O noivo da mãe
img img O noivo da mãe img Capítulo 5 Meu noivo e minha filha
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Capítulo 6 Perdendo o controle img
Capítulo 7 Uma amizade suspeita img
Capítulo 8 Um plano perfeito img
Capítulo 9 Te odeio filha! img
Capítulo 10 Uma derrota img
Capítulo 11 Uma revelação traumática img
Capítulo 12 Enfim, a confissão img
Capítulo 13 Bolando um plano img
Capítulo 14 Salvando um amigo img
Capítulo 15 Mudança de plano img
Capítulo 16 Uma descoberta de Marlene img
Capítulo 17 Quem matou Marlene Costa img
Capítulo 18 Um amor platônico img
Capítulo 19 Quem matou Marlene Parte 2 img
Capítulo 20 Novas descobertas img
Capítulo 21 Uma noticia inesperada img
Capítulo 22 Eu não matei Marlene! img
Capítulo 23 Grandes revelações img
Capítulo 24 Uma pista img
Capítulo 25 Correndo contra o tempo img
Capítulo 26 Um confronto, uma nova descoberta img
Capítulo 27 Uma confissão img
Capítulo 28 Caso encerrado img
Capítulo 29 Culpada ou inocente img
Capítulo 30 Final: A vingança inesperada img
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Capítulo 5 Meu noivo e minha filha

Minha vida já esta um inferno!

Ele queria gritar.

Tentando se controlar, retornou para o apartamento de Marlene.

Deu uma desculpa que precisou falar ainda algo para Fabiane importante. Ela apareceu aceitar e foram almoçar.

Durante o almoço Marlene estava falante, vangloriando-se de uma coisa ali e aqui. Mas de repente ela mudou de assunto e perguntou:

- O que você achou dela?

Marlene prestava atenção em sua reação e ele precisava ser muito esperto para não ser traído por suas palavras.

- Desculpa, mas uma hora com uma pessoa não dá pra eu ter uma noção de como ela é.

Ela riu:

- Ah, mas você é advogado, tem aquele faro que pessoas comuns não têm.

Ele cruzou os talheres e perguntou:

- Seja direta Marlene! O que você quer saber? Se achei sua filha atraente? Sim!

Ela apertava o guardanapo, mas seu rosto era calmo.

- Não me referia a aparência da garota...

- Sua filha! Por que a dificuldade em dizer essa palavra? Ela é sua filha! Uma filha que você sequer comentou que tinha!

- Mas isso nunca foi problema para gente meu querido. Faby sabe que detesto ser mãe e essas coisas que vem junto, reuniões escolares, conselhos!- Ela revirou os olhos.

Ele levantou-se irritado:

- Você acredita que ela realmente não se importa? Como você sabe? Perguntou para ela?

Ela encolheu os ombros como sempre fazia quando estava entediada.

- Ela sempre tirou de letra. Ela me conhece e basta!

- Você é desprezível Marlene, quero que saiba disso! E não fica me convidando para almoços aqui na sua casa, pois já deixei bem claro que só vou fingir ter alguma coisa com você quando for realmente necessário! Fora isso, não me aborreça...

Dito isso ele se virou e foi embora.

Para o inferno ela e seus joguinhos.

Sua cabeça explodia e ele queria ficar sozinho para colocar as ideias no lugar.

Marlene saiu da sala de jantar furiosa, ela não entendia como Oscar ainda não havia implorado ficar com ela, como qualquer homem que conhecia. Naquele dia ela queria que a filha conhecesse seu noivo e visse que continuava desejável e que tinha um homem lindo e atraente. Percebeu que a filha ficou impressionada por ele e adorou a sensação de faze-la sentir-se sem graça e só. O almoço não foi exatamente como planejou, afinal queria ainda tomar um bebida com o noivo e depois leva-lo para o quarto.

Paciência Marlene Costa, você irá conseguir! Ela ia subir as escadas quando Robby aproximou-se.

- Vai deitar? Não esquece que hoje tem sua massagem...

- Ah cancela! Não quero ir! Achei que eu teria mais tempo com Oscar... - Ela continuou subindo as escadas.

- Eles já se conheciam!

Robby a interrompeu e Marlene parou no meio da escada, dando meia volta.

- Como? O que disse?

Robby esperou que ela se aproximasse e continuou:

- Sua querida filha e seu noivo de mentira já se conheciam. Foi o que eu disse...

- Como assim? Porque você está falando isso? Sabe de alguma coisa que eu não saiba?

- Eu os vi lá na garagem. Eu segui o seu noivo quando ele desceu correndo atrás dela... Percebi que alguma coisa estava estranha!

Marlene o olhava curiosa e pediu:

- Vamos homem desembucha... O que você viu?

- Eles estavam discutindo. Ela estava muito alterada e ele... Ele também!- Completou ele rindo lembrando da cena do beijo.

- Ah, mas isso deve ter sido por causa de alguma cláusula que ela não concordou ou ele disse algo que ela não gostou... Isso não prova nada Robby...

