Acasalados por Engano
img img Acasalados por Engano img Capítulo 1 Prólogo
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Capítulo 6 A companheira abandonada img
Capítulo 7 E eles se encontram novamente img
Capítulo 8 A cerimônia img
Capítulo 9 A nova Luna img
Capítulo 10 Preparação para a grande festa img
Capítulo 11 O Grande Banquete img
Capítulo 12 O erro img
Capítulo 13 Na manhã seguinte img
Capítulo 14 Não posso fugir img
Capítulo 15 Problemas img
Capítulo 16 O julgamento img
Capítulo 17 A sentença img
Capítulo 18 Confissões img
Capítulo 19 Casa img
Capítulo 20 Nova casa img
Capítulo 21 Na praia img
Capítulo 22 A caçada img
Capítulo 23 A corrida img
Capítulo 24 Encontrando a família img
Capítulo 25 Despedida emocionante img
Capítulo 26 As desgraças de Ana img
Capítulo 27 Ana conhece Tiago img
Capítulo 28 Vínculo img
Capítulo 29 Grávida img
Capítulo 30 Aliança img
Capítulo 31 Assistindo ao pôr do sol img
Capítulo 32 Proibido img
Capítulo 33 Gustavo descobre img
Capítulo 34 Caio está emocionado img
Capítulo 35 A festa começa img
Capítulo 36 Gustavo comparece à Matilha Fernandes img
Capítulo 37 O ataque img
Capítulo 38 Em cativeiro img
Capítulo 39 Sandra é resgatada img
Capítulo 40 Desafiando um Alfa img
Capítulo 41 Seja a minha Luna img
Capítulo 42 Felicidade img
Capítulo 43 Epílogo img
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Acasalados por Engano

N Chandra.
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Capítulo 1 Prólogo

"Por que você está fazendo isso comigo?" Lágrimas escorreram dos meus olhos enquanto eu segurava seu colarinho. Em contrapartida, seus olhos me encaravam com simples frieza. Um dia, eles costumavam ser tão cheios de amor. Mas hoje eles eram como piscinas negras e vazias. Isso não podia ser real. Eu estava vivendo um pesadelo? Será que algum dia acordarei desse sonho doloroso?

"Sinto muito, não posso te tornar minha companheira, Sandra. Você sabe que eu não tive escolha neste assunto. Eu devo apenas obedecer ao conselho."

"Mas eu sou sua companheira! Como o conselho pode decidir quem pode ser sua companheira? Você sabe que sou eu! Seu lobo sabe que sou eu!" Tentei raciocinar. Limpei as lágrimas teimosas com as costas das minhas mãos. Eu conhecia as regras, um Alfa só poderia acasalar com um Alfa ou um Beta de alto escalão se fosse necessário. E eu era uma Ômega. Embora meu pai tivesse sido promovido a Beta, ele era um Ômega de nascimento, assim como eu. As regras da matilha eram rígidas.

Embora meus esforços fossem inúteis, eu continuamente me agarra a esperança firmemente.

Todas as memórias que tivemos, aquelas belas esperanças e sonhos, de repente tudo estava indo embora num piscar de olhos. Parecia tão surreal.

Meu companheiro estava realmente me deixando. Ele estava prestes a me rejeitar. Gustavo olhou para mim. Seus olhos estavam tão inexpressivos como nunca.

Seu rosto bonito conseguia suavizar um pouco essa falta de emoção, enquanto ele tentava ler meus pensamentos.

"Pare de tentar ler meus pensamentos!" Eu gritei, já um pouco desestabilizada.

"Eu não estou lendo seus pensamentos, Sasa. Estou apenas tentando confortar você." Ele sussurrou. Então, se aproximou de mim, mas recuei um passo para manter a distância. Eu não queria ser tocada por ele. Eu não conseguia lidar com isso.

"Por favor, não me toque. Por favor, não torne isso mais difícil do que já está sendo para mim." Diversos sentimentos cresciam dentro de mim, estava furiosa, ferida e quebrada internamente. "E, por favor, não me chame assim... nunca mais." Rosnei para ele, afetada pela situação.

"Eu amo você", ele sussurrou, finalmente sua voz esboçou algo, uma pitada de dor e desejo. Ele quebrou a distância ao dar um passo adiante e me abraçou. Toda a minha energia havia se esgotado com aquela conversa, logo não pude resisti-lo. Permiti a mim mesma descansar a cabeça em seu peito largo e chorei. Ele contornou meu corpo com seus braços fortes, me segurando com força.

"Eu eternamente amarei você Sasa, mas não dessa forma. Eu não posso te tomar como minha companheira. Eu terei que rejeitar você. Por favor, me perdoe por isso." Ele sussurrou.

Minha loba se submeteu ao Alfa, eu não poderia desafiá-lo. Isso significava que se ele estivesse me rejeitando, eu teria que simplesmente aceitar a rejeição. Era inevitável, mesmo que isso partisse meu coração ou me fizesse chorar, eu não tinha escolha.

Senti seus lábios tocarem a minha testa e depois minha têmpora. Ele estava espalhando breves beijos em meu rosto. Sua mão rastejou ao redor do meu cabelo e seus lábios alcançaram minhas bochechas. Ele começou a beijá-las, pouco antes de alcançar meus lábios e enfim beijá-los também. Eu me afastei.

"Não!"

Ele pareceu chocado com minha atitude repentina. "Sasa..." Ele começou a dizer.

"Não! Eu não sou mais sua, não somos mais companheiros. Você não pode me tocar, Gustavo Abreu." Eu me debati e o empurrei.

"Eu não queria te machucar, Sasa..."

"Você já fez o suficiente, meu Alfa. Acabou. Aceito sua rejeição, Alfa Gustavo." Me curvei assim que soltei minhas palavras furiosamente. Seus olhos castanhos me encaravam fixamente. Ele parecia perplexo, como se não esperasse por essa resposta.

Sem olhar para trás, eu apenas corri para a floresta. Os vestígios das minhas roupas sopravam com o vento, conforme rasgavam enquanto eu me transformava em meu lobo branco prateado. Corri até chegar ao penhasco mais alto da floresta e uivei noite adentro.

            
            

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