Jack - Condenado a você - Série Voyaller 3
img img Jack - Condenado a você - Série Voyaller 3 img Capítulo 6 5 Capítulo
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Capítulo 10 8 Capítulo img
Capítulo 11 8.1 Capítulo img
Capítulo 12 9 Capítulo img
Capítulo 13 9.1 Capítulo img
Capítulo 14 10 Capítulo img
Capítulo 15 10.1 Capítulo img
Capítulo 16 11 Capítulo img
Capítulo 17 12 Capítulo img
Capítulo 18 12.1 Capítulo img
Capítulo 19 13 Capítulo img
Capítulo 20 13.1 Capítulo img
Capítulo 21 13.2 Capítulo img
Capítulo 22 14 Capítulo img
Capítulo 23 14.1 Capítulo img
Capítulo 24 14.2 Capítulo img
Capítulo 25 15 Capítulo img
Capítulo 26 16 Capítulo img
Capítulo 27 17 Capítulo img
Capítulo 28 18 Capítulo img
Capítulo 29 18.1 Capítulo img
Capítulo 30 19 Capítulo img
Capítulo 31 19.1 Capítulo img
Capítulo 32 20 Capítulo img
Capítulo 33 20.1 Capítulo img
Capítulo 34 21 Capítulo img
Capítulo 35 22 Capítulo img
Capítulo 36 22.1 Capítulo img
Capítulo 37 22.2 Capítulo img
Capítulo 38 23 Capítulo img
Capítulo 39 23.1 Capítulo img
Capítulo 40 24 Capítulo img
Capítulo 41 24.1 Capítulo img
Capítulo 42 24.2 Capítulo img
Capítulo 43 25 Capítulo img
Capítulo 44 26 Capítulo img
Capítulo 45 27 Capítulo img
Capítulo 46 28 Capítulo img
Capítulo 47 29 Capítulo img
Capítulo 48 29.1 Capítulo img
Capítulo 49 30 Capítulo img
Capítulo 50 30.1 Capítulo img
Capítulo 51 31 Capítulo img
Capítulo 52 31.1 Capítulo img
Capítulo 53 32 Capítulo img
Capítulo 54 33 Capítulo img
Capítulo 55 34 Capítulo img
Capítulo 56 35 Capítulo img
Capítulo 57 36 Capítulo img
Capítulo 58 36.1 Capítulo img
Capítulo 59 36.2 Capítulo img
Capítulo 60 36.3 Capítulo img
Capítulo 61 37 Capítulo img
Capítulo 62 37.1 Capítulo img
Capítulo 63 37.2 Capítulo img
Capítulo 64 38 Capítulo img
Capítulo 65 38.1 Capítulo img
Capítulo 66 38.2 Capítulo img
Capítulo 67 39 Capítulo img
Capítulo 68 Epílogo img
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Capítulo 6 5 Capítulo

Jessye

Faz exatamente duas semanas que não vejo o Voyaller e isso está começando a me irritar. Sei que ele vem para o apartamento, pois encontro as roupas dele no cesto ao lado do armário do banheiro, ou seja, em algum momento da madrugada ele aparece e da mesma maneira desaparece.

E o pior de tudo é que não ouço seus movimentos, ele é silencioso, sei que foi treinado para isso, mas podia pelo menos tentar criar uma mísera amizade entre a gente.

Cansei de ficar trancada dentro desse apartamento mofando e vendo séries, acredito que nunca consegui maratonar como venho fazendo, são horas e horas frente a uma televisão, descobri também que a empregada vem todas as quartas e sexta, uma senhora gentil que fez meu dia mais alegre.

Ela limpa a casa e recolhe a roupa suja da qual leva para lavanderia e traz novamente na sexta-feira. Aproveitei Dona Marília para perguntar sobre a localidade e descobri que as redondezas são áreas de luxo, muito bem movimentadas e com poucos marginais. E claro, no sábado e no domingo, sai para conhecer a localidade, já estava me sentindo anêmica e depressiva por ficar tanto tempo confinada entre essas paredes e se o medíocre do meu maridinho não quisesse que eu saísse o problema é exclusivamente dele, afinal, ele que disponibilizasse seguranças a meu favor.

Como não encontrei nenhuma alma sequer para impedir minha passagem, andei por toda a região e confesso que as localidades próximas ao prédio são lindas, da sacada do apartamento conseguia ver uma praça não muito longe e adorei a ideia de fazer uma caminhada por lá. Conheci a padaria do senhor Guido e não resisti a comprar diversos doces típicos da Itália que descobri serem deliciosos.

O que mais gostei foi a Panna Cotta, tão leve e deliciosa que só de lembrar minha boca se enche d'água, a calda de frutas vermelhas tem um sabor sem igual e sinceramente não sei como conseguem tanto sabor em um pequeno doce.

Descobri também o mercadinho do senhor Luca, fiz amizade com vários funcionários e confesso que senhor Guido foi o mais gentil e brincalhão, fazendo meu dia mais animado e menos depressivo, cogitei a possibilidade de pedir um emprego como garçonete a ele, para servir as mesinhas dispostas no interior da padaria, mas preferi esperar mais um pouco.