- Eles se beijaram Marlene. Seu noivo e sua filha se beijaram, ali na garagem e olha, faltou isso aqui pra eles transarem...

Marlene olhava para seu assistente sem acreditar.

- O que você está falando? Como assim se beijando seu idiota?

Ela agora segurava seu braço cravando suas unhas nele.

- Se beijando ora! Eles discutiram, mas depois eles se agarraram e se beijaram. E pareciam bem íntimos a meu ver!

Ela largou o empregado e sentou no sofá.

- Sim, sim... Eles pareciam bem nervosos. Mas eu achei que fosse por causa do momento e... Como pode? Como pode? Tudo agora fazia sentido. O nervosismo dela e dele. A forma como os dois evitavam se encarar. A tensão quase que palpável que se instalou quando os dois se olhavam. Era como se realmente eles se conhecessem.

Mas Fabiane não sabia que ele estaria ali, havia sido uma surpresa para ambos.

Ódio!

Aqueles dois já se conheciam! E ela havia beijado seu noivo!

Ela levantou furiosa e jogou o copo em sua mão na parede. Seus olhos estavam esbugalhados e ela segurava a cabeça num gesto histérico. Aquilo não ficaria assim, pensou Marlene olhando para Robby que havia se abaixado para pegar os cacos de vidro em silencio.

Robby sorria internamente. Ele a odiava e vê-la assim o deixava feliz.

- Saia daqui! Não quero mais ver sua cara inútil novamente hoje...

Ele fez um gesto e saiu da sala.

Que se dane ela. Tudo que ele pudesse fazer para vela infeliz ele faria. Ele havia crescido vendo sua mãe a amiga, a única amiga de Marlene Costa ser traída e humilhada.

Marlene simplesmente havia roubado sua mãe no Atelier que tinham. Além de ter ido para a cama com o homem que ele havia amado de verdade.

Ela sabia que Robby amava Carlos. Sua mãe havia contado sua paixão pelo bonito desenhista. Ele era o artista que desenhava as roupas junto com sua mãe e por causa dele, aprendeu a amar a profissão. Carlos dava vários toques e o incentivava a fazer bons cursos na área. Robby tinha um sonho declarar seu amor para o colega e talvez um dia eles pudessem ficar juntos!

Mas Marlene adorava desafios e assim que soube do seu interesse por ele começou também a flertar com o rapaz. Começou a ficar até tarde com ele, insinuando-se! Até que ele cedeu e fora para cama com a chefe.

O pior aconteceu, ele realmente se apaixonara por Marlene. E achava que ela correspondia a seus sentimentos. Grande engano!

Tudo o que aquela mulher queria era divertir-se e fazer os outros infelizes iguais a ela.

Sua mãe havia brigado com ela, mas ela insistira que o rapaz que havia dado em cima dela e ela carente não resistiu.

Ele sabia que aquilo não era verdade. Marlene jamais caia em uma cantada. Ela quase sempre era a caçadora.

Carlos perdeu o emprego.

E a vida. Pois ele havia contraído HIV, morrido de complicações do vírus e tudo que ele precisa fazer é provar que ela o contaminou. Sim, com certeza Marlene tinha o vírus, mas como provar isso?

Robby cuidou dele até o fim de sua vida.

Viu seu desgaste e dor. Todo sofrimento que Carlos havia tido por causa daquela maldita mulher.

Sua mãe havia perdido tudo também e hoje morava afastada de tudo e todos fazendo pequenas costuras aqui e ali.

E ele havia se aproximado dela, com a única intenção: Vingança!

Olhou para trás e a viu sentada socando a almofada!

E ele foi correndo para seu quarto comemorar o início da sua vingança. Afinal a reaproximação da filha serviu para alguma coisa.

Quando viu Fabiane parada na porta a reconheceu.

Marlene costumava levar a menina no ateliê algumas vezes e ele a via de longe.

Jamais se aproximou dela.

Mas via que entre as duas não existia amor e ele ficou bastante curioso quando a viu ali na casa de Marlene. Sabia que alguma coisa havia acontecido. Só não sabia o quê.

Porém quando viu o noivo de Marlene sair atrás de Fabiane ele resolveu segui-lo e qual não foi seu espanto quando os viu se beijando como dois amantes enlouquecidos!

Oscar era um homem bonito e honesto somente uma chantagem para que ficasse junto de Marlene.

Ele conhecia Marlene a tempo demais e sabia sempre de seus casos, os rapazes que saiam com ela na intenção de fama. Jogadores, cantores e empresários. Homens que queriam algum tipo de notoriedade por estar ao lado da socialite Marlene Costa.

Como ela havia enriquecido?

Roubando, enganando aqui e ali.

Tendo amantes milionários!

Ganhando joias! E chantageando.

Robby não sabia o que era, mas para que um homem como Oscar se submetesse a ela, alguma coisa Marlene tinha a seu favor que poderia prejudicá-lo.

Mas Robby descobriria.

Essa seria sua realização.

Depois ele iria abrir seu ateliê com sua mãe e retornar a vida feliz que tinham antes de conhecerem Marlene Costa.

                         

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