele apenas assente com a cabeça, então eu começo a brincar com a sandália em seu rosto, passando o dorso do pé pelo seu queixo e aproximando os dedos de seu nariz.

"- Belle... eu... eu preciso me masturbar".

"- Ainda não! Eu quero que você aproxime a boca e o nariz dos meus pés, mas sem beijá-los. Não toque em mim até eu mandar. Entendeu?"

Ele novamente acena positivamente com a cabeça, então eu coloco meus dois pés de encontro com seu peitoral, e mesmo calçada, percorro o torso chegando até o pescoço e avançando para o rosto, ordeno que ele segure meus pés e cheire, e sem esperar uma segunda ordem, Pedro segura meu calcanhar e aproxima o nariz dos meus dedos. Eu havia me preparado e estava cheirosa, e esse cheiro parecia alucinar o meu novo amigo, que passava o nariz pelo início dos dedos e descobria o dorso com o olfato, enquanto com a outra mão segurava meu outro pé e esfregava com força pelo tórax. Sem que eu esperasse, ele começa a pressionar o salto fino contra seu corpo, como se quisesse que eu o machucasse. Presumindo o que ele estava desejando, forço o calcanhar no salto em seu peito, sentindo pressionar com força sua pele, o que resulta em um gemido alto.

"- Belle... me deixa beijar seus pés, me deixa beijar eles"

"- Ainda não". - Pressiono o salto ainda mais forte em seu peitoral, no mesmo instante que repouso o outro pé em seu rosto, encaixando perfeitamente o salto em sua boca. Pedro separa os lábios e começa a mordiscar meu salto lentamente, levando para dentro da boca e chupando, ao mesmo tempo em que sente o tórax ser machucado pela pressão da sandália.

Ele chupa um dos meus saltos enquanto é perfurado pelo outro, e os gemidos se tornam mais altos. Ordeno que ele solte minhas sandálias e ele obedece com certo desespero, como se fosse uma ordem que estivesse esperando de forma ansiosa. Após retirar as sandálias dos meus pés, ele encaixa o rosto nelas e começa a lamber a palmilha, como se quisesse resgatar algum sabor dos meus pés que estavam repousados ali.

"- Belle... Belle, que pés. Que pés deliciosos"

"- Divirta-se, meu querido" - Com os pés descalços, repouso sobre o volume da sua calça e sinto o pau duro de Pedro pulsar por dentro do tecido grosso, ele realmente parece estar se divertindo e opto por não atrapalhar esse momento de tesão. Enquanto ele lambe as palmilhas da minha sandália, fico massageando o pau duro com as solas dos pés, e conforme começo a pressionar, sinto o quadril se movimentar, me dando passe livre para continuar.

"- Largue os sapatos, Pedro! Quero sua boca nos meus pés, AGORA!" - Como soberana nesta cena fetichista, sou obedecida imediatamente. Pedro larga minhas sandálias no chão e segura meus dois pés que repousavam em seu colo, levando-os diretamente ao seu rosto. Me ajeito na poltrona e esfrego as solas por todo seu rosto, automaticamente vejo a boca se abrir e encaixo primeiramente o calcanhar, sentindo o maxilar fechar em torno dele e chupar com força, ao mesmo tempo em que agarra o outro pé e passa pelo seu rosto.

"- Isso... bom garoto". Pedro abre a boca e se delicia com minhas solas, revezando a língua entre os dois pés, e abrindo a boca para esperar que eu enfie meus dedos para que ele chupe. Repouso um dos pés em seu ombro e brinco com a ponta dos outros dedos em seus lábios, provocando ainda mais sua excitação.

"- Abre seu zíper, garotão. Acho que está na hora de eu deixar você se divertir um pouquinho..." - Totalmente entregue, Pedro já não pensa mais e apenas me obedece. Abre o zíper e puxa o membro pra fora, extremamente duro, babando como eu nunca tinha visto.

"- Enfia os dois pés na minha boca, enfia, Belle"

"- Pede".

"- Enfia os dois pés na minha boca, Belle... enfia".

"- PEDE!"

"- Enfia, enfia os pés na minha boca!".