A minha primeira semana pode não ter sido tão produtiva, mas a segunda fiz questão de conhecer cada cantinho próximo ao prédio, pois tinha medo de me perder.

Já era quase sete da noite em uma sexta bem calma e produtiva, onde ajudei dona Marília com os serviços de casa mesmo ela insistindo que não precisava, mas não achava justo somente olhar sendo que eu poderia ajudá-la e aproveitar para conversar, pois realmente precisava falar com alguém ou enlouqueceria a qualquer momento na triste solidão.

A pouco mais de meia hora havíamos acabado o serviço e Marília recolheu nossas roupas indo embora.

Ela é uma senhora realmente simpática, com um pouco mais de cinquenta anos, cabelos castanhos escuros e olhos amendoados.

Com aqueles pensamentos subo sorridente para o banheiro, pois queria tomar um demorado e relaxante banho. Tenho a certeza de trancar a porta e me abaixo para colocar minhas roupas no cesto quando vejo uma camisa social de Jack caída no chão.

Dona Marília acabou esquecendo uma peça, dou de ombro segurando a camisa e jogando a mesma junto com as minhas quando estreito os olhos ao ver manchas rosadas no pano branco.

Sinto meu coração bater mais forte e um grande ódio toma meu coração.

Não que ele me devesse satisfações ou que eu esperasse a porcaria de sua fidelidade, mas o mínimo, o mínimo que eu esperava era respeito e que ele honrasse o contrato assinado, pois estava aqui, honrando minha palavra e o nome da minha família enquanto ele obviamente se divertia nas noitadas por aí.

Seguro a camisa com tanta força que queria esfregá-la na cara do meu suposto marido, depois na fuça de meu pai que o defendia tanto.

Estava tão irritada que me esqueço que a porta tá trancada giro a chave com tanta força que a mesma se solta em minha mão.

Arregalo os olhos e testo o trinco para ver se ao menos conseguiria abri-la e a resposta é não.

O desespero começa a tomar conta do meu coração e minha única reação é tentar abrir a porta de todas as maneiras possíveis. O banheiro não era pequeno, não era abafado e não era escuro, mas todos os meus sentidos entram em alerta me enviando sensações de desespero, medo e pânico por saber que estava trancada naquele espaço sem conseguir sair.

- Eu vou morrer trancada aqui dentro Deus. -Bato na porta, grito e o medo começa a dominar cada parte do meu coração.

O pânico e o desespero de ficar trancada aflora em meu peito e as paredes parecem cada vez menores e mais próximas querendo me engolir.

-Alguém? Socorro. -Grito a plenos pulmões esmurrando a porta e chorando copiosamente.

Eu precisava me acalmar, precisava pensar, mas o pânico não colaborava. O desespero não ajudava em nada e só piorava ainda mais minha situação.

-Socorro. -Bato a mão contra a porta. -Por favor. -Choro ainda mais em saber que Jack quase nunca volta para casa, aquilo só piora ainda mais minha situação.

Marília só viria na quarta-feira, definharia em meu próprio desespero por quatro dias e aquele pensamento só piora de vez minha situação levando-me ao extremo onde agarro trinco chacoalhando a porta com toda a força que tenho, mas ela nem se move a meu favor, muito pelo contrário termina de quebrar em minhas mãos.

Jack

Era mais de sete da noite quando saio da casa de Nona e sei que precisava retornar para casa e encarar Jessye de uma vez por todas.

Por mais que esteja evitando nosso encontro, uma hora ou outra teríamos que conversar e hora havia chegado. Não adiantaria chegar de madrugada e sair logo em seguida para o resto de nossas vidas.

Edgar já avisou que nossa viagem para Alemanha está marcada para sábado ao meio dia ou seja exatamente amanhã.

Tenho que avisá-la que estaríamos partindo mais ou menos às onze e que o voo dos meus irmãos seria um pouco mais tarde. A festa de boas-vindas a família Voyaller era pura aparência, mas necessária para mostrar que todos estavam de acordo.

Alguns chefes estariam presentes e não podíamos simplesmente recusar ou ignorar algo do tipo, afinal não é todos os dias que se consegue reunir mais de dois chefes em um único ambiente.

Dirijo para o apartamento sem saber o que esperar, sei que foi negligência da minha parte ficar duas semanas fora, mas precisava de um tempo para pensar.

Porra, Jessye era linda e observa-la dormir estava começando a ser uma tara estranha a se ter, então o melhor a se fazer é se afastar.

Estaciono o esportivo na garagem subterrânea do prédio e sei que na última semana Jessye tem saído do apartamento sem ordens e sem segurança.

A culpa é inteiramente minha e nem tenho como cobrar nada da mesma, mas precisava separar alguns homens para acompanhá-la em seus passeios. Somos figuras públicas e paparazzi às vezes são um grande incômodo, mas as coisas em nossa família acontecem tão rápido que nem mesmo Eva ainda tem uma escolta pessoal formada.

Dante se casando, Donatel morto, chefes exigindo explicações, alianças quebradas e restauradas, novos contratos e cobranças, cargas e carregamentos novos e alguns em falta, claro, para fechar com chave de ouro, Edgar querendo tirar proveito do nosso nome.

Em resumo, são muitos problemas para poucas pessoas.

            
            

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