Apoiando um dos pés na sua cara para servir como apoio, começo a forçar todo o outro pé na boca de Pedro, sentindo a língua encaixar por entre todos meus dedos e ele se deliciar com a textura. Ele começa a se masturbar enquanto se delicia com meu pé, até que desencaixa de sua boca e começa a beijar o que estava repousado em seu rosto, passando os lábios pelo dedão e deslizando por toda a sola até chegar ao calcanhar.

"- Me bate, Belle... bate com os pés na minha cara".

Enquanto tenho um dos meus pés chupados por aquele podólatra que está quase chegando às nuvens, começo a bater em seu rosto com a sola, ouvindo o barulho forte do estatelado da batida. Puxo o meu pé da sua boca e começo a bater em sua cara com os dois, como se fosse um "vai e vem".

"- Deita! Deita, Pedro!"

O cheiro do sexo começa a dominar o ambiente conforme eu percebo que Pedro começa a suar, ele me olha com olhares caridosos como se pedisse para que eu não parasse de maltratá-lo com os pés.

"- No chão, agora. Tira a camisa e deita, com a barriga pra cima! AGORA!"

Demonstrando certa desorganização, sem saber se solta ou não o pau, Pedro interrompe a punheta e arranca a camisa com força, se jogando no chão e deixando a cabeça próxima aos meus pés. Rapidamente levanto minhas pernas e repouso os dois pés sobre seu rosto.

"- Lambe!"

Ao ouvir minha ordem, ele agarra rapidamente o pau e inicia a sessão de lambidas pelas minhas solas, revezando entre chupadas fortes nos dedos e inúmeras tentativas de enfiar meu calcanhar na boca. Percorro seu tórax com um dos meus pés enquanto ele se satisfaz e o olho no fundo dos olhos, com certo desprezo.

"- Abre a boca, Pedro!

Ele atende ao pedindo rapidamente, me curvo sobre ele e sorrio de canto de lábio, puxo um pouco de saliva da minha boca e deixo escorrer por entre meus lábios, cuspindo diretamente na boca aberta do meu novo capacho.

"- Fecha a boquinha que agora vou pisar em você."

Além da boca, Pedro fecha os olhos e eu me levanto. Me equilibro e subo primeiramente com um dos pés em seu tórax até conseguir me equilibrar. Retiro o outro pé do chão e fico parada em pé daquele homem lindo que está no chão, obcecado pelos meus pés. Ainda com certa dificuldade, caminho pelo tórax em direção à barriga, ouvindo os gemidos de excitação do meu cliente.

"- Belle... eu vou gozar".

Ainda buscando familiaridade com o equilíbrio, permaneço em cima dele, voltando a pisar em seu tórax e faço força com o corpo, buscando provocar maior peso.

"- Não se atreva!"

Forço discretos pulos em cima do tórax de Pedro e observo a frequência da masturbação aumentar, decido sair de cima dele para não provocar o gozo tão rápido e volto a me sentar na poltrona e a repousar os pés no seu rosto, mas dessa vez passo a esfregá-los com força enquanto observo a cabeça do pau cada vez mais inchada, quase que anunciando a explosão do orgasmo.

"- Esfrega mais forte, Belle, esfrega.. ah..ahhh..."

Ao ouvir seu gemido alto, inicio uma sessão de espancamento leve com os pés, batendo com o dorso nas suas bochechas, enquanto ele morde os lábios tentando conter o tesão, que agora está descontrolado. Conforme percebo a excitação, aumento a intensidade dos pequenos chutes no rosto, observando-o de cima.

"- Cospe em mim de novo, Belle... cospe pra eu gozar com seus pés e com suas cuspidas".

Junto saliva na boca e cuspo em cima dos meus próprios pés, levando até a boca de Pedro, que passa a sugar com força, enquanto geme cada vez mais alto.

O ar é tomado por um cheiro forte de sexo, e parece que consigo ouvir as batidas do coração de Pedro, que agora está com a barriga totalmente lambuzada com seu gozo farto e espesso.

Acho que esta noite, ficarei sem sexo.

            
            

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